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- Novos inibidores da bomba de protões antagonistas competitivos com o potássio- VonoprazanPublication . Rocha, Ana Rita Almeida; Matos, CarlaOs inibidores da bomba de protões (IBP’s) são amplamente prescritos como terapêutica de primeira e segunda linha para o tratamento de doenças relacionadas com o excesso de ácido estomacal, tais como: úlceras pépticas, refluxo gastroesofágico, erradicação da bactéria Helicobacter pylori, entre outras. No entanto, a sua eficácia terapêutica tem sido considerada limitada, uma vez que são instáveis em condições ácidas e requerem uma formulação de revestimento entérico; apresentam uma alta variabilidade inter-individual na farmacocinética devido a polimorfismos genéticos no metabolismo do CYP2C19; têm um início lento de ação farmacológica, podendo exigir várias doses para obter uma supressão ótima de ácido e alívio dos sintomas; e, muitas vezes, não proporcionam uma supressão estável da secreção de ácido gástrico ao longo de 24 horas. Neste sentido, surgiram os bloqueadores de ácido competitivos com o potássio (P-CABs) que inibem a bomba de protões H+, K+- ATPase de forma reversível, competindo com os iões potássio e exibindo, desta forma, uma inibição quase completa da secreção de ácido gástrico a partir da primeira dose. Muitas Companhias Farmacêuticas tentaram desenvolver os P-CABs, mas a maioria do seu desenvolvimento clínico foi descontinuado devido a preocupações de segurança e por possuir uma eficácia similar aos IBP’s. O P-CAB Vonoprazan, aprovado em 2014, no Japão, para a prevenção e tratamento de doenças relacionadas com o excesso de ácido no estômago, comporta uma estrutura química completamente diferente e um valor de pKa superior (9,4) comparativamente com outros P-CABs, o que lhe confere um rápido início de ação e favorece a sua alta concentração nos canalículos secretores das células parietais gástricas, conseguindo um efeito de supressão de ácido por mais de 24 horas após a administração de 20 mg. Vários dados físico-químicos indicaram que este fármaco possui uma alta solubilidade e estabilidade num amplo espectro de pH. Além disso, a eficácia do Vonoprazan mostrou não ser inferior ao IBP Lansoprazol em vários estudos.
- Novos fármacos hipnóticos antagonistas da orexinaPublication . Vieira, Fábio Miguel Fernandes; Capela, João Paulo SoaresA insónia constitui atualmente um grande problema de saúde pública, cuja intervenção a nível individual ou num âmbito mais vasto são necessárias. O mercado de fármacos, usados no tratamento deste tipo de distúrbios, é presentemente dominado pelas benzodiazepinas e pelos hipnóticos não benzodiazepínicos, tendo o tratamento por base uma intervenção farmacológica e não farmacológica. Como nova classe de fármacos desenvolvida com o intuito de induzir o sono sem os efeitos colaterais produzidos pelas benzodiazepinas, surgiram os antagonistas da orexina, que em vários estudos demonstraram resultados bastante promissores. Neste seguimento surge o Suvorexant, o primeiro antagonista seletivo dos recetores orexina 1 e 2 a ser aprovado para o tratamento da insónia. Este fármaco proporciona uma alternativa única para pacientes com insónia que não toleram benzodiazepinas ou hipnóticos não benzodiazepínicos ou em casos de ineficácia da terapêutica. O suvorexant é geralmente seguro e bem tolerado nos pacientes, no entanto os ensaios clínicos desta classe ainda apresentam imensas limitações. Em conformidade com o que aconteceu com muitos outros fármacos inovadores, ao longo dos anos milhares de pacientes serão expostos a fármacos cujo conhecimento científico e a segurança são muito limitados. O médico e o farmacêutico têm assim um papel decisivo na identificação, aconselhamento e tratamento dos distúrbios do sono. Um fármaco nunca deve ser a primeira hipótese terapêutica, devendo ser sempre considerados todos os seus riscos e benefícios associados. A indústria farmacêutica está cada vez mais a demonstrar interesse por este tipo de fármacos, havendo várias moléculas promissoras atualmente em estudo, com o objetivo de se obter a molécula ideal, com o mínimo de efeitos adversos.
- Microcirurgia endodônticaPublication . Saleiro, André Filipe Pereira; Matos, Miguel AlbuquerqueA cirurgia Endodôntica é um procedimento intrínseco da terapia Endodôntica de extrema importância que visa a resolução de situações em que os tratamentos Endodônticos tradicionais falharam ou que se tornaram impossíveis de realizar pois, pelos mais variados fatores, estão impedidos do acesso clínico à zona apical da raiz. O Médico Dentista deve procurar o equilíbrio entre a utilização de todos os recursos clínicos que levem ao resultado de uma terapia eficiente e o menos desconfortável para o paciente. Contudo, o bom senso, deve determinar até quando persistir na terapia nãocirúrgica, tendo por objetivo último os menores riscos e a obtenção dos melhores resultados. Pretende-se neste trabalho, fazer um périplo de forma sistematizada sobre as mais recentes técnicas, instrumentos e materiais utilizados que nos trazem hoje à microcirurgia endodôntica, desmistificando a complexidade do tratamento, quais as suas indicações e revelando os seus benefícios em último rácio.
- Encerramento de diastemas em dentes anteriores: opções terapêuticasPublication . Silveira, Myllena Goulart; Monteiro, BeatrizO diastema, pode ser definido como um espaço extra existente entre dois ou mais dentes consecutivos, sendo mais frequente entre os incisivos centrais da arcada superior. O agente etiológico do diastema, pode estar associado a fatores patológicos e/ou fisiológicos. Pode ser causado pela existência de mesiodens, por hábitos bucais deletérios, problemas periodontais ou por herança genética. Atualmente, a medicina dentária apresenta uma variedade de tratamentos para o encerramento dos diastemas, nomeadamente, frenectomia, as restaurações diretas realizadas em resina composta, restaurações indiretas através da prótese fixa que possibilita o encerramento do espaço com facetas de cerâmica, coroas totais e também o tratamento ortodôntico. Este trabalho teve como principal objetivo, apresentar as diferentes formas de tratamentos para a correção dos diastemas, centrado na dentística restauradora em parceria com o tratamento ortodôntico. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando os motores de busca PubMed, Science Direct, Scielo.
- Medicamentos biossimilares no tratamento do cancro na União EuropeiaPublication . Santos, Sofia Domingas Carvalho Beleza Bandeira; Silva, Ana CatarinaOs medicamentos biossimilares surgiram após expirarem as primeiras patentes de medicamentos biológicos, tendo sido legislados pela União Europeia em 2005, e sendo definidos como aqueles que, quando produzidos por um novo fabricante, demonstram semelhança com um medicamento biológico previamente aprovado, designado medicamento biológico de referência. Neste sentido, um medicamento biossimilar tem de demonstrar a mesma qualidade, segurança e eficácia que o medicamento biológico original. Esta classe de medicamentos constitui uma alternativa económica, já que dispensa a realização de alguns estudos dispendiosos, quando comprovado que a sua atividade é semelhante é do medicamento biológico de referência. Em comparação com os medicamentos genéricos clássicos, o desenvolvimento e fabrico de medicamentos biossimilares é mais complexo e dispendioso, uma vez que a sua eficácia e segurança têm de ser confirmadas com dados clínicos e/ou pré-clínicos. Na primeira parte deste trabalho são descritas as etapas cruciais do desenvolvimento de medicamentos biossimilares, que vão desde a sua produção até à introdução no mercado. De seguida, são apresentados os medicamentos biossimilares usados no tratamento do cancro na Europa. Nesta área, a sua aplicação é notável, de forma direta (no tratamento da doença propriamente dita) e de forma indireta (no tratamento de efeitos secundários resultantes do tratamento da doença). Em qualquer uma das situações, o principal objetivo da utilização destes medicamentos é aumentar a acessibilidade da população à terapia com medicamentos de origem biológica, por se tratar de uma alternativa mais económica para os sistemas de saúde e, consequentemente, para o doente.