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Avaliação enzimática e histológica dos efeitos decorrentes da exposição aguda ao diazepam em Gambusia holbrooki

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A presença de compostos com capacidade neuroactiva nos ambientes aquáticos tem sido uma das principais preocupações dos ecotoxicologistas que avaliam os potenciais efeitos de fármacos nos organismos aquáticos. As alterações fisiológicas decorrentes da presença de resíduos de medicamentos de utilização humana nos diversos compartimentos ambientais são hoje em dia tema de pesquisa, em face das alterações eventualmente causadas nos organismos não alvo. Os dados existentes actualmente, recolhidos em estudos de monitorização destes agentes em compartimentos aquáticos e que visam avaliar o seu impacto, demonstram a presença sistemática de compostos deste tipo nas mais variadas matrizes; no entanto, existe uma manifesta falta de dados científicos que demonstrem, ou não, que estes compostos podem ser potencialmente nocivos do ponto de vista ambiental. O composto sobre o qual incidiu o presente estudo, o diazepam, é um composto de utilização como anticonvulsivante, tranquilizante e relaxante muscular, e existem já evidências que decorrem de estudos já publicados, de que pode estar envolvido em cenários de stress oxidativo. Sendo um composto que actua sobre uma via de comunicação fisiológica altamente conservada (inibição da neurotransmissão por aumento da condutância ao cloreto ao nível das células neuronais), este composto pode potencialmente comprometer um vasto leque de funções neuronais em muitas espécies. Assim, e visto actuar directamente ao nível do sistema nervoso central dos organismos, foi o nosso objectivo estudar alterações enzimáticas e histológicas na espécie Gambusia holbrooki, após exposições agudas (96 horas) a diversas concentrações deste agente (0,0025; 0,005; 0,02; 0,02; 0,04μg/l). Os efeitos decorrentes da exposição ao referido composto foram avaliados ao nível da actividade enzimática (catalase e glutationa S-transferases) e de alterações histológicas observadas no fígado e brânquias dos organismos expostos. O diazepam causou evidentemente alterações regressivas histológicas nas brânquias e no fígado dos animais expostos às três concentrações mais altas. A actividade da catalase mostrou também estar aumentada, indicando stress oxidativo. Já o caso da glutationa S-transferase demonstrou não ser um biomarcador viável para a avaliação do risco ambiental, pelo menos em exposições agudas.

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Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de licenciada em Ciências Farmacêuticas.

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