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- Estudo da doença celíacaPublication . Gomes, Tânia Filipa da SilvaA Doença Celíaca (DC) é uma doença auto-imune que ocorre em indivíduos com predisposição genética causada pela permanente sensibilidade ao glúten. A ingestão do glúten vai provocar alterações típicas no intestino que impedem a absorção normal dos nutrientes, e é característico da doença o desaparecimento dessas lesões quando se faz uma dieta isenta de glúten. Os estudos de prevalência da DC têm demonstrado que esta doença é mais comum do que anteriormente se acreditava, ainda assim esta é subestimada dada a falta de informação sobre a doença e a dificuldade de acesso aos meios de diagnóstico que reduzem as possibilidades de tratamento adequado e consequente melhoria clínica. Estudos revelam que o problema atinge pessoas de todas as idades. Devido ao caráter hereditário, parentes de primeiro grau de celíacos devem ser submetidos ao teste sorológico para sua deteção entre as quatro formas de apresentação clínica da DC que são: clássica ou típica, não clássica ou atípica, assintomática ou silenciosa e latente. Atualmente, o tratamento mais aceite consiste numa dieta isenta em glúten (DIG) para toda a vida. A mesma deve ser rigorosa, saudável e equilibrada, não devendo os alimentos que contêm glúten ser eliminados, mas sim substituídos por outros cujas matérias-primas não o contêm. Apenas a eliminação do glúten da alimentação permite que o intestino regenere por completo da lesão e o organismo recupere. Contudo, se houver reintrodução do glúten, as inflamações regressam e os sintomas reaparecem. Com o avançar da ciência novos horizontes têm sido abertos, sendo as hipóteses atuais mais próximas de efetivação a vacina, que curaria (ao contrário da maior das vacinas que apenas previne) a DC, e os comprimidos que permitiriam que o celíaco pudesse ingerir glúten sem uma resposta negativa do seu organismo. Nesta revisão, serão abordados todos os aspetos importantes desta doença com o objetivo de rever toda a informação relevante da doença até á data. Este projeto de dissertação terá por base revisão bibliográfica de pesquisas realizadas com motores de busca como B-on, Pubmed, e Science Direct.
- Literacia em saúde: um retrato da população adulta portuguesaPublication . Carneiro, Vânia Andreia Sousa; Silva, IsabelAtualmente, a literacia em saúde é considerada uma ferramenta imprescindível para frequentar adequadamente o Serviço Nacional de Saúde. Esta engloba conhecimentos necessários para que os indivíduos saibam procurar, selecionar, compreender, comunicar e tomar decisões relativas à sua saúde/doença, de forma autónoma, confortável e consciente, com o objetivo de não só cuidar da sua saúde, como também prevenir doenças e manter uma vida saudável. O presente trabalho está organizado em duas partes. A primeira parte consiste num artigo de revisão da literatura que tem como objetivo conhecer o nível de literacia em saúde na população adulta portuguesa, tendo em consideração algumas variáveis sociodemográficas e clínicas dos sujeitos. De uma forma geral, os resultados sugerem que a literacia em saúde nos adultos portugueses é baixa revelando ter dificuldades e fragilidades ao nível da mesma, com destaque para os grupos considerados vulneráveis: pessoas do sexo feminino, pessoas com idade avançada, indivíduos com baixos níveis de escolaridade, viúvos, desempregados, de estatuto social baixo, com diagnóstico de alguma doença e pessoas com baixa perceção de qualidade de vida. A segunda parte integra um artigo de natureza empírica, em que se apresenta um estudo que tem como objetivo geral descrever os níveis de literacia em saúde funcional, comunicacional e crítica, numa amostra adulta portuguesa, tendo em consideração as características sociodemográficas e clínicas dos 316 participantes, onde foram administrados dois instrumentos: um questionário sociodemográfico e clínico e a Escala de Literacia em Saúde (ELS). Os resultados indicam que, globalmente, os níveis de literacia apresentados são medianos. Ao nível dos domínios da literacia em saúde a pontuação mais alta é da literacia comunicacional, que apresenta valores razoáveis (M=73,87; DP=15,56), seguida da literacia funcional (M=63,69; DP=13,30) e, por último, a crítica, que se apresenta como baixa (M=31,99; DP=7,03). Os resultados sugerem ainda, a existência de associação entre algumas variáveis sociodemográficas e clínicas nos níveis de literacia em saúde. Variáveis como a idade e a escolaridade demonstram exercer influência nos níveis de literacia em saúde. Denota-se a necessidade de promover a literacia em saúde junto dos grupos vulneráveis, em particular, mas também na população portuguesa em geral.