Browsing by Author "Pereira, Ana Filipa Silva"
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- Cuidar de quem cuida: eficácia de um programa de inteligência emocional para enfermeirosPublication . Pereira, Ana Filipa Silva; Prior, Ana Inês Santos; Ferreira, Marlene; Fonte, CarlaObjetivo: Avaliar a eficácia de um programa de promoção da inteligência emocional, em enfermeiros em exercício de funções num hospital do Porto. Metodo: Estudo exploratório e quase-experimental, misto, com recurso à Escala de Inteligência Emocional de Wong e Law; Continuum de Saúde Mental- versão reduzida para adultos; Escala de Ansiedade, Depressão e Stress – 21 itens; Rahim Organizational Conflict Inventory. A amostra incluiu 6 enfermeiros, maioritariamente do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 29 e os 35. Resultados: Os enfermeiros desenvolveram e aplicaram estratégias mais eficazes ao nível da autoconsciência, clarificação, autorregulação emocional, comunicação e gestão do conflito, permitindo um maior bem-estar social e emocional. Conclusões: O desenvolvimento de competências de Inteligência Emocional são essenciais na prestação de cuidados, permitindo a adoção de comportamentos adaptativos, a aprimoração de habilidades de gestão/regulação emocional promovendo o bem-estar, fulcrais para o processo de humanizar os cuidados.
- Genética e Psicologia: relações no âmbito do cancro da mamaPublication . Pereira, Ana Filipa Silva; Meneses, RuteA expansão da área da genética nos últimos anos contribuiu para uma maior e melhor compreensão dos mecanismos genéticos subjacentes a determinadas doenças, através do uso de testes genéticos, assim como para o reconhecimento das suas implicações nos indivíduos. No entanto, todo este processo, desde testagem genética até às estratégias preventivas (quando necessário), poderá despoletar um forte impacto emocional e psicossocial nos sujeitos, não só pelo acesso a novas informações importantes sobre a saúde, como pela testagem em si e pelas decisões para a gestão da saúde que serão tomadas. Apesar da escassez de informação associada a esta temática, atualmente já se encontra alguma literatura sobre o impacto psicossocial associado à identificação de mutações genéticas deletérias (como o caso das associadas ao cancro hereditário da mama, mais concretamente, as BRCA 1 e 2) apontando para uma experiência marcada por ansiedade, medo, preocupação, depressão, incerteza entre outros. Acredita-se que esta sintomatologia diminui a qualidade de vida dos sujeitos, assim como o seu bem-estar. A presente dissertação é constituída por quatro artigos, nomeadamente dois de revisão sistemática da literatura e dois empíricos. Para que se consiga intervir neste âmbito, contribuindo para um maior conhecimento deste tema foram delineados os seguintes objetivos: identificar o perfil psicossocial de indivíduos com mutação genética (sintomáticos ou assintomáticos) e explorar a relação entre as características psicossociais e clínicas da amostra. Recorreu-se a uma amostra de conveniência, composta por 62 utentes inscritos na Consulta de Risco, Oncogenética e Psico-Oncologia do Hospital de São João, no Porto. Para a recolha de dados foi administrado um Questionário Sociodemográfico e Clínico e três instrumentos: a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref) e a Escala de Bem-Estar Pessoal (BEP). Globalmente, os resultados apontam que a amostra em estudo demonstrou indicadores de sintomatologia leve no que respeita à ansiedade. Contudo, não apresentava indicadores de depressão, afeto negativo, qualidade de vida (QdV) e bem-estar pessoal (BEP) que devam ser alvo de atenção clínica, mesmo na presença de doença oncológica. Quanto à duração do diagnóstico de mutação e a existência de outras patologias, apenas a QdV e o BEP demonstraram resultados significativos, ainda que não sejam verificados em todos os grupos. No que respeita aos acompanhamentos psicológicos/psiquiátricos aquando da avaliação, todas as variáveis em análise apresentaram relações estatisticamente significativas. A presente dissertação procura, deste modo, constituir mais um contributo para o aumento do conhecimento nesta área, promovendo a importância do papel da Psicologia nas consultas de aconselhamento genético, bem como em todo o processo associado às mutações genéticas, direcionado para a criação de estratégias de avaliação e intervenção junto desta população.