Browsing by Author "Oliveira, Cristina Maria de Jesus Fonseca"
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- Saúde de adultos: autoperceção e práticas não convencionais durante a pandemiaPublication . Oliveira, Cristina Maria de Jesus Fonseca; Meneses, RuteA autoperceção de saúde tem mostrado ser uma variável importante, estando relacionada com os comportamentos saudáveis dos indivíduos e com um menor risco em termos de saúde. Alguns estudos sugerem ainda uma relação com práticas de saúde não convencionais. Paralelamente, a investigação tem mostrado que ambas variam em função de variáveis sociodemográficas. Assim, a presente dissertação tem como objetivos: caracterizar a autoperceção de saúde (geral e mental) e a utilização de práticas de saúde não convencionais de adultos residentes em Portugal, durante a pandemia de COVID-19; analisar a relação entre estas variáveis e características sociodemográficas dos indivíduos, nomeadamente género, idade e escolaridade; e analisar a relação entre a autoperceção de saúde e a utilização de práticas não convencionais. Para esse efeito, foram desenvolvidos três estudos quantitativos, descritivos, correlacionais e transversais, com uma amostra de 118 indivíduos, a maioria do sexo feminino (n = 93, 79,5%), tendo completado o ensino superior e com idades compreendidas entre os 31 e os 88 anos (M = 49,21, DP = 12,81). A autoperceção do estado de saúde geral foi avaliada através do item 1 do SF-36 e a de saúde mental através do Mental Health Inventory 5 (MHI-5; Veit & Ware, 1983; adaptação para a população portuguesa de Pais Ribeiro, 2001). A recolha de dados sobre práticas não convencionais foi realizada através de um questionário elaborado com base na revisão da literatura sobre o tema. Os dados foram recolhidos entre 1 de outubro de 2021 e 25 de março de 2022, através do Google Forms. Observou-se que, tanto em termos de saúde geral como mental, a amostra apresenta uma perceção de boa saúde e mais de metade referiu recorrer a práticas de saúde convencionais e não convencionais, embora a estas últimas raramente. Não foram encontradas relações estatisticamente significativas entre a perceção de saúde geral e mental e a idade, género ou escolaridade. Também não foram encontradas relações estatisticamente significativas entre a utilização e regularidade de práticas de saúde não convencionais e a idade ou género; no entanto, verificou-se que participantes que utilizavam apenas práticas de saúde convencionais apresentaram um nível superior de escolaridade. Por fim, a autoperceção de saúde geral e mental mostraram não estar relacionadas de forma estatisticamente significativa com a utilização ou regularidade de práticas de saúde não convencionais. As implicações práticas dos resultados e o facto de nem todos estarem de acordo com estudos prévios apoiam a relevância de aprofundar a investigação nesta área.