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- Comportamento antissocial em crianças dos seis aos onze anos: avaliação e gestão do riscoPublication . Coelho, Inês Isabel Mendes de Castro; Caridade, Sónia; Neves, Ana CristinaO comportamento antissocial na infância tem sido ao longo do tempo considerado potenciador do comportamento delinquente e criminal futuro. Em Portugal, o aumento de casos sinalizados às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, por comportamentos antissociais, tem sido exponencial. Não obstante os inúmeros trabalhos internacionais neste âmbito, a investigação científica nacional neste domínio afigura-se diminuta. Neste sentido, a presente dissertação, constituída por dois estudos empíricos, procurou incidir sobre os fatores de risco associados a esta temática, as diferenças entre sexos, recorrendo, para tal, a instrumentos identificados pela sua boa precisão e utilidade em termos da avaliação e intervenção. O primeiro estudo procurou caracterizar os fatores de risco para a ocorrência do comportamento antissocial, procurando perceber se existem diferenças entre rapazes e raparigas, recorrendo aos instrumentos de avaliação – EARL-20B e EARL-21G. Para tal foram analisados 85 processos de promoção e proteção referentes a 65 rapazes e 20 raparigas com idades compreendidas entre os seis e os onze anos. Apuraram-se diferenças entre sexos, com a maior parte (52.3%) dos rapazes a apresentar um nível de risco elevado, ao contrário das raparigas, que maioritariamente (50%) apresentaram um nível moderado. Verificou-se que os rapazes apresentam maior pontuação nos fatores associados com a própria criança (e.g., hiperatividade). O segundo estudo procurou estudar as propriedades psicométricas do EARL-20B, tendo por base uma amostra de crianças portuguesas referenciadas na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). Foram analisados 65 processos referentes a crianças do sexo masculino, com idades compreendidas entre os seis e os onze anos. Os resultados demonstraram que este instrumento atingiu uma boa consistência interna (α = .82), sendo que oferece fidedignas garantias relativamente à precisão da avaliação. Verificou-se também que a pontuação total e a pontuação da subescala da família foram estatisticamente significativas para preverem a adoção de comportamentos antissociais. De um modo geral, os resultados da presente dissertação apelaram à importância de precocemente se identificarem os fatores de risco para o comportamento delinquente e criminal futuro, bem como a necessidade para a utilização de um suporte específico que auxilie os profissionais na gestão do risco de comportamentos antissociais.