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- Biofilmes e infeções associadas a dispositivos médicosPublication . Teixeira, Inês Margarida Silveira; Fonseca, António PedroOs biofilmes são constituídos por populações microbianas sésseis envolvidas numa matriz polissacarídea extracelular. O seu desenvolvimento é caracterizado pela adesão a superfícies abióticas, como é o caso dos dispositivos médicos (cateteres, pacemakers, próteses). Este paradigma séssil permite explicar a menor eficácia da ação dos antimicrobianos e dos mecanismos de defesa do hospedeiro (Fonseca, 2011; Pinto & Fonseca, 2017). Devido à capacidade de adesão dos microrganismos e formação de biofilme nos dispositivos, há um crescente desenvolvimento de infeções nosocomiais que representa um problema de saúde pública. A investigação científica tem de forma exaustiva procurado soluções para inibir a sua formação, que ocorre geralmente em múltiplas etapas que se sucedem (Francolini & Donelli, 2010; Junter et al., 2016). Com a formação de biofilmes nos dipositivos médicos há um comprometimento nos procedimentos de diagnóstico e terapêutica, o que origina uma elevada preocupação dos profissionais da área. Assim, é de enorme relevância, o controlo e prevenção da formação de biofilmes. No caso de suspeita de infeção associada à presença destas comunidades microbianas sésseis deve efetuar-se o diagnóstico o mais rapidamente possível. O diagnóstico requer avaliação dos sintomas clínicos e caso haja uma reação inflamatória persistente ou infeção crónica pode ser necessário proceder à remoção do dispositivo médico. Posteriormente deve identificar-se o(s) agente(s) causador(es) da infeção através de provas microbiológicas ou moleculares para proceder ao tratamento mais adequado (Pérez-Zárate et al., 2015; Malheiro & Simões, 2017). Assim sendo, é importante propor aos profissionais de saúde um algoritmo terapêutico, para facilitar o processo de prevenção e diagnóstico.
