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- O jornalismo digital e as fake news: um estudo das plataformas digitais de fact-checking “Lupa” (Brasil) e “Polígrafo” (Portugal)Publication . Viana, Thamirys Dias; Sousa, Jorge Pedro; Gehlen, Marco AntônioNuma perspectiva comparativa, o objetivo geral desta tese é analisar a metodologia de trabalho das plataformas digitais de fact-checking Polígrafo, de Portugal, e Lupa, do Brasil, os resultados das suas ações e a implicação junto ao público. Como objetivos secundários, o trabalho visa descrever e analisar o modelo de negócio das agências de fact-checking dentro de um paradigma de crise do negócio jornalístico convencional; mapear as temáticas trabalhadas, as personalidades mais visadas nas matérias, as fontes recorrentes e a origem das informações analisadas; avaliar se, no quesito político, as agências dão igual espaço para governo e oposição; analisar se os critérios de escolha dos temas abordados pelas plataformas de fact-checking seguem os valores notícia do jornalismo; descrever e compreender a rotina de produção dentro das agências de fact-checking; detalhar as formas de distribuição do conteúdo produzido; pormenorizar as formas de participação do público; além de avaliar a reação do público via página das plataformas no Facebook. Para a coleta dos dados, utilizou-se as seguintes técnicas de pesquisa: entrevista individual em profundidade com os gestores de conteúdo de cada agência de verificação de notícias; aplicação de questionários com jornalistas-verificadores das agências pesquisadas e seus analistas de redes sociais; Análise de Conteúdo (AC) das matérias avaliadas e publicadas pelas plataformas, bem como dos comentários de leitores em suas respectivas páginas oficiais no Facebook. Como hipótese principal, acreditava-se que a metodologia e a concepção do fazer fact-checking das duas agências pesquisadas era similar. Contudo, mesmo tendo como base a mesma metodologia, verificou-se diferenças expressivas nesses pontos centrais, não sendo possível comprovar de forma total as hipóteses levantadas. O aporte bibliográfico desta tese está dividido em três capítulos, sendo eles: 1. Sociedade e pós-verdade; para tratar sobre subjetividade e modernidade líquida (Bauman, 2007), fake news (D‘Ancona, 2018) e opinião pública (Da Viá, 1983); 2. Jornalismo numa sociedade moldada pelo digital (Canavilhas, 2015), para tratar sobre modelos de negócio (Chesbrough, 2012); rotina de produção jornalística (Traquina, 2000) e redes sociais (Recuero, 2011); 3. Plataformas de Fact-Checking (Waldman, 2011). A tese fomenta o debate sobre a atividade do fact-checking, oferecendo um contributo teórico sobre a rotina de produção jornalística em relação à verificação de notícias.
- Expectativas de resultado pré-tratamento e abandono precoce (dropout) em psicoterapiaPublication . Cardoso, Margarida Maria Oliveira Carvalho; Alves, SóniaUm dos fatores comuns que pode contribuir para a compreensão do processo de mudança em psicoterapia são as expectativas dos clientes. De facto, as expectativas dos clientes em psicoterapia são preditores da eficácia da psicoterapia e podem justificar a variância encontrada nos resultados (Wampold, 2001). Embora tenham um valor modesto nos resultados da psicoterapia são fundamentais por refletirem uma série de características específicas do cliente, importantes para o planeamento da intervenção (Constantino, Arnkoff, Glass, Ametrano, & Smith, 2011). Além disso, também funcionam como variáveis mediadoras e moderadoras de mecanismos em todo o processo psicoterapêutico e podem contribuir ainda na decisão do cliente para permanecer ou abandonar precocemente a psicoterapia (dropout) (Swift, & Greenberg, (2012). O dropout tem expressão significativa (1 em 5 clientes abandonam precocemente a psicoterapia), o que tem/pode ter consequências diretas para todos os intervenientes (cliente, psicoterapeuta, sistemas de prestação de cuidados) e continua a ser uma dimensão ainda pouco compreendida em psicoterapia. A literatura indica diversos fatores que influenciam a decisão de abandonar a terapia, no entanto, relativamente à associação entre as expectativas e o dropout os estudos ainda são inconsistentes (Santagelo, 2020). Tendo como ponto de partida a necessidade de se aprofundar o conhecimento sobre o papel que as expectativas dos clientes podem ter na psicoterapia, realizámos um estudo descritivo, de natureza observacional, em que as variáveis estudadas foram as expectativas de resultado pré-tratamento e a situação em termos de acompanhamento (continuidade vs. dropout) e cujos objetivos foram: (i) descrever as expectativas de resultado pré-tratamento; e (ii) analisar a relação entre estas expectativas e o abandono precoce (dropout) da psicoterapia em clientes adultos. A amostra ficou constituída por 57 participantes, 63.2% do sexo feminino e 36.8% do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 79 anos (M=44.7; DP=17.4), atendidos numa clínica pedagógica de psicologia de uma Universidade do Norte de Portugal. As expectativas mais relatadas pelos participantes foram as denominadas como “horizontais” (41.3%), as quais se referem à procura de uma solução imediata para os problemas/dificuldades (e.g., diminuir a ansiedade e o stress, desabafar, melhorar os relacionamentos e resolver problemas atuais), seguidas das expectativas “verticais” (38.4%), que se referem a movimentos para baixo (no “aqui e agora”) de mistura do antes e do depois (e.g., controlo emocional, conhecer-se melhor, ter mais confiança) e, por último, as expectativas de nível “transcendental” (20.3%) marcadas pelo movimento “aqui” e “lá”/”presente” e “ideal” (e.g., sentir-se melhor, ser feliz, bem estar familiar). Quando comparados os grupos considerados, verificamos que os participantes que fizeram dropout apresentam, sobretudo, expectativas “verticais” enquanto os clientes que se mantiveram em acompanhamento apresentam expectativas “horizontais”. No entanto, estas diferenças não se mostraram estatisticamente significativas (X2=2.624; p=.269), o que nos permite concluir que as expectativas de resultado pré-tratamento e a situação em termos de acompanhamento são variáveis independentes.
- Cybercrime and the Council of Europe Budapest Convention: prevention, criminalization, and International CooperationPublication . Campina, Ana; Rodrigues, CarlosThe Budapest Convention on Cybercrime (2001) and their Additional Protocols (2021) is considered as one coherent international agreement and the base to prevent, combat and criminalize this dangerous crime. The International Law and the national legislations are being developed according to this Convention, based on the strategic (re)action to this crime that is increasing with the worst consequences all around the world. The Rule of Law were obliged to develop their legislation, mainly Penal Law, considering the emergent need to answer to the most serious violations of the fundamental and the Human rights of their citizens, using the most modern technology through the internet, with capacity and efficacy that seriously affect all dimensions of life. The Budapest Convention on Cybercrime provides the criminalization of conduct; the procedural powers to the criminal investigation; and the International Cooperation as one of the most efficient and law enforcement to prevent and combat the Cybercrime. The 77 States Participants close working with the States Observers, within the International Cooperation strategy, connected with Governments, police authorities (national and international), International Organizations and Institutions have been the more profitable strategic (re)action, promoting the cooperation position to the emerging challenges, although the cybercrime is one of the hardest crimes to face. So, there is an evolution in the instruments and strategies to prevent and combat the Cybercrime, but there is an urgent need of an effective legal and social (re)solution, otherwise there will have world and human irreversible impacts. Finally, from the law and cybercrime challenges, the strategy is largely confirmed by the cooperation: the sharing a) information within the legal frameworks; b) the response – operational or tactical; c) the works in the Darkweb; the market, financial and economic movements facing the cybercrime or to denounce the cybercriminals; d) transparency to prevent the cybercrime evolution and implementation.