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Abstract(s)
A nimesulida é um anti-inflamatório não esteróide (AINE) e encontra-se actualmente comercializado em cerca de 50 países de todo o mundo, sob diferentes nomes de marca, estando disponível em Portugal desde 1985. Encontra-se classificada, quanto ao modo de dispensa, como medicamento sujeito a receita médica obrigatória, sendo um dos fármacos anti-inflamatórios mais prescritos.
Relativamente aos medicamentos para uso sistémico que contêm nimesulida, estes tiveram a sua utilização restringida por parte da Agência Europeia do Medicamento (EMEA) com efeitos a partir do dia 21/09/2007, devido ao risco de hepatotoxicidade. As directrizes da EMEA recomendam que o tratamento com a nimesulida deve ser limitado a um período máximo de 15 dias.
Tornou-se, deste modo, importante descrever o uso da nimesulida em Portugal por parte dos doentes que visitam as farmácias. Realizou-se um estudo descritivo de carácter exploratório, inserido no paradigma quantitativo, através de um inquérito, feito a doentes que visitam 5 farmácias da região do Norte (amostra de 99 utentes). Este estudo teve como objectivo desta monografia verificar qual o nível de informação dos doentes portugueses sobre o fármaco nimesulida, qual o uso terapêutico que lhe atribuem, o regime posológico habitual e a duração do tratamento. Adicionalmente, procurou-se verificar se os doentes relacionam a ocorrência de reacções adversas com o consumo da medicamentos que incluem nimesulida e se as comunicam aos profissionais de saúde, farmacêuticos ou médicos.
Neste estudo verificou-se que nos utentes das farmácias do norte a nimesulida é um fármaco muito utilizado, independentemente das idades, escolaridade, género ou estado civil. Os inquiridos reportam tomar a medicação para dores menores, nomeadamente para tratamento dores de cabeça, dores de dentes, constipações, contudo é também utilizado em casos de artrite levando a que o fármaco seja tomado diariamente. É normal ocorreram efeitos adversos, mas estes são mais frequentes com o uso continuado do fármaco, no entanto nem sempre os inquiridos o reportam aos profissionais de saúde. Além disso nesta amostra existem utentes que reportam usar doses acima das recomendadas pelas autoridades em automedicação e sem prévia indicação médica.
Description
Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa para obtenção do grau Licenciado em Ciências Farmacêuticas