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- O papel dos metais na doença de Huntington e na esclerose lateral amiotróficaPublication . Miranda, Juliana Isabel de Sousa da Mota; Leal, FernandaAs doenças neurodegenerativas caracterizam-se por apresentar condições bastantes debilitantes, ainda sem cura, que afetam pessoas de todas as idades e resultam numa degeneração progressiva e/ou morte dos neurónios, sendo estas as células responsáveis pelas funções do sistema nervoso. Nos últimos anos, tem-se vindo a descobrir uma relação entre os metais e a neurodegeneração, porém, os mecanismos pelos quais os iões metálicos (ferro, cobre e manganês) interferem com a doença de Huntington e com a esclerose lateral amiotrófica ainda são pouco claros, necessitando de novos estudos e investigações. Contudo, para a manutenção das funções vitais e homeostase de orgãos individuais são necessários níveis adequados de elementos metálicos vestigiais. Estes níveis vestigiais, apesar de essenciais para a vida, com o excesso de acumulação podem tornar-se altamente tóxicos e possivelmente fatais. Existem já alguns mecanismos que se pensam estar na base do início da progressão das doenças abordadas, tais como o stress oxidativo através da libertação de espécies reativas de oxigénio e a agregação proteica. A doença de Huntington é uma patologia neurodegenerativa, autossómica dominante, que afeta o movimento e conduz a um défice cognitivo e perturbações psiquiátricas. É causada pela expansão instável de uma repetição do trinucleótido CAG na região codificante do gene HD, no braço curto do cromossoma 4. Este gene codifica a proteína Huntingtina, onde irá ocorrer uma mutação originando a Huntingtina mutante, levando deste modo à degeneração do estriado e das camadas mais profundas do córtex, sendo estas seletivamente afetadas durante a progressão da doença. A esclerose lateral amiotrófica é uma doença neurodegenerativa rara, caracterizada pela perda progressiva da função motora e da capacidade respiratória, cuja mortalidade se deve fundamentalmente à repercussão respiratória, em estádios mais tardios da doença. A primeira evidência da doença é o surgimento da fraqueza simétrica num dos membros, associada à atrofia progressiva dos músculos. Uma mutação no gene que codifica a superóxido dismutase 1, expressa ubiquamente na eliminação de radicais livres, parece estar na base desta patologia, encontrada em 1 a 9% dos pacientes com esclerose lateral amiotrófica. Sendo estas duas doenças neurodegenerativas raras e pouco estudadas e tendo repercussões negativas na saúde do indivíduo, é de extrema importância a realização de um diagnóstico precoce. Para tal, é necessário que o clínico realize uma boa anamnese, exame físico e ainda a execução de exames complementares de diagnóstico. Até ao momento, a maioria das doenças neurodegenerativas, não possuem ainda uma cura, não sendo a doença de Huntington e a esclerose lateral amiotrófica uma exceção. O tratamento existente, passa por mecanismos que apenas aliviam a sintomatologia. Atualmente, os quelantes de metais estão a ser testados como mecanismos terapêuticos no combate à acumulação do excesso de metais no organismo, diminuindo desta forma a sua toxicidade. São ainda necessários mais estudos, porém constituem um avanço na medicina.
- Anticoagulantes orais: terapêutica clássica versus novos anticoagulantesPublication . Plácido, Ana Isabel Pereira; Gonçalves, SérgioOs novos anticoagulantes orais representam uma inovação terapêutica anticoagulante, tendo obtido recentemente aprovação para várias indicações clínicas. A varfarina foi um dos primeiros anticoagulantes orais a ser desenvolvido, no entanto acarreta inúmeras inconveniências tais como, interações medicamentosas e alimentares, margem terapêutica reduzida, monitorização frequente e variações de resposta entre indivíduos, que comprometem a eficácia do tratamento. Consequentemente, foi necessário investigar outras alternativas surgindo assim os novos anticoagulantes orais, dabigatrano, apixabano e rivaroxabano que detêm menos limitações e a mesma eficácia que os AVK. Estes anticoagulantes são eficientes na profilaxia e tratamento tromboembolismo venoso e na prevenção de AVC em pacientes com fibrilação auricular, contudo também apresentam as suas desvantagens como custo elevado e ausência de antídoto específico. Nesta revisão bibliográfica serão abordadas as propriedades farmacológicas, mecanismos de ação, vantagens e desvantagens, custos terapêuticos dos anticoagulantes clássicos e novos anticoagulantes, sendo feita uma comparação entre estes de modo a perceber qual será a melhor opção terapêutica.
- Apoio social, saúde mental e bem-estar em idosos institucionalizados e não institucionalizadosPublication . Alves, Lúcia Maria Travassos; Fonte, CarlaO apoio social e o bem-estar são variantes importantes para a saúde mental, em particular, quando se trata da população idosa. O presente estudo visa avaliar o apoio social, o bem-estar e a saúde mental em idosos não institucionalizados e institucionalizados. O método utilizado é o quantitativo, tendo sido realizado um estudo descritivo-correlacional, comparativo, transversal, com uma amostra de 100 idosos: 50 institucionalizados em lar e 50 não institucionalizados, mas que frequentam o centro de dia. Os instrumentos de recolha de dados foram a Escala de Bem-Estar Mental de Warwick-Edimburgh (WEMWBS); a Escala Continuum de Saúde Mental (MHC-SF); a Escala de Rede de Apoio Social de Lubben (LSNS-6); Questionário Sociodemográfico. Genericamente, os resultados demonstram que a maioria dos participantes apresenta níveis elevados de bem-estar, nomeadamente bem-estar emocional, bem-estar psicológico e bem-estar social, encontrando-se maioritariamente em flourishing. Relativamente ao apoio social, este evidencia-se como razoável ao nível da família e baixo ao nível dos amigos. Na análise da relação entre bem-estar, saúde mental e apoio social nos idosos em estudo, foram encontradas correlações estatisticamente significativas positivas entre todas estas dimensões, quer nos indivíduos não institucionalizados e quer nos institucionalizados. Assim, a relação positiva encontrada entre a maioria das variáveis consideradas permite concluir que o bem-estar, a saúde mental e o suporte social se encontram relacionados. Os idosos mais velhos, em particular os institucionalizados, são os que apresentam resultados mais baixos ao nível do bem-estar mental, emocional e suporte social.
- Caracterização de infeções nosocomiais causadas por bactérias resistentes: incidência em Portugal, métodos de diagnóstico e de controloPublication . Silva, Inês Madail Marques e; Pina, CristinaAs Infeções Nosocomiais são um grave problema de saúde a nível mundial, produzindo endemias e epidemias. O elevado consumo de antibióticos e a transmissão microbiana das resistências nos hospitais são as principais causas do seu aparecimento, sobretudo em Unidades de Cuidados Intensivos. A transmissão de resistências nos hospitais tem levado ao aparecimento de estirpes bacterianas multirresistentes cujo tratamento é dificultado pela falta de recursos terapêuticos, o que resulta em aumento dos custos, prolongamento da hospitalização e elevadas taxas de mortalidade. As principais bactérias responsáveis pela produção e transmissão de resistências em ambiente hospitalar são bactérias de Gram positivo como Staphylococcus aureus, Enterococcus spp., Staphylococcus de coagulase negativo e Streptococcus pneumoniae, e de Gram negativo, como Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumanii. A presente dissertação de mestrado tem como objetivo uma revisão da literatura sobre infeções nosocomiais e a sua incidência em Portugal, utilizando dados epidemiológicos referentes às principais infeções nosocomiais descritas na clínica: Infeções da Corrente Sanguínea associadas a Cateteres Venosos Centrais, Infeções Urinárias associadas a Cateteres, Infeções do Sítio Cirúrgico e Pneumonia associada ao Hospital e a Ventiladores Mecânicos. Em Portugal, a taxa de consumo de antibióticos e de infeções hospitalares é superior à média europeia. Essa taxa, pode ser explicada, pela utilização de elevada quantidade de antibióticos de elevado espetro, como os carbapenemos, pelo que a utilização de antibióticos de curto espetro é preferencial. A procura por novos antibióticos como a teixobactina, é importante para aumentar o leque de opções na clínica. No entanto, a disseminação de resistências ocorre mais rapidamente do que a produção de novos fármacos, pelo que o uso sustentável dos antibióticos existentes e a toma de precauções, por parte de todos os profissionais de saúde, como a higienização das mãos e utilização de métodos de barreira são de extrema importância. O mais recente programa de prevenção e controlo de infeções face às resistências microbianas em Portugal é o PPCIRA (Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e Resistências aos Antimicrobianos), que em muito tem contribuído para a redução da sua incidência.
- Biomarcadores de contaminação ambientalPublication . Silva, Ana Cecília de Abreu; Carvalho, MárciaA presença de um xenobiótico no ambiente representa sempre um risco para os organismos vivos e para o meio onde estes habitam. Um dos métodos para avaliar a exposição aos xenobióticos e o seu potencial impacto sobre os seres vivos baseia-se na utilização dos chamados biomarcadores. Estes podem fornecer indicações da exposição, efeito e suscetibilidade individual a compostos químicos ambientais e são ferramentas muito úteis para avaliar e controlar o risco de danos a longo prazo associados à exposição a xenobióticos, tais como metais pesados, hidrocarbonetos halogenados, pesticidas, fármacos, entre outros. Este trabalho pretendeu realizar uma revisão bibliográfica atual sobre a importância dos biomarcadores na monitorização ambiental, focando-se nos seguintes aspetos: definição e áreas de aplicabilidade, vantagens e limitações, e tipos de biomarcadores: de danificação oxidativa, de neurotoxicidade, de biotransformação, de desregulação endócrina, histopatológicos e de genotoxicidade.