Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
136.09 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Tanto na linguagem corrente como na linguagem sociológica fala-se sobretudo de problemas sociais mais do que de problemas públicos. Segundo Gusfield (1981), uma situação torna-se num problema público quando adquire uma dimensão “societal”: é assunto de conflitos, de controvérsia, de debate de opiniões no espaço público, requerendo ser tratada pela acção colectiva dos poderes públicos, das instituições ou dos movimentos sociais. Assim sendo, determinados aspectos são funda-mentais na construção dos problemas públicos: a determinação das causas da situação problemática e a questão da “ownership”, ou seja quem tem o poder para definir o problema e a quem pertence resolvê-lo.
O objectivo do presente artigo é o de saber o que podemos entender por uma “cultura dos problemas públicos” e analisar de que modo o caso de Timor-Leste se tornou num problema público internacional, que mobilizou a acção colectiva.
Social problems, instead of public problems, are mostly spoken of in both everyday language as well as in sociological language. According to Gusfield (1981), when a situation acquires a social dimension it becomes a public problem: the situation is a matter of controversy and of conflict in the arena of public action. In so doing, it is dealt with by the collective action of public power, of institutions or a social movement. Therefore, specific aspects are fundamental in the construction of public problems: defining the causes of the problematic situation and the question of ownership i.e. who has the power to define the problem and who should solve it.
The objective of this article entails knowing what can be understood by a culture of public problems as well as an analysis of the way in which the East Timor case became an international public problem which mobilized a collective action.
Description
Keywords
Citation
Antropológicas. Porto. ISSN 0873-819X. 4 (2000) 113-130.