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Dissertação de mestrado_41254 | 1.05 MB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Eating disorders are serious mental health conditions that affect the way people think and feel about food, body image, and themselves. These disorders can be difficult to treat, and many individuals face challenges even after receiving traditional therapy. In recent years, Virtual Reality (VR) has been explored as a new tool to support psychological treatment in a more interactive and engaging way.
This thesis aims to examine whether VR can be beneficial in the treatment of eating disorders. A systematic review of the scientific literature was conducted, along with a meta-analysis. Fourteen studies were included in the review, and three provided results suitable for statistical analysis.
The findings indicated that incorporating VR into therapy can lead to positive outcomes and may enhance certain aspects of treatment when compared to traditional methods alone. The meta-analysis revealed statistically significant effects of VR interventions in reducing binge eating behaviours (Hedges’ g = -0.81, 95% CI [-1.48, -0.14], p = .017) and improving body satisfaction (Hedges’ g = -0.82, 95% CI [-1.38, -0.26], p = .004), both with low to moderate heterogeneity. In contrast, no significant effect was found for purging behaviours (Hedges’ g = 0.78, 95% CI [-2.39, 3.95], p = .630), and heterogeneity in this outcome was high. These results suggest that VR may serve as a valuable adjunct to conventional therapy, particularly in addressing binge eating and body image dissatisfaction.
Taken together, the evidence points to the potential of VR as an innovative and promising complement to existing treatment approaches for eating disorders. Nevertheless, further research is required to establish standardized VR protocols and evaluate their long-term effectiveness across more diverse populations. It may open new avenues to support individuals through more modern and immersive therapeutic experiences.
Os transtornos alimentares são condições graves de saúde mental que afetam a forma como as pessoas pensam e sentem relativamente à alimentação, à imagem corporal e a si próprias. Estes transtornos podem ser difíceis de tratar e muitos indivíduos enfrentam desafios mesmo após receberem tratamento tradicional. Nos últimos anos, a Realidade Virtual (RV) tem sido explorada como uma nova ferramenta para apoiar o tratamento psicológico de forma mais interativa e envolvente. Esta tese tem como objetivo examinar se a RV pode ser benéfica no tratamento dos transtornos alimentares. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura científica, acompanhada por uma meta-análise. Foram incluídos catorze estudos na revisão, dos quais três apresentaram resultados adequados para análise estatística. Os resultados indicam que a incorporação da RV na terapia pode conduzir a efeitos positivos e melhorar determinados aspetos do tratamento quando comparada apenas com os métodos tradicionais. A meta-análise revelou efeitos estatisticamente significativos das intervenções de RV na redução dos comportamentos de compulsão alimentar (Hedges’ g = -0,81, IC 95% [-1,48, -0,14], p = 0,017) e na melhoria da satisfação corporal (Hedges’ g = -0,82, IC 95% [-1,38, -0,26], p = 0,004), ambos com heterogeneidade baixa a moderada. Em contrapartida, não foi encontrado efeito significativo para os comportamentos purgativos (Hedges’ g = 0,78, IC 95% [-2,39, 3,95], p = 0,630), sendo a heterogeneidade neste resultado elevada. Estes dados sugerem que a RV pode funcionar como um complemento valioso à terapia convencional, particularmente no tratamento da compulsão alimentar e da insatisfação com a imagem corporal. Em suma, as evidências apontam para o potencial da RV como um complemento inovador e promissor às abordagens terapêuticas existentes para os transtornos alimentares. No entanto, são necessárias mais investigações para estabelecer protocolos padronizados de RV e avaliar a sua eficácia a longo prazo em populações mais diversificadas. Esta abordagem poderá abrir novos caminhos para apoiar os indivíduos através de experiências terapêuticas mais modernas e imersivas.
Os transtornos alimentares são condições graves de saúde mental que afetam a forma como as pessoas pensam e sentem relativamente à alimentação, à imagem corporal e a si próprias. Estes transtornos podem ser difíceis de tratar e muitos indivíduos enfrentam desafios mesmo após receberem tratamento tradicional. Nos últimos anos, a Realidade Virtual (RV) tem sido explorada como uma nova ferramenta para apoiar o tratamento psicológico de forma mais interativa e envolvente. Esta tese tem como objetivo examinar se a RV pode ser benéfica no tratamento dos transtornos alimentares. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura científica, acompanhada por uma meta-análise. Foram incluídos catorze estudos na revisão, dos quais três apresentaram resultados adequados para análise estatística. Os resultados indicam que a incorporação da RV na terapia pode conduzir a efeitos positivos e melhorar determinados aspetos do tratamento quando comparada apenas com os métodos tradicionais. A meta-análise revelou efeitos estatisticamente significativos das intervenções de RV na redução dos comportamentos de compulsão alimentar (Hedges’ g = -0,81, IC 95% [-1,48, -0,14], p = 0,017) e na melhoria da satisfação corporal (Hedges’ g = -0,82, IC 95% [-1,38, -0,26], p = 0,004), ambos com heterogeneidade baixa a moderada. Em contrapartida, não foi encontrado efeito significativo para os comportamentos purgativos (Hedges’ g = 0,78, IC 95% [-2,39, 3,95], p = 0,630), sendo a heterogeneidade neste resultado elevada. Estes dados sugerem que a RV pode funcionar como um complemento valioso à terapia convencional, particularmente no tratamento da compulsão alimentar e da insatisfação com a imagem corporal. Em suma, as evidências apontam para o potencial da RV como um complemento inovador e promissor às abordagens terapêuticas existentes para os transtornos alimentares. No entanto, são necessárias mais investigações para estabelecer protocolos padronizados de RV e avaliar a sua eficácia a longo prazo em populações mais diversificadas. Esta abordagem poderá abrir novos caminhos para apoiar os indivíduos através de experiências terapêuticas mais modernas e imersivas.
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Keywords
Virtual reality Eating disorders Meta-analysis Therapeutic Innovation Psychological intervention Systematic review Realidade virtual Transtornos alimentares Meta-análise Inovação terapêutica Intervenção psicológica Revisão sistemática