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- Crime mediático e perceção da criminalidade: conflitos e impactosPublication . Ferreira, Sofia Alexandra dos Santos; Cunha, PedroOs meios de comunicação e o fenómeno criminal estão interligados uma vez que representam um mecanismo para a sociedade se manter informada e saber o que está a acontecer, não só no nosso país, mas ainda no resto do mundo. Isso exige que se questione os impactos e conflitos que estes mesmos meios têm em relação à influência causada aos cidadãos. Este estudo procura ser um contributo para a área da criminologia analisando a influência da criminologia mediática na perceção dos sentimentos de insegurança e de medo na atual sociedade portuguesa. A pesquisa utiliza uma metodologia quantitativa, através do recurso à técnica do questionário on-line, em que o instrumento aplicado à amostra selecionada de 221 participantes foi criado especificamente para a investigação empírica realizada. Os resultados apontaram que as mulheres, pessoas mais idosas e pessoas com menor escolaridade parecem ser mais suscetíveis à influência mediática, exibindo maior medo e sensação de insegurança. A televisão continua a ser o meio mais influente, com uma forte ligação entre a frequência de exposição a notícias criminais e o aumento do medo. No entanto, o meio de comunicação mais utilizado pelos inquiridos foram as redes sociais. Além disso, observamos que o ambiente urbano parece intensificar o sentimento de insegurança, enquanto as áreas rurais apresentam perceções mais moderadas sobre a criminalidade. Com o presente estudo, espera-se contribuir para que se implemente uma regulamentação mais equilibrada e ética sobre como os meios de comunicação devem divulgar conteúdos relacionados com o crime para evitar a criação de climas de pânico moral, medo ao crime ou sentimentos de insegurança, sem reforçar estereótipos que contribuem para um aumento desses mesmos sentimentos. Portanto, a implementação de práticas mais responsáveis por parte dos média, contribuirá para uma sociedade objetivamente mais informada e menos influenciada, impulsionada, muitas vezes, por uma cobertura excessiva e/ou sensacionalista.