Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
977.02 KB | Adobe PDF |
Advisor(s)
Abstract(s)
Microrganismos imersos num biofilme e protegidos por uma matriz exopolissacarídica
têm-se mostrado capazes de se desenvolver e de colonizar muitos dispositivos médicos,
incluindo implantes ortopédicos (Bahna et al., 2007).
Com o envelhecimento da população, e consequente aumento da esperança média de
vida, tem-se verificado um aumento na necessidade de recorrer a dispositivos
biomédicos, que têm sido fundamentais para salvar vidas, proporcionando uma
melhoria na qualidade de vida de muitos pacientes. Contudo, a presença destes
dispositivos aumenta a incidência das infeções bacterianas e fúngicas associadas a
biofilmes e dificulta a sua erradicação.
Relativamente aos biomateriais utilizados em ortopedia os mais frequentes são as
próteses. No entanto, o seu uso está associado a problemas graves como as infeções de
próteses articulares (PJI). Aquando infeção, a solução passa pela remoção cirúrgica do
dispositivo biomédico, bem como terapia antimicrobiana prolongada, afetando
inevitavelmente a qualidade de vida do paciente.
Uma das causas da dificuldade do tratamento deste tipo de infeções é, então, a formação
de um biofilme na prótese. A estrutura do biofilme, assim como certos mecanismos de
comunicação entre bactérias e a sua alteração fenotípica, são fatores que dificultam a
penetração dos antibióticos, tornando o tratamento ineficaz. Atualmente, as alternativas
são pouco eficazes e estão a ser investigadas várias opções clínicas para a resolução
deste problema.
Pesquisa sobre biofilmes microbianos está a decorrer em várias frentes, com particular
ênfase na elucidação dos genes especificamente expressos pelos organismos associados
ao biofilme, na avaliação de diversas estratégias de controlo, incluindo dispositivos
médicos tratados com agentes antimicrobianos para prevenir ou remediar a colonização
de biofilmes nestes locais e no desenvolvimento de novos métodos para avaliar a
eficácia desses tratamentos (Donlan, 2002). Embedded and protected by an exopolysaccharide matrix, biofilm microorganisms have
shown to be capable of developing and colonizing several medical devices, including
orthopaedic implants. (Bahna et al., 2007).
Considering the aging of the population and the consequent increase of the average
lifetime expectancy, it has been noticed an increase on the needs for biomedical devices,
which have been of major importance, saving lives and improving the quality of life for
many patients. Although, the presence of these devices increases the incidence of
bacterial and fungal infections associated with biofilms as well as the difficulty to
eradicate them.
For the biomaterial used in orthopedic, prosthetic implants are the most common.
However, its use is associated with serious problems such as prosthetic joint infection
(PJI). Upon infection, the solution involves the surgical removal of the biomedical
device and prolonged antibiotic therapy, inevitably affecting the quality of life of
patients.
One of the main causes of the difficulty of treating such infections is the formation of a
biofilm on the prosthesis. The structure of the biofilm as well as certain communication
mechanisms between bacteria and their phenotypic change, hinder the penetration of
antibiotics, making treatment ineffective. Currently, the alternatives are weak and are
being investigated more methods in order to solve this clinical problem.
The search on microbial biofilms is going on several fronts, with particular emphasis on
the elucidation of genes specifically expressed by biofilm associated organisms,
evaluation of various control strategies including medical devices treated with
antimicrobial agents to prevent or fight the colonization of biofilms and develop new
methods to evaluate the efficacy of these treatments (Donlan, 2002).
Description
Trabalho apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas