Browsing by Author "Barreto, Maria Goretti Policarpo"
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- Determinantes da mortalidade e morbidade de recém-nascidos em Fortaleza-BrasilPublication . Barreto, Maria Goretti Policarpo; Silva, Cláudia Sofia; Manso, M. ConceiçãoIntrodução: O Estado do Ceará apresentou redução relevante na taxa de mortalidade neonatal, caiu de 25,5 óbitos por mil nascidos vivos em 1990 para 9,5 óbitos por mil nascidos vivos em 2018, pouco acima da média nacional (9,1 óbitos/mil nascidos vivos em 2018). Objetivo: Analisar os determinantes maternos, ambientais e dos recém-nascidos associados à mortalidade neonatal e pós-neonatal em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Analisar a mortalidade neonatal e pós-neonatal e comparar com a literatura. Conhecer a prevalência de partos prematuros e seus fatores de riscos associados. Conhecer a prevalência de asfixia perinatal e seus fatores determinantes associados. Métodos: Estudo de coorte ambispectivo de todos recém-nascidos internados na unidade de terapia intensiva neonatal de hospital de referência da rede suplementar de saúde no município de Fortaleza, Ceará, Brasil, de 2013 a 2015 (retrospectivo) e 2016 a 2018 (prospectivo). O desfecho estudado foi o óbito e as variáveis independentes foram agrupadas em quatro blocos para análise bivariada. Permaneceu na análise multivariada as variáveis com p<0,15 e no modelo final de ajuste ficaram as variáveis com p<0,05. Análise multivariada foi realizada através da regressão de Poisson. Resultados: Quatrocentos e oitenta recém-nascidos foram elegíveis e 8,1% (39 recém-nascidos) faleceram. Dentre eles, 34 morreram no período neonatal (com menos de 28 dias de vida). Os determinantes que permaneceram significativamente associados à mortalidade neonatal e pós-neonatal no modelo de ajuste final (p<0,05) foram história de aborto, asfixia perinatal, sepse neonatal precoce e cateterismo venoso umbilical. Todas as causas eram evitáveis. A taxa de mortalidade neonatal, embora não inclua gêmeos, neonatos com malformações incompatíveis com a vida e outras condições, foi de 3,47 óbitos por mil nascidos vivos (IC 95%: 1,10‰-8,03‰), bem abaixo da média nacional, igual às taxas dos países desenvolvidos. Conclusão: Esses resultados sinalizam para os gestores que a redução da mortalidade neonatal e pós-neonatal é possível a partir de políticas públicas com estratégias que promovam melhorias nas condições de vida da população e na assistência às gestantes desde o pré-natal até o parto e aos recém-nascidos ao nascer e na unidade de terapia intensiva neonatal e à criança em seu desenvolvimento e crescimento.