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- Saúde mental e práticas anti stress em época de COVID-19 em PortugalPublication . Cunha, Rita Margarida da Silva; Meneses, RuteIntrodução: A saúde mental tem sido uma temática cada vez mais abordada devido à situação pandémica de COVID-19. O confinamento e o isolamento social geraram inúmeras complicações quando se fala em saúde, seja esta física ou mental, sendo que ao medo de contrair a infeção se aliou o medo das alterações sociais e emocionais que geraram inúmeros sintomas ao nível psicológico. Objetivos: Caracterizar a saúde mental de uma amostra da população residente em Portugal durante a pandemia de COVID-19; explorar a relação entre a saúde mental e as variáveis sociodemográficas da amostra; explorar os itens do MHI-5 com tónica positiva (bem-estar psicológico) e as variáveis sociodemográficas; analisar a sua experiência com práticas para lidar com o stress; verificar se esta experiência varia em função de variáveis sociodemográficas; e explorar relações entre esta experiência e a saúde mental dos participantes. Método: No âmbito do projeto “Práticas de (auto-)cuidados de saúde em Portugal e fatores associados”, foram desenvolvidos dois estudos, com base numa amostra de 162 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e 88 anos de idade. Após a obtenção das devidas autorizações, estes responderam a um questionário via Google Forms, desenvolvido para o efeito, que incluía um questionário sociodemográfico; o Mental Health Inventory-5 (MHI-5); e vinte e uma questões de práticas para lidar com o stress. Resultados: Estudo 1: A saúde mental da amostra apresenta valores tendencialmente baixos. Valores mais elevados de idade estão associados a valores mais baixos de saúde mental/bem-estar psicológico e distress psicológico. Indivíduos sem ocupação profissional e/ou estudantes/trabalhadores-estudantes têm mais distress psicológico do que os restantes indivíduos. As mulheres apresentam maiores índices de sentimentos “em calma e em paz” do que os homens. Estudo 2: As atividades religiosas não contaram com novos praticantes após o início da COVID-19. A média mais elevada obteve-se na prática ouvir e/ou tocar música e na prática ver televisão e/ou filmes e/ou séries online e a média mais baixa obteve-se no consumo de drogas ilícitas. As mulheres apresentam maiores índices de expressão de sentimentos e procura de apoio de alguém do que os homens, enquanto os homens procuram lidar com o stress através de estratégias de fuga. Indivíduos de outras nacionalidades residentes em Portugal apresentam maiores índices nas atividades religiosas do que indivíduos de nacionalidade portuguesa, enquanto indivíduos de nacionalidade portuguesa apresentam maiores índices de consumo de álcool do que indivíduos de outras nacionalidades. Discussão: Estudo 1: O Item 3 e 3 do MHI-5 revelam valores mais elevados no presente estudo do que no estudo de Pais Ribeiro. A saúde mental da amostra não foi de acordo com a literatura encontrada. Enquanto no presente estudo a um aumento de idade está associada uma saúde mental mais baixa, na literatura encontrada a um aumento de idade está associada uma saúde mental mais elevada. Não se observaram valores significativos em função do sexo, no entanto, na observação da média, as mulheres apresentam menor saúde mental do que os homens. Estudo 2: A discussão de resultados foi muito limitada devido à falta de informação acerca das estratégias de coping utilizadas após o COVID-19 em função a variáveis sociodemográficas. No que diz respeito às estratégias de gestão de sintomas, enquanto a literatura consultada refere que as estratégias menos utilizadas são as estratégias de gestão de sintomas, no presente estudo são as mais utilizadas. Indivíduos que utilizam a fotografia como estratégia de manutenção de saúde mental têm mais saúde mental do que os restantes, uma vez que a fotografia incentiva na desconstrução de estigmas e fortalece vínculos através do compartilhamento de experiências e emoções. Conclusão: Pode-se concluir que a população residente em Portugal desta amostra durante o período da pandemia utilizou maioritariamente estratégias positivas para combater o stress, utilizando o contacto com familiares e amigos, pensamentos positivos e procura de apoio de outros. Verificou-se que embora o tema saúde mental e COVID-19 esteja fortemente relacionado não existem ainda muitos dados específicos que se possam comparar aos do presente estudo, sendo necessário estudar o verdadeiro impacto que a pandemia trouxe à população portuguesa, sendo que este só é percebido ao longo da sua evolução e após o seu término. Os dois estudos fornecem contributos relevantes para a promoção da saúde mental e redução de stress, sugerindo ser necessário manter as linhas de apoio criadas em época de COVID-19 para a manutenção/melhoria da saúde mental em Portugal.
- O papel das vitaminas antioxidantes na prevenção do envelhecimento precoce na Síndrome de DownPublication . Dias, Alexandra Gonçalves; Pereira, SofiaO envelhecimento é um processo natural, comum a todas as pessoas, no entanto, algumas podem sofrer mais com os sinais do tempo, aparentando, até mesmo, ter mais idade do que realmente possuem. Diversos fatores influenciam o envelhecimento, muitos deles fora do controlo do próprio, tal como a genética. A Síndrome de Down (SD) é ocasionada pela trissomia do cromossoma 21. É um distúrbio genético determinado por uma não-disjunção cromossómica. Os indivíduos portadores dessa síndrome apresentam o cariótipo com 47 cromossomas, e os principais sinais e sintomas são aumento da incapacidade de defesa do sistema imune, défice cognitivo, alterações cardíacas congénitas e Doença de Alzheimer (DA) precoce, sendo esta a última patologia associada ao envelhecimento. Vários estudos revelam que há um envelhecimento precoce nas pessoas com SD, quando comparadas com a população em geral. A oxidação é um processo químico natural que ocorre frequentemente nas células, resultando em moléculas instáveis chamadas de radicais livres. Em pequenas quantidades, essas moléculas são úteis para saúde, pois desempenham um papel importante em algumas atividades das células, como a transferência de eletrões para atingir a estabilidade. No entanto, quando em excesso, podem ser tóxicas, provocando stress oxidativo, e contribuir para o desenvolvimento de algumas doenças crónicas, além de favorecer o envelhecimento das células. Os agentes antioxidantes conseguem proteger as células, neutralizando o excesso dos radicais livres e reparando os seus danos. Esses agentes podem ser vitaminas, minerais e outras substâncias químicas capazes de evitar a oxidação da estrutura celular. Alguns são produzidos pelo nosso organismo, mas outros, como as vitaminas C, E e o betacaroteno, devem ser supridos por meio da alimentação, pois são fundamentais para proteger células saudáveis de danos no DNA. O objetivo deste trabalho é perceber as vantagens da suplementação vitamínica na prevenção do envelhecimento precoce de indivíduos portadores de Síndrome de Down.
