Browsing by Issue Date, starting with "2017-10-30"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- A microbiota e as doenças inflamatórias intestinaisPublication . Carvalho, Célia Patrícia Rios Novais de; Lemos, CatarinaA microbiota é o conjunto dos microrganismos que existem no organismo humano, é numerosa e diversificada e é fundamental na manutenção da saúde. Quando a microbiota sofre alterações, pode levar ao aparecimento de condições patológicas, como é o caso das doenças inflamatórias intestinais, a doença de Crohn e a colite ulcerosa. Estas doenças são ambas idiopáticas mas profundamente relacionadas com uma resposta imunológica anormal à microbiota bacteriana intestinal. Na colite ulcerosa, a inflamação é difusa e restrita à mucosa intestinal, com comprometimento contínuo da parede, principalmente do reto, enquanto na doença de Crohn as lesões são descontínuas, podem comprometer todas as camadas da parede intestinal e afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. Os sinais e sintomas são em geral comuns e incluem diarreia, febre e dores abdominais, podendo ocorrer também manifestações extraintestinais no caso da doença de Crohn. O diagnóstico é feito através de dados clínicos, radiológicos e histológicos, uma vez que não há nenhum parâmetro que isoladamente defina qualquer uma das doenças. Para atenuar o desenvolvimento das doenças inflamatórias intestinais, para além do tratamento farmacológico, a modulação da microbiota intestinal tem-se apresentado com bastante potencial. Diversos estudos mostram a importância de uma dieta adequada e da utilização de pro- e prebióticos como agentes anti-patogénicos essenciais ao equilíbrio imunológico. Recentemente, tem-se focado também a atenção nos transplantes fecais e na sua capacidade de modulação rápida e eficaz da microbiota intestinal.
- Anorexia associada ao cancroPublication . Abreu, Bárbara Sofia de Oliveira; Silva, Raquel; Medeiros, RuiO cancro consiste na divisão celular descontrolada, tornando as células cada vez mais anormais e formando uma massa denominada de tumor que pode ser benigno (não cancerígeno) ou maligno (cancerígeno). A patologia, os tratamentos e a má adaptação do organismo a estes causam um impacto negativo na qualidade de vida do doente, podendo desencadear inúmeros efeitos adversos nomeadamente, anorexia com posterior perda de tecido adiposo, perda de massa muscular e inflamação sistémica desencadeando um síndrome multifactorial designado de caquexia. A “caquexia” é caracterizada por uma perda de massa corporal e massa muscular, com ou sem perda de tecido adiposo, inflamação crónica, desarranjos metabólicos, diminuição do apetite, diminuição da atividade física e redução da qualidade de vida. A incidência da perda de peso na caquexia oncológica varia com a localização do tumor, sendo os tumores sólidos os cancros com maior prevalência como é o caso do cancro do pâncreas e o cancro do estômago. O seu diagnóstico deve ter em conta diferentes parâmetros, nomeadamente presença de doença crónica subjacente, perda de massa corporal superior a 5% em 6 meses ou menos e presença de fadiga, anorexia, baixo índice de massa livre de gordura ou bioquímica alterada. Sendo um síndrome multifactorial têm sido testados diversos fármacos e terapias para diminuir a anorexia associada ao cancro que devem incidir num aumento da massa corporal magra e num aumento do apetite de forma a melhorar a qualidade de vida do doente. Quanto à terapia farmacológica, os progestagénios são os agentes de primeira linha, os corticosteroides aumentam o apetite e os agentes anabólicos conferem efeitos positivos no peso corporal e massa corporal magra.