Browsing by Issue Date, starting with "2016-02-03"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Traumatismos orofaciais no desportoPublication . Portela Rodriguez, Erik; Bulhosa, José FriasUma grande parte da população pratica desporto, esta prática tem muitos benefícios para a saúde mas qualquer prática desportiva pode também acarretar alguns riscos associados de traumatismos ou lesões. Este risco variam segundo a modalidade desportiva que se pratique e a respectiva intensidade com que se pratica. As modalidades que fizeram parte deste estudo são o futebol, o basquetebol, o andebol e o rugby. Estas modalidades têm uma série de características em comun, todas elas são desportos de equipa, onde é comum o contacto e consequentemente a probabilidade de ocorrerem traumatismos. O objectivo do estudo é determinar quais são as causas dos traumatismos oro-faciais, tipo de traumatismos mais frequentes, em que situações se produzem os traumatismos, determinar a prevalência do uso do protetores bucais nos atletas inquiridos e obter dados sobre a opinião dos atletas no que respeita à importância da saúde oral nos desportistas e se têm conhecimentos sobre como actuar quando sofrem uma lesão . Recorreu-se a uma amostra de 213 atletas de quatro modalidades desportivas, sendo 105 homens e 108 mulheres de idades compreendidas entre os 15 e os 43 anos sendo que lhes foi pedido para preencherem um questionário de resposta fechada. Em 66,2% dos atletas inquiridos, refere que a saúde oral afeta o seu rendimento desportivo, a maior parte (63,8%) não conhece os procedimentos a seguir em caso de sofrer um traumatismo. Em 43,2% dos inquiridos sofreram traumatismos na zona oro-facial e destes 43,5% acham que esse traumatismo prejudicou o seu rendimento desportivo, 38% interromperam mesmo a pratica desportiva como consequência desse traumatismo. Para a maior parte dos atletas (56,2%), o traumatismo ocorreu durante a competição e a causa principal foi o impacto contra outro jogador. De entre as modalidades desportivas avaliadas os praticantes de futebol, 25% sofreram traumatismos na zona oro-facial; de entre os que jogam andebol, esta percentagem aumentou para 74,1%, para o basquetebol 31,4% e 41,1% para o rugby. O uso do protetor bucal é reduzido entre os atletas, excepto nos jogadores de rugby onde é usado por 83,9% dos jogadores enquanto que nas outras modalidades o seu uso variou entre o 5,8% e o 14,8%.
- Infeções hospitalares bacterianas no século XXIPublication . Simões, Cristina Maria Senra Barroso; Pina, CristinaNo decorrer do século XX, a descoberta da penicilina veio contribuir para o controlo das infeções bacterianas, entre elas as hospitalares. Contudo, em pleno século XXI, apesar do avanço tecnológico e científico, as infeções hospitalares estão associadas a altas taxas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. As infeções hospitalares apresentam-se como um problema transversal às várias instituições, e muito difícil de resolver. Nos últimos anos as infeções hospitalares têm registado um aumento da sua incidência, levando a que esta situação clínica seja considerada um problema de saúde pública mundial. São vários os tipos de infeções hospitalares existentes, merecendo destaque pela elevada frequência, as pneumonias associadas aos ventiladores, as infeções do trato urinário associadas à presença de cateter, as infeções do local cirúrgico e as infeções da corrente sanguínea. A maior parte destas infecções têm na sua génese bactérias, nomeadamente, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumanni, porém podem também estar presentes fungos, parasitas, vírus, entre outros microrganismos. A ocorrência de infeções hospitalares é favorecida pela utilização de dispositivos médicos, pela presença de comorbilidades, por práticas de higienização inadequadas ou insuficientes por parte dos profissionais de saúde e devido ao consumo elevado de antimicrobianos. O consumo excessivo de antibióticos nos últimos anos tem conduzido à multiplicação e disseminação de estirpes bacterianas resistentes, situação que se apresenta como um grave e importante problema mundial a nível hospitalar. O meio hospitalar apresenta-se como um excelente habitat para as bactérias adquirirem resistência aos antibióticos. Esta situação é ainda mais relevante dado que o paciente internado está imunodeprimido e sujeito a diversas terapias medicamentosas e/ou invasivas que o tornam suscetível a desenvolver uma infeção. Neste sentido qualquer falha ou negligência dos profissionais de saúde em relação às medidas de controlo de uma infeção hospitalar (como a lavagem das mãos), aumenta a probabilidade da ocorrência da mesma. Com a crescente preocupação do risco que representam as estirpes resistentes e as infeções hospitalares, têm vindo a ser desenvolvidos programas de vigilância epidemiológica. Estes têm como objetivo promover a boa prática e identificar áreas onde é possível intervir de forma a reduzir esta problemática. Desta forma, considerando a importância atual desta temática, nomeadamente o grande impacto médico, social e económico que acarreta, foi desenvolvida a presente revisão bibliográfica, tendo como objetivos principais: identificar as principais infeções bacterianas hospitalares, evidenciando também a resistência/multirresistência bacteriana aos antibióticos, bem como novas estratégias de combate a esta situação clínica.