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- Bem-estar Subjetivo em Cuidadores Formais de Idosos que frequentam Centros de Dias e/ou que se encontram institucionalizados em Lares de Terceira IdadePublication . Ventura, Ana Carolina da Costa; Silva, IsabelO envelhecimento populacional é um fenómeno que se observa não só em Portugal, mas à escala mundial. A longevidade humana e, consequentemente, o número de idosos na estrutura populacional tem vindo a aumentar de forma significativa. Esta realidade acarreta diversas alterações ao nível da organização da dinâmica pessoal, familiar e social do meio em que o idoso se insere, que, com o aumento da perda da sua autonomia ao longo dos anos, terá como último recurso a institucionalização. Por conseguinte, fez emergir a importância de um novo grupo profissional considerado crucial para a prestação de cuidados de forma digna e qualificada em instituições geriátricas: os cuidadores formais. São vários os estudos que apontam para as consequências positivas de elevados níveis de bem-estar subjetivo e satisfação com a vida, principalmente ao nível de grandes áreas, como a saúde física e psicológica, longevidade, emprego, relações sociais e recursos pessoais e sociais (Diener & Ryan, 2009; Diener & Biswas-Diener, 2008; Lyubomirsky, King, Diener, 2005) daí a pertinência de se estudar este constructo. Neste sentido, o principal objetivo do presente estudo foi avaliar o bem-estar subjetivo nos cuidadores formais de idosos que se encontram institucionalizados em lares de terceira idade e que frequentam centros de dia. Participaram no presente estudo 52 cuidadores formais de idosos maioritariamente do sexo feminino (88,5%), com idades compreendidas entre os 19 e os 56 anos (M=30,94; DP=8,44). Foram administrados os seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico, versão portuguesa do Positive and Negative Affect Schedule (PANAS) e da Escala de Satisfação com a Vida (SWLS). Os resultados apontam para que os cuidadores formais de idosos se mostrem globalmente satisfeitos e com maior presença de afetos positivos do que afetos negativos. Os principais resultados mostram que são os homens que pontuam mais no afeto negativo. Observou-se igualmente uma maior presença de afeto negativo nos cuidadores que desempenham funções em lares de terceira idade e centros de dia simultaneamente e uma menor satisfação com a vida nos cuidadores que trabalham apenas em centros de dia. Verificou-se também que quanto maior for a duração da experiência anterior em lares de terceira idade e centros de dia maior é o afeto negativo e, relativamente à perceção da saúde, verificou-se que a satisfação com a vida é maior nos cuidadores que percebem a sua saúde como sendo muito boa. O presente estudo sublinha importância da promoção do bem-estar subjetivo nestes profissionais.
- Relação entre maus-tratos infantis e comportamentos antissociais: uma análise de dados oficiais e auto-relatadosPublication . Almeida, Sandra Sofia Bolas de; Martins, José Soares; Neves, Ana CristinaO presente estudo explora a relação entre maus-tratos infantis e a delinquência juvenil, analisando dados oficiais e de auto-relato. Os dados foram recolhidos na Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, junto de 55 jovens com medida tutelar educativa aplicada, entre os 12 e os 19 anos, através da aplicação de um questionário e da consulta de processos. Esse questionário era composto por uma primeira parte com dados sociodemográficos e por dois instrumentos de avaliação, a Escala de Condutas Antissociais e Delitivas (Formiga, 2002; traduzido e validado por Formiga, Duarte, Neves, Machado, & Machado, 2015) e pelo Questionário Trauma de Infância – versão breve (Bernstein et al., 2003; traduzido e validado por Calafate Ribeiro et al., 2010). Da análise estatística foi possível verificar que existe uma correlação baixa entre os dados oficiais e a Escala de Condutas Antissociais e Delitivas, no entanto não se verificou associação entre os dados oficiais e o Questionário Trauma de Infância. Nos dados de auto-relato não se verificou relação entre os maus-tratos e comportamento desviante. No entanto quando analisados os sexos separadamente, verificou-se que no sexo feminino existia correlação entre os maus-tratos e os comportamentos delinquentes. O último objetivo da investigação pretendia analisar a associação entre as diferentes formas de maus-tratos e o tipo de crime praticado, no entanto não se verificaram associações significativas entre as variáveis.