Faculdade de Ciências da Saúde
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Browsing Faculdade de Ciências da Saúde by Subject "1,25 dihyroxy vitamin D"
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- A importância clínica da vitamina DPublication . Pinheiro, Tânia Marisa Macedo; Souto, Renata; Pimenta, AdrianaNos últimos anos, o papel fisiológico da vitamina D tem sido amplamente estudado. A sua ação primordial no metabolismo do cálcio é já bem conhecida, sendo esta uma das hormonas responsáveis pela manutenção dos níveis de cálcio sérico, através da promoção da absorção de cálcio e fósforo a partir do intestino e da reabsorção óssea de cálcio. No entanto, o interesse clínico na vitamina D não se restringe apenas ao metabolismo fosfocálcio, mas também se manifesta em várias outras condições médicas (diabetes, doenças cardiovasculares, esclerose múltipla, câncer, distúrbios psiquiátricos, doenças neuro-muscular). De facto, evidências recentes correlacionam níveis insuficientes de vitamina D, com um risco aumentado de desenvolvimento de outras doenças, não relacionadas com a componente óssea. A elevada prevalência de níveis inadequados de vitamina D é hoje em dia encarada como um problema de saúde pública que afeta vários países da Europa e os EUA. Por este motivo, e pelo conhecimento do crescente número de doenças associadas a esta deficiência, a medição exata dos níveis de vitamina D tem assumido elevada relevância na clínica. Desta forma, o número de análises para avaliação da quantidade de vitamina D para fins de diagnóstico aumentou significativamente. A concentração de 25- hidroxivitamina D (25(OH)D) é o parâmetro de rotina, mas a determinação de outros metabolitos, em particular a forma fisiologicamente ativa 1,25 dihidroxivitamina D (1,25(OH)2D) pode ser também de interesse clínico. No entanto, os níveis séricos de 25(OH)D são o melhor indicador do conteúdo corporal de vitamina D, uma vez que reflete a quantidade obtida a partir da ingestão e exposição à luz solar, assim como da conversão de vitamina D a partir de depósitos de gordura no fígado. As últimas orientações da Endocrine Society sugerem o rastreio do défice de vitamina D apenas em indivíduos em risco e não na população em geral. Nestes doentes, recomenda-se a medição da 25(OH)D sérica circulante, por um método analítico fiável. Ao longo dos anos, técnicas de quantificação de 25(OH)D e a 1,25(OH)D têm aumentado e evoluído. Estes métodos são baseados em ensaios de ligação competitiva por meio de imunoensaio e cromatografia líquida associados com espectrometria de massa, no entanto estes têm demonstrado vários desafios analíticos, sendo que as vantagens e desvantagens de cada método mudam constantemente com novos desenvolvimentos tecnológicos. Os imunoensaios continuam a ser o modo predominante de medição para 25(OH)D, embora os problemas com a recuperação equimolar dos metabolitos D2 e D3 permanecem um problema. O défice de vitamina D é definido por um valor de 25(OH)D inferior a 20 ng/mL (50 nmol/L). Em indivíduos em risco recomenda-se a ingestão de vitamina D na dieta, de acordo com a idade e situações especiais (gravidez, amamentação, obesidade e toma concomitante de alguns fármacos). Para o tratamento e prevenção do défice de vitamina D sugere-se a utilização de qualquer das isoformas de vitamina D (o colecalciferol ou vitamina D3 e o ergocalciferol ou vitamina D2, em dose dependente do grupo etário e das necessidades específicas.