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- Forças de segurança e avaliação do risco em casos de violência domésticaPublication . Rodrigues, Cátia Daniela da Costa; Sani, Ana Isabel; Vieira-Pinto, PauloA presente dissertação alude sobre a avaliação do risco nos casos de violência doméstica realizada pelas forças de segurança. A primeira parte (primeiro artigo) trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, que pretende clarificar o fenómeno de forma a retratar o que já tem vindo a ser feito nacional e internacionalmente sobre avaliação do risco nos casos de violência doméstica. Observou-se que existe alguma divergência de conclusões, nos vários estudos analisados, quanto ao peso que determinados fatores de risco dispõem perante outros que, por sua vez, parecem não apresentar um elevado risco de revitimação. Um instrumento padronizado é uma ferramenta fundamental no auxílio aos polícias no decurso da avaliação do risco. Em regra, as polícias estão aptas para cooperar com outras instituições que lidam com a violência doméstica. Alguns autores apelam inclusive ao trabalho em rede e multidisciplinar no combate a este crime. A segurança parte (segundo artigo) refere-se ao estudo empírico e tentou compreender o processo de avaliação do risco executado pelas forças de segurança (GNR) nos casos de violência doméstica por parceiro íntimo. Verificou-se que o nível de risco médio é o mais frequentemente atribuído nas avaliações do risco. No entanto, em mais de metade dos casos, o/a ofensor/a exerceu violência contra outros elementos do agregado familiar, tendo inclusive ameaçado usar arma contra eles ou contra a vítima. E em 45% dos casos que o/a ofensor/a tentou ou ameaçou matar a vítima ou outros familiares. As vítimas separaram-se do/a ofensor/a ou manifestaram intenção de o fazer em mais de 40% das situações. Talvez fosse pertinente pensar que alguns fatores, por terem um peso maior, deveriam também ter uma cotação maior, de forma a determinar forçosamente risco elevado na determinação final do nível de risco.
- Diagnóstico do meio escolar do concelho da Maia: a perspetiva dos agentes educativosPublication . Oliveira, Ana Patrícia Azevedo; Caridade, SóniaA escola afigura-se como uma instituição indispensável à aquisição de aprendizagens, ao desenvolvimento dos indivíduos e à promoção individual do direito à educação, cabendo ainda a transmissão de normas e padrões comportamentais. Neste sentido, compete às escolas, direções e profissionais do ensino conhecerem a realidade em que estão inseridos, para conseguir auxiliar os seus alunos no seu desenvolvimento individual, crítico e cívico. Os objetivos desta investigação prendem-se em captar as perceções dos profissionais do ensino, professores e não professores, sobre o meio escolar e o meio envolvente, o funcionamento interno e externo e as principais características dos comportamentos problemáticos apresentados pelos alunos. Para tal foi desenvolvido um estudo exploratório, através da administração online do questionário Diagnóstico do Meio Escolar (DME), a uma amostra de 54 profissionais do ensino, com idades compreendidas entre os 35 e os 65 anos de idade (M= 50.4; DP= 7.1). Em termos de resultados, os participantes descreveram o meio físico de uma forma positiva, apontando, no entanto, a necessidade de se criarem novos espaços de lazer e desportivos; melhorar a eficácia do controlo das entradas e saídas dos alunos e aumentar o número de profissionais do ensino; o envolvimento dos pais e a sua participação na educação dos seus filhos foi descrita como sendo razoável, assim como os comportamentos adotados pelos alunos. Pretende-se com este estudo sensibilizar para a importância de se propiciaram as mudanças nas práticas educativas e no próprio comportamento dos alunos, prevenindo assim o comportamento desviante.
- Interdisciplinaridade entre a terapia da fala e a ortodontia: percepção dos profissionaisPublication . Silva, Mariana Rocha da; Vieira, Daniela Oliveira; Manso, M. ConceiçãoO termo interdisciplinaridade proporciona o trabalho em equipa que naturalmente concebe o incremento dos conhecimentos específicos de cada área de trabalho, a articulações entre os profissionais de saúde e, por isso, melhores resultados para a reabilitação do utente. Desta forma, a presente investigação tem como principal objetivo clarificar a perceção da interdisciplinaridade entre profissionais de Terapia da Fala e de Medicina Dentária. Para isso, efetuou-se um estudo quantitativo e qualitativo de tipologia observacional, descritivo, e transversal, com uma amostra não-probabilística composta por 129 profissionais destas duas áreas da saúde, que atuam diretamente em Ortodontia. Recorreu-se a três questionários, os quais foram divulgados e disponibilizados online para que profissionais de Terapia da Fala e de Medicina Dentária, que atuassem diretamente com Ortodontia, pudessem responder. Neste estudo verificou-se que todos os Médicos Dentistas e Terapeutas da Fala inquiridos consideraram esta cooperação sempre relevante, mas a concretização prática da mesma ainda não é uma constante para todos. Grande parte dos inquiridos reconheceu benefícios na interdisciplinaridade para o utente e para a sua própria intervenção, reconhecendo a importância do Terapeuta da Fala durante e após o tratamento ortodôntico, inclusivamente referiram que a sua ausência induz a recidiva ortodôntica. A maioria dos participantes revelou não partilhar o mesmo espaço físico com profissionais de Medicina Dentária/Terapia da Fala e reconheceram esse aspeto como necessário para que esta interdisciplinaridade se consolidasse. Registou-se ainda a carência da disseminação da profissão do Terapeuta da Fala e da pertinência desta interdisciplinaridade perante profissionais da área da saúde e junto da comunidade. Em suma, comprovou-se que a interdisciplinaridade entre a Terapia da Fala e a Medicina Dentária ainda não é uma prática efetiva nos tratamentos odontológicos realizados em Portugal, o que consequentemente implica maior duração das intervenções e menor sucesso profissional. Sente-se, no entanto, o desejo dos profissionais para que a mesma seja promovida e realizada.
- Responsabilidade criminal da alienação parental: o caminho para uma justiça preventiva?Publication . Lima, Gabriela Araújo Souza; Cabral, Paula Cristina; Maia, ManuelaA pretensão do presente estudo é abordar acerca do fenômeno da Alienação Parental, que se tornou um problema mundial, enfrentado nas famílias, principalmente em processos de divórcio, guarda e separação, com o objetivo de investigar o melhor guardião para o menor alienado, que sofre danos irreparáveis na sua formação psíquica, estabelecendo se é meio apto somente pelo Direito Civil ou se também deve sê-lo pelo Direito Penal, buscando caminhos para uma justiça preventiva. Esta pesquisa foi desenvolvida no Brasil, onde já existe uma legislação vigente (Lei 12.318/2010) pertinente ao tema Alienação Parental, ao contrário do ordenamento jurídico de Portugal, que ainda não possui regulamentação jurídica específica. Foi realizado um estudo teórico a partir de um referencial bibliográfico, à luz da Lei Brasileira 12.318/2010, comentários ao atual Projeto de Lei n°4.488/2016 que visa a Criminalização da Alienação Parental, bem como, a nova lei brasileira n°13.431/2017 que reconhece esse fenômeno como violência psicológica. Far-se-á, inclusive, uma breve alusão do ordenamento jurídico de Portugal, demonstrando, inclusive, como os Tribunais vêm reconhecendo o fenômeno da alienação parental, através de decisões jurisprudenciais. Destacam-se ainda aplicação de questionários aos Juízes da Primeira Instância do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), respectivamente as 12 Varas de Família de Belo Horizonte-MG (Brasil). Atualmente esta temática se constitui de grande relevância devido ao alto índice da prática da Alienação Parental no seio das famílias. O presente trabalho trará ainda contribuições para estudos nesta área que vem se fortalecendo a cada dia.
- Tuberculose ganglionar: estudo de fatores de risco que comprometem o tratamentoPublication . Portela, Terezinha Soares; Magalhães, RicardoO objetivo do presente estudo é classificar e caracterizar os fatores de risco que comprometem o tratamento da tuberculose ganglionar em um hospital de referência na cidade de Fortaleza (Ceará, Brasil) no período de 1 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2015. Foram selecionados todos os indivíduos que tiveram diagnóstico de tuberculose ganglionar atendidos e internados no Hospital São José, no período acima citado. A prevalência nos indivíduos coinfectados com o Vírus de Imunodeficiencia Humana predominou em homens (61,4%), com predomínio de casos na faixa etária de 20 a 30 anos. Dos indivíduos estudados, 64,2% terminaram o tratamento. Quanto à letalidade, 14% dos pacientes foram a óbito. Provavelmente indicando maior gravidade da doença no grupo coinfectado. Os fatores de risco que podem comprometer o tratamento da TB ganglionar encontrados foram: a coinfecção com Vírus de Imunodeficiencia Humana, a multirresistência, o abandono do tratamento e paciente em situação de risco social. Nos indivíduos estudados, 3,3% apresentaram resistência a Rifampicina o que reduz as disponibilidades terapêuticas. Esses resultados fornecem informações importantes para o estabelecimento de estratégias de políticas de saúde pública.
- O diagnóstico do meio escolar realizado por agentes educativos na área geográfica de Santa Maria da Feira e PortoPublication . Canedo, Vanessa Carina Ferreira; Caridade, SóniaNos dias de hoje a escola é vista como sendo um meio no qual se pode “trabalhar” as crianças e adolescentes que o frequentam, para que o seu processo de socialização e de desenvolvimento pessoal seja o mais normativo possível. Isto é, tentar arranjar estratégias que promovam a formação de jovens com bases cívicas e com objetivos de vida. O estudo aqui apresentado ao longo deste artigo tem como principal objetivo perceber quais as lacunas que mais afetam o desenvolvimento saudável, seja pessoal, escolar ou social, que podem ser colmatadas através de uma melhor intervenção escolar. Desta forma, este projeto conjuga a opinião de professores e auxiliares de diferentes escolas da região do Porto e de Santa Maria da Feira. A análise realizada contou com a opinião de 91 participantes cujas idades variam dos 29 aos 63 anos (X = 47.27 anos; D.P. = 5.09). De uma forma geral, os entrevistados mostraram ter uma perceção realista tanto do espaço físico como do funcionamento dos estabelecimentos de ensino no qual trabalham. Neste estudo em específico, de um modo geral, as escolas encontram-se situadas em zonas de bons acessos e transportes assim como são razoavelmente vigiadas. Mais uma vez salienta-se a necessidade da criação de equipas multidisciplinares (psicólogos, criminólogos, assistentes sociais…) para uma melhor intervenção nos estabelecimentos escolares.