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Abstract(s)
Dyslexia is a specific reading disability which requires namely, for a complete diagnosis, the submission to a reading scale and an intelligence scale in the context of an attentive medical and psychological examination. This one is supposed to confirm objectively the reading difficulties and to exclude such possible aetiologies as developmental disturbances of any other nature, sensorial deficit, neurological / psychiatric diseases or main problems in school. Nevertheless, dyslexia often occurs accompanied by dysortography and many neurological “soft-signs”. Pinto de Almeida (1993) also noticed a frequent association with Postural Deficit Syndrome, and this author’s working hypothesis is being supported by new evidence: it seems now to be confirmed that the treatment of the associated PDS by means of postural reprogramming and the use of low potency prismatic lenses may obtain very considerable effects on the reading performance itself. As a matter or fact, G. Serrano and O. Alves da Silva (1998) related very similar results in a great number of dysortographic children, possibly dyslexic ones, arguing that this is the main treatment for most cases, and assuming that the enhancement is due to the correction of proprioceptive dysfunctions caused by vicious positions leading to a cognitive inhibition which could make reading something very hard to do. The author criticises that way of thinking and claims for another conception of dyslexia and even the associated PDS, that could both be seen as “dyslaterality syndromes”, depending on the same general hemispheric function disharmony. Not only this new postural treatment but other performant interventions as well could potenciate each other in order to improve the peculiar neurological background of that syndromatic constellation.
A dislexia é uma dificuldade específica de aprendizagem da leitura que requer nomeadamente para seu completo diagnóstico a passagem dum teste de leitura e dum teste de inteligência no quadro de um exame médico e psicológico atento que comprove objectivamente as dificuldades de leitura e exclua como causa atrasos de desenvolvimento doutra natureza, défices sensoriais, doenças neurológicas e psiquiátricas ou problemas maiores de escolaridade. Sem prejuízo disto, a dislexia acompanha-se muitas vezes de disortografia e de numerosos “soft-signs” neurológicos, e Pinto de Almeida (1993) deu a conhecer uma associação igualmente frequente com o Síndrome de Deficiência Postural, parecendo confirmar-se que o tratamento deste S. D. P. associado por meio de reprogramação postural e lentes prismáticas de baixa potência surte efeitos muito apreciáveis sobre os próprios desempenhos de leitura. G. Serrano e O. Alves da Silva (1998) revelaram ter obtido resultados muito sobreponíveis num grande número de crianças disortográficas, possivelmente disléxicas, defendendo esta abordagem como tratamento de eleição para a maior parte dos casos e atribuindo as melhorias à correcção de disfunções proprioceptivas ocasionadas por vícios de posição, disfunções estas que terminariam por gerar bloqueios cognitivos susceptíveis de comprometer a leitura. Critica-se este ponto de vista contrapondo-se-lhe uma concepção da dislexia e do próprio S.D.P. enquanto “síndromes de dislateralidade”, ambos assentes numa disarmonia geral das funções hemisféricas que não somente o tratamento proposto como também outras intervenções bem sucedidas e que o potenciam poderiam ajudar a resolver.
A dislexia é uma dificuldade específica de aprendizagem da leitura que requer nomeadamente para seu completo diagnóstico a passagem dum teste de leitura e dum teste de inteligência no quadro de um exame médico e psicológico atento que comprove objectivamente as dificuldades de leitura e exclua como causa atrasos de desenvolvimento doutra natureza, défices sensoriais, doenças neurológicas e psiquiátricas ou problemas maiores de escolaridade. Sem prejuízo disto, a dislexia acompanha-se muitas vezes de disortografia e de numerosos “soft-signs” neurológicos, e Pinto de Almeida (1993) deu a conhecer uma associação igualmente frequente com o Síndrome de Deficiência Postural, parecendo confirmar-se que o tratamento deste S. D. P. associado por meio de reprogramação postural e lentes prismáticas de baixa potência surte efeitos muito apreciáveis sobre os próprios desempenhos de leitura. G. Serrano e O. Alves da Silva (1998) revelaram ter obtido resultados muito sobreponíveis num grande número de crianças disortográficas, possivelmente disléxicas, defendendo esta abordagem como tratamento de eleição para a maior parte dos casos e atribuindo as melhorias à correcção de disfunções proprioceptivas ocasionadas por vícios de posição, disfunções estas que terminariam por gerar bloqueios cognitivos susceptíveis de comprometer a leitura. Critica-se este ponto de vista contrapondo-se-lhe uma concepção da dislexia e do próprio S.D.P. enquanto “síndromes de dislateralidade”, ambos assentes numa disarmonia geral das funções hemisféricas que não somente o tratamento proposto como também outras intervenções bem sucedidas e que o potenciam poderiam ajudar a resolver.
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Revista da Faculdade de Ciências da Saúde. Porto. ISSN 1646-0480. 1 (2004) 103-114.