A Obra Nasce - Nº 14 (Dez. 2020)
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Browsing A Obra Nasce - Nº 14 (Dez. 2020) by Subject "City"
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- Cidade compreensiva entre a cidade representativa e a cidade do quotidiano - a importância da compreensão da arquitetura e do urbanismo no espaço contemporâneo das cidadesPublication . Oliveira, Avelino; Ferreira, João C Castro; Faria, Luis Pinto de; Sucena-Garcia, SaraKevin Lynch referiu-se à cidade como uma obra de arte temporal, ou seja, moldada pelo tempo. Leonardo Benevolo definiu a cidade em dois sentidos, o primeiro indicando a organização concentrada e integrada da vida humana, e o segundo denotando-a como um cenário físico da sociedade, que subsiste para lá dessa sociedade. Entre um e outro, Aldo Rossi acrescentou a definição existencial de “coisa humana” e defendeu que a cidade reforça a sua representação na “real transformação da natureza”. É nesta perspetiva, comum aos três autores – de que a cidade assenta a sua génese nas diversas camadas temporais que se vão acrescentando –, que pretendemos fazer esta reflexão. Analisando a cidade contemporânea, defendemos que existem, dentro dos nossos espaços urbanos, duas cidades que colidem e só tangencialmente se tocam: a primeira designámos ‘cidade representativa’ e a segunda ‘cidade quotidiana’. O espaço urbano compreensivo, como intermediário conceptual das diferentes dimensões da cidade apresenta-se como a matriz de investigação das diferentes visões urbanas permitindo-se tornar uma ferramenta no âmbito disciplinar da arquitetura e do urbanismo contemporâneo.
- O discurso haussmanniano sobre o lugar-cidade: Paris como ficção, como retórica e como sofismaPublication . Silva, IlídioParis, como lugar, é uma ficção. É uma recriação absoluta, se não uma invenção, maioritariamente criada por um homem, um causídico e um tribuno (logo um retórico), que formulou um discurso urbanístico consciente e articulado – tão persuasor como falacioso – sobre o que Paris deveria ser e a tornou de facto nisso: o Barão Haussmann. Este artigo é uma análise linguística dessa formulação.
- A metáfora do hipertexto e a cidade contemporânea: reflexão seguida de ensaio – a área circundante à estação do Metro de Sete Bicas, em Matosinhos, como objecto hipertextualPublication . Sucena-Garcia, SaraO presente artigo reflecte sobre o hipertexto como metáfora instrumental no âmbito da cidade contemporânea, visando contribuir para ampliar, aprofundar e diversificar a sua conceptualização. Parte das noções de ‘hipercidade’ e de ‘sociedade hipertexto’ propostas, respectivamente, por André Corboz, em 1993, e François Ascher, em 2001. Inspira-se na ideia de que a transposição da mecânica do hipertexto para a cidade pode sustentar a abertura a um diferente modo de a consciencializar, a exemplo da que decorreu da transposição da mecânica da cidade para o hipertexto, que inicialmente ajudou a familiarizar o utilizador da Internet com os ambientes virtuais então desconhecidos. Finalmente, assume a premissa de que a cidade actual pode ser percebida como objecto hipertextual, daí advindo um potencial e estímulos renovados, quer para a sua escrita (projecto urbano), quer para a sua leitura (análise urbana). Assim enquadrado o caso de estudo – uma pequena parte da zona conhecida como Sete Bicas, em Matosinhos –, aí tem lugar o duplo ensaio que se empreende: a aplicação nesse contexto urbano das seis características do hipertexto identificadas e descritas por Pierre Lévy (1990) e a construção do pensamento que sustenta essa transposição metafórica.