Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
400.59 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
A Inteligência Emocional assume um papel cada vez maior, não só no bem-estar das
pessoas mas também, enquanto factor primordial no sucesso e desenvolvimento pessoal,
profissional e social.
É um conceito que oferece uma perspectiva capaz de potencializar as cognições e
respectivas decisões, a partir da energia emocional, como uma mais-valia para a eficácia
na vida, tanto ao nível intra-relacional como inter-relacional (Mayer, Salovey & Caruso,
2000; Daniel Goleman, 2009; Arándiga & Tortosa, 2000).
Diferentes estudos nesta área das ciências sociais e humanas, indicam que o indivíduo
que experimenta emoções positivas, mobiliza uma energia motivadora que direcciona
para a atenção e a aprendizagem, por oposição à energia das emoções negativas,
inibidoras da atenção e da relação, instalando sentimentos de frustração e de menor
envolvimento, que induzem o sujeito a estados de humor facilitadores da depressão e
ansiedade (Mayer, Salovey & Caruso, 2000; Daniel Goleman, 2009; Arándiga &
Tortosa, 2000).
Por outro lado, ao longo da revisão bibliográfica pudemos constatar que segundo
diferentes autores (Antunes, 2006; Greenspan, 2009 e Harter, 1999) o auto-conceito está
associado ao desenvolvimento da inteligência emocional.
Há autores que defendem que quando o sujeito não identifica adequadamente a suas
características pessoais, como traços de personalidade; tendências de comportamento;
suas crenças e valores; relações sociais, etc., desenvolve um sentimento desajustado
negativo em relação a si mesmo, por não se aceitar e assim apresentar um baixo autoconceito
(Arándiga & Tortosa, 2000).
Consideramos pertinente, desta forma, avaliar as competências emocionais e o autoconceito,
bem como as diferenças significativas ou não, de acordo com os diferentes
grupos sócio-demográficos e possíveis correlações entre o constructo auto-conceito e as
dimensões de competência emocional [Capacidade de Lidar com as emoções (CL);
Expressão Emocional (EE) e Percepção Emocional (PE)], numa amostra constituída por
157 sujeitos, dos quais 68 são profissionais de seguros e 89 são professores do ensino
secundário, que pela natureza da actividade profissional, vêem-se confrontados com
situações de pressão psico-emocional. Para avaliar o auto-conceito escolhemos o Inventário Clínico de Auto-Conceito (ICAC)
de Vaz Serra (1986), por ser capaz de avaliar aspectos emocionais do sujeito.
Na avaliação das competências emocionais foi utilizado o Questionário de
Competências Emocionais (QCE), adaptado para a população portuguesa por Faria &
Lima Santos, (2005), cuja construção original (Taksic, V., 2000) foi fundamentada na
no modelo de Mayer e Salovey (1997), que serve de suporte teórico a este estudo.
Neste estudo constatamos que os sujeitos da amostra apresentam valores médios
idênticos aos apresentados por Vaz Serra (1986) e por Santos, N. L. & Faria, L. (2001)
na construção e adaptação dos respectivos questionários. Também foram encontradas
associações significativas e positivas entre o constructo auto-conceito e as dimensões da
competência emocional.
Os resultados deste estudo permitem-nos concluir que o auto-conceito pode influenciar
o desenvolvimento das competências emocionais, por se tratar de um constructo capaz de promover e facilitar a gestão dos estados emocionais. Emotional Intelligence has an increasingly important role not only in people’s wellbeing
but also as a fundamental factor in personal, professional and social development
and success.
It offers a perspective which could potentiate cognitions and their respective decisions,
through emotional energy, as an asset for efficiency in life, both on an intra-relational
level and an inter-relational level (Mayer, Salovey & Caruso, 2000; Daniel Goleman,
2009; Arándiga & Tortosa, 2000).
Several studies in this area of the social and human sciences indicate that an individual
who experiences positive emotions mobilizes a motivating energy directed towards
attention and learning, as opposed to the energy of negative emotions, which inhibit
attention and interaction, creating feelings of frustration and less involvement which
induce the subject to states of mind facilitating depression and anxiety. (Mayer, Salovey
& Caruso, 2000; Daniel Goleman, 2009; Arándiga & Tortosa, 2000).
On the other hand, throughout the bibliographical revision we found that, according to
various authors (Antunes, 2006; Greenspan, 2009 and Harter, 1999), self-concept is
associated with the development of emotional intelligence.
Some authors hold that when the subject cannot adequately identify his personal
characteristics, such as personality traits; behavioral tendencies; beliefs and values;
social relations, etc., he develops an unadjusted negative feeling about himself, because
he does not accept himself and thus has low self-concept (Arándiga & Tortosa, 2000).
We thus find pertinent to assess emotional skills and self-concept, as well as the
significant differences or otherwise, according to the different social-demographic
groups, and possible correlations between the self-concept construct and the dimensions
of emotional competence [Ability to Cope with emotions (AC); Emotional Expression
(EE) and Emotional Perception (PE)], in a sample composed of 157 subjects, of which
68 are insurance agents and 89 are high-school teachers, who due to the nature of their
profession are confronted with situations of psycho-emotional pressure.
To assess self-concept we chose Vaz Serra’s Clinical Inventory of Self-Concept (CISC)
(1986), because it can assess emotional aspects of the subject. In assessing emotional competences we used the Emotional Skills Questionnaire (ESQ),
adapted to the Portuguese population by Faria & Lima Santos, (2005), whose original
construction (Taksic, V., 2000) was based on Mayer and Salovey’s model (1997),
which serves as theoretical support for this study.
In this study we found that subjects in the sample present average values identical to
those presented by Vaz Serra (1986) and by Santos, N. L. & Faria, L. (2001) in the
construction and adaptation of the respective questionnaires. We also found significant
and positive associations between the self-concept construct and the dimensions of
emotional competence.
The results of this study allow us to conclude that self-concept can influence the
development of emotional competences, because it is a construct capable of promoting and facilitating the management of emotional states.
Description
Dissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Psicologia, especialização em Psicologia Clínica e da Saúde.
Keywords
Auto-conceito Capacidade de Lidar com as emoções (CL) Expressão Emocional (EE) Percepção Emocional (PE) Ability to Cope with emotions (AC) Emotional Expression (EE) Emotional Perception (EP)