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- COVID-19 e doenças autoimunes: artrite reumatóide, esclerose múltipla e lúpus: “keypoints” – revisão sistemáticaPublication . Silva, João Miguel Vaz da; Soares, SandraObjetivo: Avaliar o impacto da infeção por SARS-CoV-2 em pacientes com doença autoimune: Artrite Reumatoide (AR), Lupus Eritematoso Sistémico (LES) e Esclerose Múltipla (EM) abordando os seguintes aspetos: a) suscetibilidade à infeção; b) exacerbação da doença autoimune pós-infeção viral; c) terapêuticas imunossupressoras e agravamento da infeção; d) associação da doença e Covid Longo. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica na base de dados eletrónica PubMed/Medline e foram considerados artigos científicos publicados nos últimos 2 anos (Janeiro de 2020 a Junho de 2022), em idioma português e inglês (Prospero CRD42022365576). Todos os estudos foram realizados em humanos com uma das doenças autoimunes, AR, LES ou EM e com infeção por SARS-CoV-2. Para a revisão sistemática foram considerados 18 artigos sobre AR para análise e leitura completa, 25 sobre EM e 12 sobre LES. Resultados: De acordo com a revisão sistemática efetuada, por si só, a presença de doença autoimune reumática (AR ou LES) associa-se à maior suscetibilidade de contrair SARS-CoV-2 Esta associação é mais marcante nos indivíduos com AR em comparação com indivíduos saudáveis. Em ambas as patologias a suscetibilidade à infeção aumenta com comorbilidades associadas. No caso de indivíduos com EM os estudos mostram suscetibilidade ao SARS-CoV-2 semelhante à população em geral. Relativamente à exacerbação da doença autoimune pós-infeção verificou-se que tal acontece nos indivíduos com as 3 patologias, AR, LES e EM podendo mesmo ocorrer o óbito. No caso da AR e LES a exacerbação é mais marcante quando existem comorbilidades associadas tais como hipertensão, Diabetes Mellitus, doenças respiratórias, cardíacas ou renais, assim como o número de hospitalizações e internamentos em unidades de cuidados intensivos. Em relação às terapêuticas imunossupressoras observou-se que para os pacientes com AR o uso de glucocorticóides está associado a um agravamento da infeção por SARS-CoV-2, em pacientes com LES as terapias anti-CD20 e com inibidores da IL-6 associaram-se ao pior quadro clínico do paciente. Também na EM o uso de anticorpos anti-CD20, assim como a metilprednisolona, levou ao agravamento da infeção. Relativamente ao Covid Longo os estudos apontaram que para indivíduos com AR e LES o risco de se manterem por semanas/meses as complicações da infeção pelo SARS CoV 2 é maior afetando, no caso dos pacientes com AR os sistemas respiratórios, cardiovasculares e gastrointestinais enquanto nos pacientes com LES o sistema renal era sempre o mais afetado podendo mesmo ocorrer tromboembolismo venoso e sepsis. Em ambas as patologias a mortalidade tardia foi evidente. Em relação à EM as complicações tardias são semelhantes às da população em geral independentemente do tipo e duração da EM. Conclusões: Indivíduos com AR ou LES são mais suscetíveis à infeção pelo SARS-CoV-2 principalmente se tiverem comorbilidades associadas No caso da EM tal não foi verificado. No pós-infeção viral assiste-se a uma exacerbação das doenças autoimunes que se associa a um maior número de hospitalizações e mesmo morte. Algumas terapias imunossupressoras refletem um quadro clínico agravado: na AR glucocorticóides e inibidores da IL-6, no caso da LES, inibidores da IL-6 e anticorpos anti-CD20 e na EM anticorpos anti-CD20 e metilprednisolona. As sequelas da infeção pelo SARS-Cov-2 podem acompanhar o individuo com AR ou LES por semanas ou meses afetando variados sistemas e implicando reinternamentos. No caso dos indivíduos com EM tal não se verificou.
- Uso da irrigação ultrassônica passiva na optimização da desinfecção endodôntica: revisão narrativaPublication . Néo, Cristiane Neves; Martins, AlexandraOs microrganismos desempenham um papel importante na patogênese das principais alterações pulpares e periapicais. O resultado do tratamento endodôntico de dentes contendo polpa necrosada e infectada depende do sucesso da desinfecção e do selamento adequado do sistema de canais radiculares. A ação mecânica associada à irrigação do canal radicular pode eliminar os microrganismos. No entanto, apesar dos recentes avanços nas técnicas e instrumentos de preparo, restos de dentina e microrganismos permanecem em várias áreas do canal radicular mesmo após a instrumentação. Isso se deve principalmente à complexidade da anatomia do sistema de canais radiculares. Portanto, o objetivo desta revisão de literatura foi perceber como pode a irrigação ultrassônica passiva (PUI) ser um complemento na desinfecção dos canais radiculares.