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- Conhecimentos de saúde oral em cuidadores de instituições ERPI e serviços domiciliários, concelho de CinfãesPublication . Cardoso, Afonso Manuel Domingos Cirnes; Neves, HelenaIntrodução: A população sénior, de maneira geral, enfrenta vicissitudes económicas, sendo mais suscetível à exclusão social devido a rendimentos situados abaixo do limiar de pobreza ou à condição de grupo socialmente marginalizado. Adicionalmente, essa demografia apresenta índices educacionais modestos, experimenta isolamento social e físico, e lida com condições de saúde, conforto e habitação menos favorecidas em comparação com o restante da sociedade. Nos estabelecimentos destinados aos cuidados de idosos, estes indivíduos muitas vezes carecem da aptidão física e mental para executar sua própria higiene. Consequentemente, cabe aos cuidadores a responsabilidade pela realização dos procedimentos de higiene nos idosos institucionalizados, resultando em potenciais desafios na preservação da saúde oral, devido a lacunas significativas de conhecimento entre os prestadores de cuidados nesses contextos. Este cenário, consequentemente, aumenta a vulnerabilidade desses idosos à manifestação de patologias orais. Com a finalidade de aprimorar, avaliar e contemplar os cuidados relativos à higiene oral prestados pelos cuidadores aos idosos institucionalizados nos lares: Associação de Solidariedade Social e Recreativa de Nespereira - PROJETO REVIVER; Santa Casa da Misericórdia de Cinfães; Associação de Solidariedade Social de Souselo; Associação de Solidariedade Social de Espadanedo; Centro Social da Paróquia de S. Martinho de Fornelos; Associação para a Infância e Terceira Idade S. Sebastião; Centro Social e de Bem-Estar de Oliveira do Douro, a proposta de investigação visa avaliar o grau de familiaridade com o plano nacional de higiene oral, bem como os procedimentos adotados na realização da higiene oral nos pacientes. Este estudo de natureza transversal, descritiva e exploratória, delineará uma amostra composta pelos profissionais com interação direta e contínua com os idosos das instituições acima descritas. Para a obtenção de dados, será utilizado um questionário anónimo, com o intuito de avaliar o conhecimento destes profissionais nos domínios pertinentes à higiene oral. Objetivo: Esta pesquisa visa, por intermédio da implementação de um questionário inteiramente anónimo, discernir e avaliar os níveis de conhecimento e as práticas de cuidados relativos a saúde oral providenciados pelos cuidadores aos pacientes institucionalizados. Metodologia: Estudo de natureza transversal, descritiva e exploratória, delineado por uma amostra composta pelos profissionais com interação direta e contínua com os idosos das instituições acima referidas, realizado através da aplicação de um questionário anónimo, composto por 24 questões. Resultados: Deste estudo resultou uma amostra com o total de 109 cuidadores (n=109), em que 105 são do sexo feminino e 60 têm entre 30 e 49 anos de idade. Nestas instituições o tempo de serviço mais observado é entre 0-5 anos (47,7%) e a escolaridade dos inquiridos é na sua maioria o ensino secundário, sendo que existem 62 cuidadores (56,9%) com o 12º ano. Cerca de 47,7% dos cuidadores faz a higienização oral aos idosos duas vezes por dia ou mais. A maior proporção de cuidadores (63,3%) mencionou que os idosos vão à consulta dentária, apenas quando referem sintomatologia e 68 dos inquiridos gostariam de adquirir formação sobre saúde oral. Conclusão: Apesar de, segundo 71 cuidadores deste estudo, as instituições onde trabalham apresentarem protocolos de higiene oral, e a maior percentagem dos cuidadores conterem formações em higiene oral, saúde oral e alterações orais no idoso, ainda é necessário investir na formação contínua dos cuidadores, tanto a nível teórico como a nível prático, para aumentar os conhecimentos nesta área e, dessa forma, prestarem os melhores cuidados aos idosos das instituições onde trabalham.
