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Evolução do consumo de antipsicóticos em Portugal entre 2013 e 2023
| datacite.subject.fos | Ciências Médicas::Medicina Básica | pt_PT |
| dc.contributor.advisor | Carvalho, Márcia | |
| dc.contributor.author | Costa, Ana Sofia Pinto da | |
| dc.date.accessioned | 2025-02-07T17:25:16Z | |
| dc.date.embargo | 2026-07-22 | |
| dc.date.issued | 2024-07-22 | |
| dc.description.abstract | Portugal é o país da Europa com a segunda maior prevalência de doenças do foro psiquiátrico na população, sendo estas responsáveis por elevada morbilidade e impacto socioeconómico. Neste contexto, é essencial identificar e analisar os padrões de utilização de antipsicóticos em Portugal. Estes são medicamentos de primeira linha no tratamento de diversos transtornos mentais como esquizofrenia, transtorno bipolar e certos distúrbios de humor. Atuam no SNC para aliviar os sintomas da psicose como alucinações, delírios e pensamentos desorganizados. Este trabalho, que teve como objetivo geral aprofundar o conhecimento sobre a problemática do consumo de antipsicóticos na população portuguesa, encontra-se dividido em duas partes. A primeira parte consiste numa breve revisão da literatura sobre os aspetos farmacológicos e toxicológicos dos fármacos antipsicóticos de primeira geração (ou típicos), bem como os de segunda geração (ou atípicos). Na segunda parte do trabalho, pretendeu-se analisar a evolução do consumo destes fármacos em Portugal entre 2013 e 2023. Para isso, foi realizado um levantamento na base de dados da Health Market Research (HMR) do número de embalagens de antipsicóticos dispensadas em farmácias comunitárias de Portugal nos anos em estudo. Para uma análise mais detalhada da evolução do consumo, os dados foram tratados e são apresentados com base na classificação dos antipsicóticos e por substância ativa. Os dados obtidos no presente estudo mostram que o número de embalagens de antipsicóticos dispensadas em Portugal aumentou ao longo dos anos considerados, com um crescimento de 76,6% entre 2013 e 2023. Contudo, houve uma redução de 34,1% no número de embalagens dispensadas de antipsicóticos típicos, enquanto os antipsicóticos atípicos registaram um aumento alarmante de 110,4%. Dentre os antipsicóticos atípicos, destaca-se a quetiapina como a substância ativa com maior número de embalagens dispensadas em Portugal (36,8%), seguida pela olanzapina (14,0%), risperidona (13,0%), amissulprida (7,1%), aripiprazol (3,5%), paliperidona (2,8%), tiaprida (2,7%), clozapina (2,6%), melperona (2,4%), zotepina (0,4%) e ziprasidona (0,3%). Entre os antipsicóticos típicos, o haloperidol foi o mais dispensado (5,5%), seguido pela ciamemazina (3,8%), sulpirida (1,8%), levomepromazina (1,1%), cloropromazina (0,9%), zuclopentixol (0,7%), flupentixol (0,2%) e pimozida (0,1%). Dado que a evolução do consumo de medicação antipsicótica está intimamente associada à prevalência de doenças mentais na população portuguesa, os estudos de monitorização de mercado são fundamentais, pois fornecem informações úteis para a formulação de políticas de saúde pública mais eficazes e auxiliam na implementação de programas de educação e sensibilização sobre a saúde mental e de sistemas de suporte. São também essenciais para a investigação, permitindo a condução de estudos e desenvolvimento de novas intervenções terapêuticas e estratégias de gestão mais eficazes e direcionadas na gestão destas doenças e do regime terapêutico. | pt_PT |
| dc.description.abstract | Portugal is the European country with the second highest prevalence of psychiatric disorders in the population, which are responsible for high morbidity and socioeconomic impact. In this context, it is essential to identify and analyze the patterns of antipsychotic use in Portugal. These are first-line medications for the treatment of various mental disorders such as schizophrenia, bipolar disorder, and certain mood disorders. They act in the central nervous system to alleviate the symptoms of psychosis such as hallucinations, delusions, or disorganized thoughts. This work, which aimed to deepen the understanding of the issue of antipsychotic consumption in the Portuguese population, is divided into two parts. The first part contains a brief review of the literature about the pharmacological and toxicological aspects of first-generation antipsychotic drugs (or typical), as well as second-generation antipsychotic drugs (or atypical). The second part aims to analyze the consumption evolution of these drugs in Portugal between 2013 and 2023. For this purpose, data analysis was carried out on the Health Market Research (HMR) database about the number of antipsychotic packages dispensed in community pharmacies in Portugal in the years under study. This data was processed and is presented based on the antipsychotics classification and active substance. The data obtained in the present study shows that the number of antipsychotic packages dispensed in Portugal increased over the studied years, with a growth of 76.6% between 2013 and 2023. However, there was a 34.1% reduction in the number of dispensed packages of typical antipsychotics, while atypical antipsychotics recorded an alarming increase of 110.4%. Among atypical antipsychotics, quetiapine stands out as the active substance with the highest number of packages dispensed in Portugal (36.8%), followed by olanzapine (14.0%), risperidone (13.0%), amisulpride (7.1%), aripiprazole (3.5%), paliperidone (2.8%), tiapride (2.7%), clozapine (2.6%), melperone (2.4%), zotepine (0.4%), and ziprasidone (0.3%). Among typical antipsychotics, haloperidol was the most dispensed (5.5%), followed by cyamemazine (3.8%), sulpiride (1.8%), levomepromazine (1.1%), chlorpromazine (0.9%), zuclopenthixol (0.7%), flupentixol (0.2%), and pimozide (0.1%). Given that the evolution of antipsychotic consumption is closely associated with the prevalence of mental illnesses, studies that monitor market behavior are essential, as they provide useful information to help develop and implement more effective public health policies like mental health education and awareness programs and support systems, improving the accessibility and quality of care provided. They are also essential for research, allowing the conduct of studies, the development of new therapeutic interventions, and the formulation of more effective and targeted management strategies to handle these diseases and the therapeutic regimen. | pt_PT |
| dc.identifier.tid | 203829662 | |
| dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10284/13533 | |
| dc.language.iso | por | pt_PT |
| dc.subject | Saúde mental | pt_PT |
| dc.subject | Antipsicóticos | pt_PT |
| dc.subject | Farmacologia | pt_PT |
| dc.subject | Efeitos adversos | pt_PT |
| dc.subject | Dispensa | pt_PT |
| dc.subject | Portugal | pt_PT |
| dc.subject | Mental health | pt_PT |
| dc.subject | Antipsychotics | pt_PT |
| dc.subject | Pharmacology | pt_PT |
| dc.subject | Side effects | pt_PT |
| dc.subject | Dispensing | pt_PT |
| dc.title | Evolução do consumo de antipsicóticos em Portugal entre 2013 e 2023 | pt_PT |
| dc.type | master thesis | |
| dspace.entity.type | Publication | |
| rcaap.rights | embargoedAccess | pt_PT |
| rcaap.type | masterThesis | pt_PT |
| thesis.degree.name | Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas | pt_PT |
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