Browsing by Author "Coelho, Diana Sofia Carvalho dos Santos"
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- A comunicação no doente com afasia - intervenções dos enfermeiros de reabilitaçãoPublication . Coelho, Diana Sofia Carvalho dos Santos; Lima, AndreiaAtualmente, uma das doenças mais comuns, é o Acidente Vascular Cerebral. O mesmo, pode resultar da rutura de um vaso cerebral ou da interrupção do fluxo sanguíneo que, irá provocar uma lesão nas células cerebrais, provocando um Acidente Vascular Cerebral hemorrágico ou um Acidente Vascular Cerebral isquémico, respetivamente. As principais sequelas após a ocorrência de um Acidente Vascular Cerebral, são: défices motores; disfagias, e por último, distúrbios da linguagem, tais como: disfonia, disartria e também afasia. A afasia, corresponde a uma alteração na compreensão da linguagem e pode ser de diferentes tipos. De acordo com Instituto Nacional de Estatística (2020), em Portugal no ano de 2018, cerca de 9,9% dos óbitos foram provocados por doenças cerebrovasculares, ou seja, este tipo de patologia apresenta uma taxa de óbitos elevada. A comunicação, é um processo de extrema importância, pois é através da mesma que o ser humano é capaz de compreender sentimentos, desejos, bem como emoções. A linguagem, é utilizada diariamente pelo ser humano, sendo indispensável para a dinâmica da sociedade. A comunicação, é fundamental na prática diária de enfermagem, pois é através da mesma que os enfermeiros conseguem perceber as necessidades, bem como sentimentos e emoções dos doentes. Com o objetivo de conhecer as intervenções de enfermagem utilizadas pelos enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação, na comunicação com os doentes afásicos, foi realizado um estudo quantitativo, descritivo e transversal. A amostragem utilizada foi não probabilística, em bola de neve. O estudo foi realizado junto de uma amostra de 45 enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação, que desempenham funções em unidade de cuidados continuados, unidade de Acidente Vascular Cerebral, serviços de medicina, neurologia e também neurocirurgia. Para o presente estudo, utilizou-se como instrumento de colheita de dados um questionário, elaborado com base nos objetivos do estudo e baseado no instrumento utilizado por Salgueiro (2014). Este instrumento foi submetido a um pré-teste, visando a verificação da sua adaptabilidade e validade juntos dos enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação. Para análise e tratamentos dos dados recorreu-se à análise descritiva efetuada através do programa Statistical Package for the Social Sciences versão 26. Neste estudo, os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação, mencionaram realizar “Muitas vezes” ou Sempre” intervenções como “Promover o espaço físico adequado (sem ruídos; ambiente tranquilo)”, “Garantir privacidade”, “Apresentar-se ao doente”, “Potenciar a capacidade do doente para comunicar”, “Referir disponibilidade para comunicar”, “Dar uma orientação simples de cada vez”, “Dar tempo ao doente para completar a mensagem, sem o interromper”, “Ouvir atentamente”, “Utilizar palavras simples e frases curtas”, “Utilizar palavras-chave”, “Mostrar imagens para o doente nomear”, “Utilizar comunicação não verbal”, “Encorajar o doente para repetir palavras”, “Reconhecer os progressos do doente, elogiando-o”, “Ensinar a manipular objetos usuais”, “Ensinar a verbalizar as palavras”, “Ensinar a utilizar comunicação não verbal (piscar os olhos; sinais com as mãos), “Utilizar desenhos”, e por fim “Proporcionar ao doente aporte escrito (folha, quadro, lápis/caneta). Enquanto que, a única intervenção que não se verifica diferenças relevantes entre os cuidados de enfermagem de reabilitação e os cuidados dos enfermeiros generalistas, é a intervenção “Falar de frente para o doente”.