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- Motivações inerentes à retratação da vítima nos processos de violência doméstica contra a mulherPublication . Vasconcelos, Hélio Sousa; Caridade, SóniaEsta tese tem como objetivo principal analisar as motivações que levaram mulheres a renunciar a processos criminais em trâmite no juizado responsável por julgar assuntos relacionados à violência doméstica e familiar contra a mulher, na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará, Brasil. E, como objetivos específicos: traçar um panorama da questão, evidenciando, sobretudo, aspetos legais da prática da violência praticada contra a mulher de conformidade com a Lei Maria da Penha; caracterizar o tipo de violência sofrida e, dinâmicas abusivas; identificar os motivos inerentes à permanência na relação abusiva que se representa de forma criminal nos casos em que esta não lhes é facultada por tratar-se de ação pública incondicionada. A metodologia utilizada no estudo em questão, trata-se de um estudo empírico, através de uma entrevista semiestruturada, com o intuito de analisar as motivações que levaram mulheres a renunciar a processos criminais em trâmite no juizado responsável por julgar assuntos relacionados à violência doméstica e familiar contra a mulher, na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará, Brasil. Numa análise geral, verifica-se que a violência tem início por motivos de ciúmes por parte de seus parceiros e vai aumentando na medida em que estes são catalogados como usuários de substâncias entorpecentes ou dependentes alcoólicos. A escalada da violência tem início com agressões verbais e psicológicas as quais vão aumentando gradativamente até se chegar nas agressões físicas e culminando com a morte dessas mulheres por seus companheiros, caracterizando-se assim o crime de feminicídio. Que a existência de filhos, a esperança de mudança de comportamento de seus companheiros, a dependência financeira e emocional somadas ao medo e ao tabu do estigma que envolve as vítimas desse tipo de violência são os principais fatores identificados como os responsáveis pela desistência dos processos criminais abertos na Justiça por estas mulheres com o escopo de punir seus agressores. Dentre as vítimas que conseguem romper com o ciclo de violência, a maioria se declara traumatizada e evita buscar direitos decorrentes do término desse relacionamento a exemplo de direitos patrimoniais.
- Epigalocatequina-3-galato (EGCG) na síndrome de DownPublication . Gonçalves, Patrícia Alves; Pereira, SofiaA epigalocatequina-3-galato (EGCG) é um dos polifenóis que compõem o chá verde, obtido da Camellia sinensis, reconhecido como possuindo imensos benefícios para a saúde humana, nomeadamente na prevenção de vários tipos de doenças, como o cancro, doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, renais e hepáticas. Dentro do grupo dos polifenóis, a EGCG é uma das catequinas responsáveis pela ação antioxidante, antiinflamatória, antimicrobiana, anticarcinogénica, antitumoral, antiangiogénica, antihipertensiva e reparadora tecidular do chá verde. A Síndrome de Down é uma alteração específica no genoma causada pela ocorrência de trissomia do cromossoma 21. O fenótipo dos indivíduos portadores desta síndrome é bem característico, diferenciando-se em relação a outras síndromes. Uma cópia extra do gene DYRK1A presente no cromossoma 21 resulta numa dificuldade de aprendizagem, défice cognitivo moderado a acentuado e algumas alterações motoras em pessoas portadoras desta síndrome, estando também presente em algumas doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. Os resultados de vários estudos analisados demonstraram que a EGCG presente em grande quantidade nas folhas de chá verde atua seletivamente e de forma segura ao nível da proteína codificada por este gene, inibindo-a e proporcionando um desenvolvimento cerebral normal. Efetivamente, estudos feitos em animais e humanos demonstraram que a EGCG é capaz de diminuir a atividade da proteína DYRK1A, controlar o envelhecimento celular precoce, minimizar a disfunção mitocondrial e diminuir o stress oxidativo, promovendo uma melhoria da função cognitiva. Assim, de acordo com a literatura, este polifenol em particular poderá contribuir para um aumento da qualidade de vida das pessoas portadoras de Síndrome de Down. No entanto, é ainda necessário aprofundar a investigação para se perceber quais as doses máximas recomendadas, bem como a idade de início da suplementação com EGCG, de modo a que seja eficaz e com efeitos duradouros.
- A avaliação da eficácia do programa motivacional breve em agressores de violência domésticaPublication . Silva, Teresa Raquel Pinto e; Caridade, SóniaA violência doméstica (VD) é amplamente reconhecida como um grave problema de saúde pública. Este fenómeno tem vindo a ser estudado exaustivamente e diversos investigadores têm procurado compreender a sua complexidade. A intervenção com agressores de VD tem-se demonstrado essencial na diminuição da conduta agressiva e, consequentemente, na diminuição da reincidência criminal. O estudo piloto, de caráter quantitativo e qualitativo, teve como principal objetivo traduzir, validar e administrar o Programa Motivacional Breve (PMB) no contexto português e avaliar a sua eficácia através da administração de três instrumentos nos momentos pré e pós-teste a uma amostra constituída por 10 homens (M = 47.8; DP = 13.2) a cumprir pena de prisão pelo crime de VD. Com a aplicação do programa, procurou-se verificar se existiriam alterações nas cognições dos participantes e na sua motivação para a mudança. Os resultados mostraram-se significativos, tendo sido possível verificar uma ligeira alteração e consequente melhoria dos resultados do momento pré-teste para o pós-teste, demonstrando uma evolução nas cognições dos participantes. A sua motivação e respetiva prontidão para a mudança manteve níveis relativamente elevados. Com este estudo comprova-se a necessidade de implementação de estratégias de entrevista motivacional (EEM) junto desta população e inclusão destas técnicas nos diferentes programas de intervenção. Em conclusão, os esforços para prevenir e intervir na VD passam por, inicialmente, reduzir a conduta agressiva dos ofensores, o qual será possível com a implementação das EEM junto desta população, bem como a sua inclusão nos diferentes programas de intervenção destinados a agressores.
- Efeito do treino sensório-motor associado ao treino de imagética motora cinestésica no controle postural de jogadores de basquetebolPublication . Cirino, Karine Cardoso; Seixas, Adérito; Rodrigues, SandraIntrodução: A Imagética Motora (IM) Cinestésica surge como um complemento na prática desportiva e na reabilitação, sendo utilizada com frequência na melhoria da aprendizagem motora. O controle postural (CP) é a base do sistema de controle motor humano e pode influenciar a performance desportiva no basquetebol. O objetivo do estudo foi investigar o efeito do treino sensório-motor associado à IM cinestésica no CP através da estabilometria. Metodologia: 39 participantes do sexo masculino foram alocados em três grupos: I – GE I (n=13) com treino sensório-motor, II – GE II (n=13) com prática combinada de IM com treino sensório-motor e III – GC (n=13). A avaliação do CP ocorreu com a estabilometria, aparelho FreeMed e software FreeStep v.1.0.3 com apoio bipodal, estático nas condições de olhos abertos e olhos fechados, nos momentos pré e pós-intervenção, registrados a uma frequência de 25 Hz. Resultado: Não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) na análise intergrupo entre os momentos de avaliação pós-intervenção, com exceção da condição OA na variável Inclin_Elipse (p=0,032) que apresentou maior valor para o GE I. A análise intragrupo apresentou diferenças significativas (p<0,05) no período pós-intervenção com aumento do COP, no GE I na condição OA na variável: Desv_Pd_X (p=0,028), na condição OF: Área_Elipse (p=0,028); Excentr_Elipse (p=0,042); Delta_X (p=0,009); Eixo_Maior (p=0,006); Oscil_Máx (p=0,028) e Desv_Pd_X (p=0,006), no GE II na condição OA as variáveis: Delta_X (p=0,009); Rms_X (p=0,023) e Desv_Pd_X (p=0,039). No GC não se observaram diferenças significativas (p>0,05). Conclusão: Após a intervenção verifica-se uma maior área de oscilação do COP relativamente às variáveis experimentais, refutando melhora da performance do CP nos GE I e II na análise intragrupo. Sugere-se que o decréscimo do desempenho seja motivado por fadiga muscular, apresentando assim prejuízo no CP.