Publication
Oncologia oral: prevenção e tratamento da mucosite
datacite.subject.fos | Ciências Médicas::Medicina Clínica | pt_PT |
dc.contributor.advisor | Silveira, Augusta | |
dc.contributor.author | Monteiro, Jennifer Yolanda Mendes | |
dc.date.accessioned | 2017-05-11T16:44:32Z | |
dc.date.available | 2017-05-11T16:44:32Z | |
dc.date.issued | 2017-04-07 | |
dc.description.abstract | Uma neoplasia maligna é uma lesão com origem na proliferação não controlada de células, as unidades elementares que constituem os vários tecidos do organismo humano. As neoplasias malignas da cabeça e pescoço representam uma área preocupante no exercício da Medicina Dentária sendo o tumor maligno mais prevalente e agressivo nesta região anatómica, o carcinoma espinocelular. Anualmente são diagnosticados 400.000 novos casos de patologia oncológica de cabeça e pescoço em todo o mundo. A exposição a fatores de risco torna os indivíduos mais suscetíveis ao desenvolvimento de cancro oral, devendo, sempre que possível, ser evitada. Alguns dos fatores de risco mais importantes na carcinogénese oral são: o tabaco, o álcool, a exposição ocupacional, a exposição a fontes de radiação, os fatores hereditários, os polimorfismos genéticos, os fatores biológicos, os fatores nutricionais e uma saúde oral precária. O diagnóstico precoce é fundamental em oncologia. Para a realização de um diagnóstico correto e atempado, é fundamental elaborar uma adequada história clínica. O exame intra e extra-oral devem fazer parte da rotina de observação de cada paciente nas consultas de Medicina Geral e Familiar e de Medicina Dentária. O autoexame da cavidade oral tem sido indicado como um aliado na deteção precoce do cancro oral. A Medicina Dentária exerce um importante papel em Oncologia Oral: na prevenção e no diagnóstico precoce; na preparação da cavidade oral que irá sofrer os impactos dos tratamentos oncológicos; e numa fase de reabilitação e reconstrução. Neste contexto, o controlo da mucosite oral continua a ser um importante desafio clínico para a equipa multidisciplinar, na qual a Medicina Dentária se deverá incluir. A incidência da mucosite oral atinge até 98% e varia em função do tipo de tratamento, do tipo de patologia e de fatores relacionados com o paciente oncológico. A idade, o género, o estado da saúde e oral – nos quais se inclui a função secretora salivar, os hábitos de higiene oral, os fatores genéticos e metabólicos, o índice de massa corporal, a função renal, a presença de hábitos tabágicos e uma história de tratamento oncológico anterior são fatores relacionados com o paciente oncológico que contribuem para aumento do risco de mucosite oral. A mucosite oral apresenta-se como uma inflamação da mucosa secundária ao tratamento oncológico (quimioterapia e radioterapia) que ocorre na cavidade oral. Esta inflamação provoca dor intensa, ulceração da mucosa, dificuldade na deglutição e predisposição para o desenvolvimento de infeções orais que podem evoluir para infeções sistémicas. A mucosite oral é caracterizada como tendo cinco fases: a iniciação, a geração de mensagens, a sinalização e amplificação, a ulceração e inflamação, e a cura ou reparação/cicatrização. O tratamento da mucosite oral é essencialmente sintomático, e baseia-se no uso de anestésicos tópicos, anti-inflamatórios e antimicrobianos tópicos e sistémicos. Outra forma importante de minimizar as consequências da mucosite oral e melhorar o prognóstico – por norma reservado – é através de uma excelente manutenção da saúde oral. A melhor terapêutica para a mucosite oral é a sua prevenção. Recomenda-se uma intervenção multidisciplinar e o estabelecimento de protocolos cuidadosos, com educação de pacientes e profissionais, no sentido de garantir o seu cumprimento. Os profissionais de saúde oral devem ser integrados nas equipas de prevenção e tratamento da mucosite oral. Uma aproximação entre o paciente oncológico e o Médico Dentista – formado e preparado para atuar em oncologia oral – permite iniciar protocolos clínicos corretos, de forma atempada, com potencial para reduzir substancialmente a taxa de incidência e a morbidade associada a mucosite oral. Pela formação que têm, os Médicos Dentistas podem acrescentar valor às equipas multidisciplinares e claros benefícios ao paciente oncológico. | pt_PT |
dc.description.abstract | A malignant neoplasm is an injury originating from the uncontrolled proliferation of cells, the elemental units that make up the various tissues of the human organism. Malignant neoplasms of the head and neck represent a worrying area in the practice of Dentistry, being the most prevalent and aggressive malignant tumor in this anatomical region, squamous cell carcinoma. 400.000 new cases of head and neck oncology are diagnosed annually around the world. Exposure to risk factors makes individuals more susceptible to the development of oral cancer and, where possible, should be avoided. Some of the most important risk factors for oral carcinogenesis are: tobacco, alcohol, occupational exposure, exposure to radiation sources, hereditary factors, genetic polymorphisms, biological factors, nutritional factors, and poor oral health. Early diagnosis is critical in oncology. In order to make a correct and timely diagnosis, an adequate clinical history is essential. The intra and extra-oral examination should be part of the observation routine of each patient in General and Family Medicine and Dental Medicine consultations. Oral cavity self-examination has been indicated as an ally in the early detection of oral cancer. Dental Medicine plays an important role in Oral Oncology: in prevention and early diagnosis; in the preparation of the oral cavity that will suffer the impacts of oncological treatments; and in a rehabilitation and reconstruction phase. In this context, the control of oral mucositis continues to be an important clinical challenge for the multidisciplinary team in which Dental Medicine should be included. The incidence of oral mucositis reaches 98% and varies according to the type of treatment, the type of pathology and factors related to the cancer patient. Age, gender, health and oral status - including salivary secretory function, oral hygiene habits, genetic and metabolic factors, body mass index, renal function, presence of smoking habits and a history of previous cancer treatment are factors related to cancer patients that contribute to an increased risk of oral mucositis. Oral mucositis presents as an inflammation of the mucosa secondary to oncologic treatment (chemotherapy and radiotherapy) that occurs in the oral cavity. This inflammation causes intense pain, ulceration of the mucosa, difficulty in swallowing and predisposition for the development of oral infections that can evolve into systemic infections. Oral mucositis is characterized as having five phases: initiation, generation of messages, signaling and amplification, ulceration and inflammation, and healing or repair/healing. The treatment of oral mucositis is essentially symptomatic, and is based on the use of topical anesthetics, anti-inflammatories and topical and systemic antimicrobials. Another important way to minimize the consequences of oral mucositis and improve the prognosis - by default - is through excellent oral health maintenance. The best therapy for oral mucositis is prevention. It is recommended a multidisciplinary intervention and the establishment of careful protocols, with education of patients and professionals, in order to guarantee their fulfillment. Oral health professionals should be integrated into oral mucositis prevention and treatment teams. An approach between the oncologic patient and the Dentist - trained and prepared to act in oral oncology - allows to initiate correct clinical protocols, in a timely manner, with the potential to substantially reduce the incidence rate and morbidity associated with oral mucositis. Because of the training they have, the Dentists can add value to the multidisciplinary teams and clear benefits to the cancer patient. | pt_PT |
dc.identifier.tid | 201696606 | pt_PT |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10284/5981 | |
dc.language.iso | por | pt_PT |
dc.subject | Cancro oral | pt_PT |
dc.subject | Mucosite oral | pt_PT |
dc.subject | Carcinoma espinocelular | pt_PT |
dc.subject | Epidemiologia | pt_PT |
dc.subject | Fatores de risco | pt_PT |
dc.subject | Radioterapia | pt_PT |
dc.subject | Quimioterapia | pt_PT |
dc.subject | Oral cancer | pt_PT |
dc.subject | Oral mucositis | pt_PT |
dc.subject | Squamous cell carcinoma | pt_PT |
dc.subject | Epidemiology | pt_PT |
dc.subject | Risk factors | pt_PT |
dc.subject | Radiotherapy | pt_PT |
dc.subject | Chemotherapy | pt_PT |
dc.title | Oncologia oral: prevenção e tratamento da mucosite | pt_PT |
dc.type | master thesis | |
dspace.entity.type | Publication | |
rcaap.rights | openAccess | pt_PT |
rcaap.type | masterThesis | pt_PT |
thesis.degree.name | Mestrado Integrado em Medicina Dentária | pt_PT |