Browsing by Author "Lima, Carmen Sulinete Suliano da Costa"
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- Fatores de risco para infecção relacionada à assistência à saúde em unidade de terapia intensiva neonatal no Estado do CearáPublication . Lima, Carmen Sulinete Suliano da Costa; Silva, Cláudia; Rocha, Hermano Alexandre LimaOBJETIVOS: Identificar os fatores determinantes para infecções relacionadas à assistência à saúde de início tardio em terapia intensiva neonatal. Descrever a sensibilidade das bactérias aos antimicrobianos e identificar multirresistência. Descrever as diferenças entre as infecções fúngicas e bacterianas. MÉTODOS: Estudo caso-controlo no Estado do Ceará, entre janeiro de 2013 a dezembro de 2017. Considerado caso o recém-nascido com infecção relacionada à assistência à saúde tardia e, controle, aquele sem infecção. Variáveis com valor de p ≤ 0,05 em análise regressiva bivariada foram incluídas em modelo logístico hierarquizado para multivariada. Valores de p<0,01 foram considerados significativos. Foram avaliadas as sensibilidades aos antimicrobianos e multirresistência, através da classificação: multirresistência; resistência estendida ou panresistência. Foram comparadas infecções fúngicas com bacterianas. RESULTADOS: Dos 1132 participantes, 427 (37,7%) tiveram infecções tardias, com 54 (12,6%) hemoculturas positivas. Dentre as bacterianas positivas, 26 (55,3%) foram Gram-negativas e 21 (44,7%) Gram-positivas; sete (14,9%) foram bactérias multirresistentes. Entre as multirresistentes, três foram Klebsiella pneumoniae, três Pseudomonas aeruginosa e um Staphylococcus epidermidis. A resistência das Gram-positivas à oxacilina foi de 47,5% e a susceptibilidade foi alta à vancomicina (97,5%), porém uma bactéria foi resistente aos dois antimicrobianos. Sete (13%) infecções confirmadas foram por fungos, predominando Candida parapsilosis (42,9%). Destas todos eram prematuros, 71,4% destes <1500g (53,2% nas bacterianas). Quanto ao uso de cateter central, todas as fúngicas utilizaram (93,6% das bacterianas) e o tempo de uso foi 33,3% maior. Usou-se nutrição parenteral em todas as fúngicas versus 74,5% das bacterianas, e o tempo 140,0% maior. Fatores de risco que permaneceram significativos: prematuro menor do que 30 semanas (OR=5,62; IC95% 1,83–17,28); uso de ventilação (OR=1,84; IC95% 1,26–2,68); uso de cateter venoso central (OR=2,48; IC95% 1,40–4,37) e tempo de internamento (OR=1,06; IC95% 1,05–1,07). Dentre os óbitos, 41 (55,4%) foram por infecções tardias. A letalidade entre as fúngicas foi de 28,6% versus 8,5% nas bacterianas. CONCLUSÃO: Os recém-nascidos com menos de 34 semanas de idade gestacional e peso inferior a 1500g são de alto risco para infecções, sendo fundamental a prevenção da prematuridade. Melhores práticas devem ser adotadas, como o uso racional de procedimentos e de antimicrobianos, para evitar infecções nosocomiais, óbitos e multirresistência bacteriana.