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- Contributos do sistema prisional na ressocialização: um estudo com reclusasPublication . Ismael, Marta; Jólluskin, GloriaA reclusão trata-se de um período de privação de liberdade que advém da prática criminal, tendo atualmente um cariz ressocializante. Neste sentido os estabelecimentos prisionais são responsáveis por garantir durante esse período todas as condições necessárias para a reintegração do condenado na sociedade. A presente dissertação debruça-se sobre as principais características do sistema prisional português, nomeadamente, o estabelecimento prisional de Santa Cruz do Bispo feminino, e o seu papel ressocializante, do ponto de vista das reclusas. Tendo como objetivo primordial compreender a utilidade e aplicabilidade das áreas de intervenção atualmente executadas no EP, procurando assim entender os contributos e as carências do período de reclusão para o processo de ressocialização e posterior reintegração social. Pretende-se, com base em 50 entrevistas, analisar as representações desta população acerca da sua passagem pelo sistema prisional e das perspetivas futuras no que se refere ao regresso à vida em sociedade. Recorrendo-se para isto ao conhecimento das ferramentas de que dispõem para auxiliar neste processo, bem como constatar as contrariedades e dificuldades, afim de encontrar possíveis soluções para o melhoramento deste sistema. Concluímos que as reclusas consideram que o papel ressocializante que se impõem no cumprimento da pena de prisão é ainda ineficaz. O papel punitivo que há muito perdeu espaço nesta temática continua a verificar-se, devido à falência da reeducação e das ferramentas disponibilizadas para a ressocialização. A remuneração precária, os trabalhos não especializados e a carência na realização de iniciativas que promovam a reeducação são apontados pelas participantes como obstáculos ao objetivo deste tipo de pena. O desenvolvimento do trabalho no sentido de ressocializar o recluso constitui uma necessidade para o combate à reincidência criminal, para tal as participantes acreditam na indispensabilidade de formação profissional especializada, da criação de um ambiente o mais próximo possível ao exterior, da inserção de toda a população prisional em atividades e programas reeducativos, do aumento dos recursos humanos de forma a que estes consigam cumprir as suas funções, do acompanhamento psicológico continuo e da divisão do espaço físico, de modo a prevenir os efeitos negativos advindos do contacto de reclusas em diferentes situações penais.
- Crenças e atitudes de estudantes universitários face a lésbicas e a gaysPublication . Teixeira, Andreia Filipa Ribeiro; Teixeira, Zélia; Santos, LuísO presente estudo decorre no âmbito da sexualidade humana, em particular das suas expressões não normativas, e teve como objetivos analisar as crenças associadas à natureza da homossexualidade e as atitudes face a lésbicas e a gays nas várias dimensões apresentadas pela amostra, analisar associações entre as variáveis que constituem as crenças associadas à natureza da homossexualidade bem como nas atitudes face a lésbicas e a gays, e analisar as relações entre as variáveis sociodemográficas (idade, género e orientação sexual) com as subescalas relativas às crenças associadas à natureza da homossexualidade e com as subescalas relativas às atitudes face a lésbicas e a gays. A presente investigação foi realizada com uma amostra de 111 indivíduos portugueses (92 mulheres e 19 homens), com idades compreendidas entre os 18 e os 59 anos. Para tal, foi utilizado um questionário sociodemográfico em modalidade online e duas escalas para avaliar as crenças e as atitudes face à homossexualidade: a Escala de Crenças sobre a Natureza da Homossexualidade (Pereira, Monteiro & Camino, 2009b) e a Escala Multidimensional de Atitudes Face a Lésbicas e a Gays (Gato, Fontaine & Carneiro, 2014) também preenchidas sequencialmente online. Em Portugal existem já alguns estudos referentes ao tipo de crenças sobre a natureza da homossexualidade face ao preconceito praticado, contudo, no que respeita ao âmbito das atitudes face a lésbicas e a gays, não existem muitos estudos em Portugal que deem ênfase à eventual associação do tipo de crenças sobre a natureza da homossexualidade com essas mesmas atitudes. Os resultados obtidos sugerem que o género, a idade e a orientação sexual encontram-se relacionados com a expressão de preconceito em relação a lésbicas e a gays. Demonstram ainda que os participantes com maior adesão às crenças de natureza ético-morais e biológicas exprimem mais atitudes homofóbicas. Já os participantes com maior adesão à crença sobre a homossexualidade baseada em provas culturais são aqueles com atitudes menos homofóbicas. A forma como nós pensamos acerca da natureza de um determinado fenómeno – Homossexualidade – determina, de forma variável, o tipo de comportamento que vamos assumir perante esse mesmo fenómeno.