Browsing by Author "Carvalho, Paula Maria da Silva"
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- O papel dos testes serológicos para deteção de anticorpos das classes IgG e IgM ao SARS-CoV-2 numa comunidade da região NortePublication . Carvalho, Paula Maria da Silva; Soares, Sandra; Castro, Ana RitaO vírus SARS-CoV-2 identificado em humanos em 2019, na China, provocou uma pandemia mundial a COVID-19, decretada pela Organização Mundial de Saúde em Março de 2020. Nas características deste Coronavírus destacam-se a elevada transmissibilidade por gotículas respiratórias e fómites e os sintomas podem variar de leves a moderados ou ser tão graves que podem mesmo levar à morte. As medidas de prevenção adotadas mundialmente foram decisivas no controle da pandemia enquanto não se desenvolveram vacinas e medicamentos antivirais eficazes. O distanciamento social, o uso de máscaras faciais e as desinfeções de superfícies incluíram-se num conjunto de restrições que levaram ao confinamento geral ou ao chamado “lockdown”. Os Testes serológicos para deteção de IgM e IgG são de grande importância na monitorização da imunidade ao SARs-Cov-2 assim como na vigilância dos portadores assintomáticos. Ainda antes da disponibilização das vacinas estes testes, devido ao seu baixo custo, comparativamente ao teste de antigénio, eram amplamente utilizados no contexto de estudos epidemiológicos não só para avaliação da resposta imune como também para a deteção de infeção. Neste trabalho foram realizados testes serológicos entre Janeiro e Março de 2021- período de confinamento, numa Farmácia em Santo Tirso – Norte de Portugal, para avaliar a presença de anticorpos IgM e IgG ao SARS-CoV-2. Os testes foram acompanhados de um questionário, caracterizando os participantes e identificando fatores de risco. Nos resultados obtidos destacam-se uma seroprevalência de 41,3% maioritariamente nos indivíduos em trabalho presencial (74%). Ainda assim apenas 44% dos indivíduos apresentaram sintomatologia e /ou um teste antigénico positivo sublinhando a importância da transmissão viral a partir dos indivíduos assintomáticos. A seroprevalência foi maior nas mulheres e em indivíduos com idades superiores a 21 anos. É um facto que no período estudado as medidas de restrição foram importantes para o controle da disseminação do vírus e mesmo as pessoas infetadas apresentaram seroconversão apesar de ainda ser desconhecido a longevidade desta resposta. A posterior introdução das vacinas permitiu um aliviar das medidas de confinamento, no entanto os estudos serológicos continuam a permitir a monitorização da imunidade populacional, nomeadamente contra as novas variantes virais.