Browsing by Issue Date, starting with "2016-11-22"
Now showing 1 - 5 of 5
Results Per Page
Sort Options
- Estudo comparativo de homens e mulheres em liberdade condicional e da influência do género nas decisões judiciaisPublication . Ramalho, Ana Catarina Neves; Jólluskin, Gloria; Neves, Ana CristinaAinda hoje nos deparamos com diferenças acentuadas ao nível do género, sendo a sua influência na decisão judicial um dos contextos mais abordados, verificando-se um número mais elevado de estudos referente à decisão sentencial, em comparação à concessão da liberdade condicional. Procurando observar as diferenças entre homens e mulheres ao nível da decisão judicial, foram analisadas 140 decisões de indivíduos que iniciaram a liberdade condicional com acompanhamento da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP). Apesar do género não se ter constituído como preditor significativo da duração da pena ou da fase de concessão da liberdade condicional, foi possível apurar diferenças entre homens e mulheres, nomeadamente, o tipo de crime que levou à condenação e a presença e especialização de antecedentes criminais. Como preditores da duração da pena, verificou-se o número de crimes cometidos no presente, para ambos os grupos, e a especialização dos antecedentes para os homens. Relativamente à concessão da liberdade condicional, não foram encontradas diferenças significativas.
- Violência conjugal percebida por um menor em contexto familiar e suas consequências psicossociais: estudo de casoPublication . Sousa, Maria Helena Soares de Almeida; Martins, José SoaresA violência como fenómeno social e familiar, não é um problema atual, desde sempre esteve presente, sendo que a sua exposição apresenta diferentes intensidades em diferentes momentos da sua evolução. Como fenómeno mundial, percorreu todas as culturas, etnias, tipos de economia e regimes políticos (Sagim, 2003). O objectivo da presente investigação é a violência conjugal percebida por um menor em contexto familiar e suas consequências psicossociais: estudo de caso. Método: A metodologia escolhida é qualitativa e é designada por naturalista. O método utilizado foi o estudo de caso e a recolha de dados foi a entrevista (semi-estruturada) e fez-se a descodificação desta através da análise de conteúdo, que foi organizada em várias categorias . Instrumentos: Questionário sócio demográficos (filha); Guião de Entrevista para adultos(mãe), semi-estruturada; Entrevista Clínica Semi–Estruturada (SCICA);A Escala de Sinalização do Ambiente Natural Infantil (S.A.N.I.); O teste projectivo Pata Negra de Corman (filha). Participantes: R de 12 anos de idade, sexo feminino, caucasiana, possui o 9º ano de escolaridade Resultados: Verificou-se que R tem uma boa capacidade de coping e resolução de problemas, indo do encontro referido por alguns autores nos meus estudos, sendo que noutros não se enquadra no perfil defendido pela literatura. Referindo segundo o DSM-5, R apresenta alguma sintomatologia clínica como a ansiedade de separação, revelando insegurança e medo da perda dos afetos por parte dos progenitores. Conclusão: : Concluiu-se ainda que alguns estudos referem que nem todas as crianças expostas à violência intrafamiliar responderão negativamente, uma vez que a presença de fatores de proteção tèm um papel fundamental. Entre estes, o ambiente escolar, o relacionamento com a vizinhança e o suporte advindo de demais membros familiares, entre outros (Sani, 2008).
- Evolução de competências em crianças com dificuldades de aprendizagem: estudo de casoPublication . Pinto, Nuno Ricardo Epifânio; Costa, AnaA falta de consenso no seio da comunidade científica no que consta não somente a uma definição singular de dificuldades de aprendizagem, mas também em relação aos critérios de diagnóstico, etiologia, nosologia, modelos de avaliação, procedimentos de intervenção e até mesmo políticas educativas, tem potenciado uma forte controvérsia numa área ainda recente que no entanto tem experimentado grande crescimento e evolução no espetro das necessidades educativas especiais. Mais precisamente, é de facto inegável que a condição de dificuldades de aprendizagem específicas é hoje amplamente reconhecida como um problema que origina sérias dificuldades de adaptação à escola, com repercussões ao longo de todo ciclo vital, manifestando-se inclusivamente em diferentes contextos da vida diária, pelo que muitos dos alunos que apresentam insucesso escolar não conseguem alcançar os objetivos estabelecidos pelo sistema educativo. Assim, uma grande parte destes alunos poderá experienciar insucessos sucessivos, percebendo-se deste modo a importância fulcral de que estes sejam identificados o mais precocemente possível, através de observações e avaliações especializadas que levem a intervenções específicas e que envolvam não apenas a escola mas também a família e a comunidade. Este trabalho deve ser então realizado numa perspetiva multidisciplinar e nos diferentes contextos de interação da criança. Como tal, esta avaliação deve permitir conhecer a criança, a família, o contexto social onde esta interage e basear-se na determinação das áreas fortes e necessidades da criança, potenciando desse modo a implementação de intervenções adequadas que se baseiem nas potencialidades para mitigar ou suprimir as áreas frágeis. Por tudo isto, percebe-se assim que os alunos com dificuldades de aprendizagem constituem efetivamente um dos grandes desafios que se colocam à escola, aos professores, aos psicólogos e a todos os profissionais que atuam na área da educação. Desta forma, o presente trabalho assenta, primeiramente, numa abordagem teórico-concetual sobre as dificuldades de aprendizagem, através da qual percorremos não apenas as principais definições que nos permitem obter um conhecimento mais amplo acerca deste fenómeno, mas exploramos também a classificação das DA com ênfase nos critérios de diagnóstico presentes no DSM-5, assim como destacamos a tipologia que a problemática encerra. Optamos igualmente por incluir na nossa revisão da literatura uma abordagem às caraterísticas gerais das crianças com DAE, estabelecendo uma relação de proximidade com a comorbilidade que podemos associar a esta perturbação. Concluímos o primeiro capítulo aludindo ao estado da arte em que se encontra a avaliação, diagnóstico e intervenção na área das DA. Seguidamente, apresentamos a componente empírica deste trabalho, de caráter qualitativo, com as caraterísticas específicas do estudo de caso. Assim sendo, esta investigação baseou-se num estudo com três participantes e teve objetivo principal analisar a existência de aspetos convergentes e divergentes na evolução de competências atencionais, comportamentais, emocionais e de aprendizagem, de três crianças. Os resultados obtidos apontam no sentido de uma melhoria ao nível das competências atencionais, emocionais, comportamentais e de aprendizagem, essencialmente no que consta à leitura e escrita, por parte dos três participantes.
- Novos antiplaquetários inibidores dos receptores activados por protease 1 (PAR-1): Vorapaxar e AtopaxarPublication . Santana, Andreína Menezes; Matos, CarlaO sistema circulatório tem um papel fulcral na gestão da homeostasia do corpo humano. A cascata da coagulação apresenta-se como um mecanismo de conversão de informação mecânica em informação bioquímica. A trombina é uma protease sérica que atua em diversos substratos e é considerada a principal protease da cascata da coagulação pois possibilita a tentativa de reposição do balanço hemostático perdido aquando de lesão vascular. As vias de sinalização da trombina são em parte mediadas por um grupo de proteínas-G conhecidos como PARs – recetores ativados por proteases. Estes são uma família composta por quatro elementos e a trombina possui a capacidade de ativar as plaquetas através de três destes PARs: PAR1, PAR3 e PAR4. O mecanismo de ativação dos PARs é irreversível. Os recetores são ativados por proteases que têm a capacidade de quebrar um sítio específico no domínio extracelular e promover a criação de uma nova sequência. Esta sequência tem a capacidade de identificar uma alça extracelular do seu recetor e promover a sua ativação. O PAR1 é o protótipo deste grupo. Os antagonistas PAR1 são uma nova classe de fármacos que inibem a via de ativação plaquetária mediada pela trombina. O Vorapaxar e o Atopaxar são exemplos destes inibidores antiplaquetários do PAR1. Visto a trombina também ter um papel fulcral na manutenção da hemostasia, alguns obstáculos foram encontrados no desenvolvimento de um antagonista seletivo, eficaz e seguro do PAR1. Os estudos clínicos do Vorapaxar revelaram um aumento do risco hemorrágico. Esta ocorrência justifica-se tendo em conta que o PAR1 coopera na manutenção da integridade da barreira endotelial e que a sua inibição promove a interferência dos sinais de proteção da mesma. O Atopaxar apresenta um risco hemorrágico menor, contudo este provou ser responsável pelo aumento do valor das enzimas hepáticas e do intervalo QT. Nesta revisão, irão ser abordados os conhecimentos atuais sobre a etiologia e mecanismos de ativação dos PARs bem como, os novos antiplaquetários inibidores do PAR1 – Vorapaxar e Atopaxar, destacando-se também novos caminhos para pesquisas futuras.
- Monitorização e reporte ao sistema de farmacovigilância europeu da nova terapêutica para a Hepatite C (Harvoni®)Publication . Costa, Cláudia Sofia de Pina e; Capela, João Paulo Soares; Marques, JoanaA Hepatite C é uma doença hepática provocada por um vírus, designado de vírus da Hepatite C. Após a entrada do vírus no organismo, desenvolve-se a fase aguda da infeção. Após seis meses de início da infeção, esta evolui de aguda para crónica. Numa fase crónica, o ácido ribonucleico do vírus persiste no sangue, podendo a longo prazo originar cirrose hepática, carcinoma hepatocelular e falha hepática. A Hepatite C é uma doença para a qual ainda não foi desenvolvida uma vacina, sendo por isso o tratamento a única alternativa para os doentes. O tratamento tem vindo a sofrer ao longo dos anos uma enorme evolução. As primeiras terapias eram injetáveis, de longa duração, com efeitos adversos graves e com baixas taxas de sucesso. Em contrapartida, as mais recentes terapias são orais, de menor duração e com taxas de sucesso promissoras associadas à ocorrência de efeitos adversos menos graves. Em 2014, foi aprovado o Harvoni®, uma junção de sofosbuvir com ledipasvir, administrados numa única toma diária, variando entre 8, 12 e 24 semanas o tratamento, de acordo com a tipologia do doente. Na elaboração bibliográfica desta dissertação realizaram-se diversas pesquisas em várias bases de dados de cariz científico. Esta dissertação tem, como principal objetivo analisar os efeitos adversos do Harvoni® reportados à Agência Europeia do Medicamento. Cada efeito adverso reportado, é analisado quanto à tipologia do reportador e ao sexo, idade e origem geográfica do doente. Posteriormente, cada efeito adverso é inserido num grupo patológico. Com base neste reporte, verificou-se que existem diversos efeitos adversos graves, como por exemplo, mortes, tendências suicidas, falha e ineficácia do tratamento, encefalopatia, acidente vascular cerebral, enfarte do miocárdio e insuficiência cardíaca e hepática. No entanto, com base nos ensaios clínicos prévios à introdução do Harvoni® no mercado, os efeitos adversos são comuns, não representando perigo para o doente, nem um risco para a interrupção do tratamento. Sendo assim, é necessário ponderar o risco/benefício incutido no uso do Harvoni®, para cada doente com Hepatite C crónica.