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Advisor(s)
Abstract(s)
O aumento da longevidade do idoso é um dado adquirido. Já esse aumento da
longevidade não tem sido acompanhado por um aumento da qualidade de vida nessas
idades de forma tão pronunciada. Dentro dos factores que interferem com essa
qualidade de vida, são os conflitos que surgem nas relações intergeracionais do idoso
com a sua família os mais proeminentes. Opinião semelhante é manifestada por Aranda
e Horna (2002) que refere que problemas familiares estão relacionados com maustratos.
Um outro é a domiciliação do idoso (no Seio Familiar ou no Lar).
Os objectivos deste trabalho foram o de estabelecer qual a relação entre a
qualidade de vida do idoso e as construções do idoso sobre os problemas com a sua
família e o de avaliar comparativamente os sistemas de domiciliação dos idosos (no
Meio Familiar ou em Lares de Idosos) no que concerne à qualidade de vida sentida por
eles.
Foram definidas, para um 1º objectivo, as variáveis Qualidade de Vida (QV),
uma variável ordinal quantificada pela escala do Perfil de Qualidade de Vida - Idosos
de Raphael, Renwick e Brown (1996) e As Construções do Idoso sobre os Problemas
com a Família que é uma variável ordinal quantificada através da Escala de
Construções dos Problemas (CPS) de Heathrington et al. (1998); para um 2º Objectivo
utilizaram-se Qualidade de Vida, enquanto variável dependente e a Domiciliação do
Idoso, enquanto variável do tipo qualitativo dicotómica.
Trata-se de um estudo do tipo correlacional para o 1º objectivo, através de uma
correlação de Pearson, e ex-post-facto-prospectivo, com análise comparativa, no 2º
objectivo, através do teste t de Student.
vi
Os resultados para o 1º objectivo confirmam a existência de uma correlação
negativa significativa entre as variáveis QV e CPS que foi fraca para o valor global do
teste (r = -0,228), e foi forte e negativa quando se comparou com a sub-escala dos
Outros e Interpessoal (r = -0,657) e forte e positiva quando se comparou com a subescala
do Self (r = 0,648). Para o 2º objectivo, encontrou-se uma diferença significativa
entre os idosos domiciliados no Seio Familiar e os domiciliados nos Lares com um t = -
22,802 e uma significância de p<0,01.
Concluiu-se neste estudo, de acordo com os estudos de Aranda e Horna (2002) e
de Santos, S., Santos, I., Fernandes e Henriques (2002), que existe uma correlação forte
e positiva entre qualidade de vida e as construções sobre os problemas da família
atribuíveis à sub-escala Self, e forte e negativa com as construções atribuíveis à subescala
Outros e Interpessoal. Por outro lado, a qualidade de Vida dos idosos a viver no
Seio Familiar é maior dos que a dos que estão institucionalizados de acordo com os
resultados de Queen e Freitag (1978) e de Noro e Aro (1996).
Description
Dissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Psicologia, com especialização em Psicologia da Saúde e Intervenção Comunitária.
Keywords
Qualidade de vida do idoso