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- Alexitimia numa amostra geral de pacientes com dor crónicaPublication . Ferreira, Júlio Samuel Alves; Silva, IsabelPodemos argumentar que as capacidades de identificar e descrever sentimentos subjetivos, distinguir emoções de sensações físicas e a capacidade de simbolizar ou relacionar o afeto e a fantasia são imprescindíveis para um funcionamento bom e equilibrado dos indivíduos, alexitimia é então dificuldades nestas capacidades descritas, que podem apresentar vários desafios ao individuo afetado. O presente trabalho está subdividido em duas partes. Em primeiro lugar, é apresentado um artigo de revisão de literatura, tendo este como objetivo conhecer o estado da arte em relação à alexitimia em indivíduos com dor crónica, tendo em consideração outras variáveis como dados sociodemográficos e clínicos dos indivíduos. A revisão efetuada permitiu concluir que, de forma geral, indivíduos com dor crónica apresentam níveis de alexitimia mais elevados. Na segunda parte da presente dissertação apresenta-se um estudo empírico que teve como objetivo descrever os níveis de alexitimia numa amostra geral de pacientes com dor crónica, tendo também em consideração outras variáveis como, dados sociodemográficos e clínicos, numa amostra constituída por 30 participantes com idades compreendidas entre os 24 e 86 anos (M= 55,23; DP=15,68) aos quais foram admistrados os seguintes instrumentos: um questionário sociodemográfico e clínico, a Escala de Alexitimia de Toronto (TAS-20), o Inventário Resumido da Dor (BPI) e, por fim, a Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADS). Os resultados sugerem que, os níveis de alexitimia em indivíduos com dor crónica são elevados, para a maioria destes (76,7%; n=23). Os resultados demonstram ainda existir associações entre a alexitimia, níveis de intensidade da dor, ansiedade e depressão. Destaca-se a depressão, sendo que observou-se uma correlação positiva forte entre depressão e alexitimia (r=0,616 p<0,05). Outras variáveis como a ansiedade (r= 0,458 p<0,05) e dor no momento da avaliação (r= 0,371 p<0,05) demonstraram também estar correlacionados de forma positiva, ainda que fraca com a alexitimia. Com a realização desta dissertação concluímos que níveis de alexitimia elevados estão presentes em populações com dor crónica, estando também relacionados positivamente com depressão, ansiedade e intensidade de dor.
- Gestão emocional: o significado das emoções no contexto desportivo e a perceção de rendimento em jovens atletas de futebolPublication . Sousa, Ana Catarina Carvalho dos Santos; Silva, IsabelO impacto social e individual do desporto é cada vez maior, o que tem influenciado a exigência emocional associada ao desporto (Santos & Alves, 2019). As emoções são fundamentais para o desempenho e bem-estar dos atletas (Lazarus, 2000a). Por isso, vários autores apontam a necessidade de especificar mais as temáticas de investigação para a psicologia do desporto em concreto e de modo individualizado para os atletas, de forma a possibilitar uma maior personalização dos programas de intervenção destinados a jovens atletas. (Cece et al., 2019; Giang et al., 2023; Martinent et al., 2018; Stough et al., 2009). Na presente dissertação de mestrado, procura-se aprofundar o conhecimento científico sobre algumas componentes que afetam a perceção de rendimento desportivo, em jovens atletas de futebol. Assim, tem como objetivo principal compreender como os atletas percecionam o seu rendimento em situações emocionalmente exigentes. Combinando um Questionário de Perceção de Rendimento Desportivo (QPRD) (Gomes, 2016), um guião de entrevista semiestruturada e um questionário sociodemográfico, com o intuito de explorar a perceção de rendimento individual e coletivo dos atletas, bem como a descrição e exploração de exemplos concretos e enriquecedores. Participaram no estudo 10 jovens atletas, do sexo masculino, cujas idades estão compreendidas entre os 11 e os 15 anos. Os dados recolhidos mostram que existem alguns fatores que, de forma geral, afetam a experiência desportiva dos atletas. Dentre os quais, a perceção que os atletas têm sobre o erro, que mostrou influencias negativas na confiança e motivação, por vezes, aumentando os níveis de frustração dos participantes. Erros passados mostraram ter um peso significativo na perceção atual de rendimento individual dos atletas.
- Treino psicológico e psicoeducação aplicados ao desporto: perceção dos jovens atletasPublication . Alves, Cláudia Sousa; Silva, IsabelO desporto é caracterizado como um benefício social, que deve ser visto de um panorama sistémico. O futebol, sendo este considerado como um desporto coletivo, acarreta as suas complexidades, pois trata-se de um confronto entre duas equipas, em que ambas partilham um espaço e querem alcançar o sucesso. Aqui entra o domínio da Psicologia do Desporto, que apoia as diferentes vertentes que o futebol e o desporto em si incorporam. De um modo geral, os jovens atletas beneficiam com a prática desportiva a nível físico, contudo também pode ser vista como uma oportunidade para o seu desenvolvimento pessoal e adquirir competências tanto para o seu desporto como para a sua vida. O presente estudo pretende enaltecer as perspetivas destes jovens atletas sobre o treino psicológico e a psicoeducação que receberam outrora ou que ainda recebem no seu contexto desportivo. Para a recolha de dados, 4 participantes, com 14 anos, responderam a um questionário on-line e a uma entrevista semi-estruturada coletiva e presencial. Foi realizada uma análise descritiva dos dados obtidos nos questionários e uma grounded analysis (análise fundamentada) com as informações recolhidas na entrevista. Os resultados globais detetaram alguma incongruência em dois participantes, pois ambos valorizam o treino psicológico, mas não compreendem o seu impacto da sua prática desportiva. Coletivamente, ao longo da análise da entrevista, os discursos dos participantes complementaram-se, mas, após uma análise individual, foi possível apurar que os participantes se encontram em estados divergentes de mudança em relação à sua perspetiva sobre o treino psicológico e psicoeducação e ao seu impacto na sua prática desportiva. O estudo sublinha a importância de implementar o treino psicológico nas camadas mais jovens, bem como a importância de criar e adaptar instrumentos para promover o conhecimento e desenvolvimento do rendimento desportivo.