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Diabetes Mellitus: uma nova abordagem na terapĂȘutica da diabetes tipo 2

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A diabetes mellitus Ă© hoje um dos maiores problemas mundiais de SaĂșde PĂșblica. Estima-se que em 2025 existirĂŁo mais de 300 milhĂ”es de diabĂ©ticos em todo o mundo, nĂșmero este que poderĂĄ ascender a 366 milhĂ”es atĂ© 2030. A diabetes Ă© definida como uma desordem metabĂłlica de etiologia mĂșltipla, caracterizada por uma hiperglicemia crĂłnica com distĂșrbios no metabolismo dos hidratos de carbono, lĂ­pidos e proteĂ­nas, resultantes de deficiĂȘncias na secreção ou acção da insulina, ou de ambas. Desde as suas origens atĂ© aos dias de hoje muitos dados e factos surgiram. Com a evolução cientĂ­fica, etiolĂłgica e tecnolĂłgica ocorrida principalmente no sĂ©culo passado, a descoberta da diabetes tornou-se mais abrangente, embora as verdadeiras causas que lhe dĂŁo origem ainda sĂŁo um constante desafio da ciĂȘncia. A mesma evolução tornou imperiosa uma modificação da classificação com base nos conhecimentos adquiridos. Por outro lado, a necessidade de evitar as complicaçÔes tardias associadas Ă  diabetes, nomeadamente doença cardiovascular, implica uma reavaliação dos nĂ­veis de glicemia em jejum e a qualquer hora para o seu diagnĂłstico, bem como, uma correspondĂȘncia adequada entre os referidos valores e os encontrados apĂłs realização de uma prova de tolerĂąncia Ă  glicose oral (P.T.G.O.). A classificação que actualmente existe em vigor estabelece a existĂȘncia de quatro tipos etiolĂłgicos de diabetes: Diabetes Tipo 1; Diabetes Tipo 2; Diabetes Mellitus Gestacional; e Outros Tipos EspecĂ­ficos. Para alĂ©m dos tipos etiolĂłgicos existem tambĂ©m os chamados EstĂĄdios ClĂ­nicos. Os critĂ©rios de diagnĂłstico sofreram tambĂ©m alteraçÔes ao longo do tempo. Os requisitos para confirmar o diagnĂłstico numa pessoa com sintomatologia grave e com hiperglicemia diferem dos necessĂĄrios numa pessoa assintomĂĄtica com valores de glicemia apenas ligeiramente acima do valor limite para o diagnĂłstico. Possivelmente a maior evolução ocorreu ao nĂ­vel da terapĂȘutica. Um plano de tratamento da diabetes pode incluir vĂĄrias estratĂ©gias: consciencialização e educação do doente para a adesĂŁo Ă  terapĂȘutica, implementação de plano alimentar e recomendaçÔes nutricionais, prĂĄtica de exercĂ­cio fĂ­sico, administração de agentes antidiabĂ©ticos, insulina, e gestĂŁo das complicaçÔes associadas. Ao nĂ­vel da terapĂȘutica da diabetes tipo 2, surgiu recentemente uma classe de agentes antidiabĂ©ticos, os inibidores da DPP-IV. A inibição desta enzima aumenta os nĂ­veis e prolonga a actividade das hormonas incretinas, nomeadamente, GLP-1 e GIP. As hormonas incretinas sĂŁo hormonas sĂŁo hormonas produzidas no intestino e libertadas em resposta Ă  ingestĂŁo de nutrientes orais. A sua função Ă© a de potenciar a secreção de insulina pelas cĂ©lulas ÎČ pancreĂĄticas como resposta Ă  subida dos nĂ­veis de glicemia apĂłs a ingestĂŁo de uma refeição. Esta capacidade das hormonas incretinas potenciarem a secreção de insulina induzida pela glicose tornou-as alvo atractivos da terapĂȘutica antidiabĂ©tica. A sitagliptina e avildagliptina, exemplos de inibidores da DPP-IV, apresentam resultados ao nĂ­vel do controlo glicĂ©mico bastante satisfatĂłrios. Para alĂ©m de conseguirem reduzir os nĂ­veis de glicose plasmĂĄtica em jejum, diminuem tambĂ©m os valores de HbA1C. A anĂĄlise deste Ășltimo parĂąmetro pode revelar o grau de controlo glicĂ©mico dos Ășltimos dois a trĂȘs meses. Actualmente, em Portugal jĂĄ existem produtos comercializados que englobam na sua formulação dois princĂ­pios activos. Estas associaçÔes terapĂȘuticas apresentam mecanismos de acção complementares, permitindo um melhor controlo glicĂ©mico e uma maior adesĂŁo do doente Ă  terapĂȘutica.

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Monografia apresentada Ă  Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Licenciado em CiĂȘncias FarmacĂȘuticas

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