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- Aspectos virais e moleculares do cancro oral: papiloma vírus em focoPublication . Rêgo, Augusto Jenner Machado; Silveira, AugustaIntrodução: Globalmente, cerca de 38.000 casos do cancro de cabeça e pescoço são atribuídos à infeção pelo vírus do papiloma humano e é o quinto tipo de cancro e a sexta causa mais comum de morte por cancro em todo o mundo. O objectivo deste trabalho foi analisar a importância do vírus do papiloma humano na carcinogénese oral com ênfase na importância dos fatores causais biológicos e da compreensão na prevenção e diagnóstico precoce. Materiais e métodos: Procedeu-se ao levantamento de artigos nas bases de dados PubMed, MEDLINE, PMC, Cochrane Library e Google Scholar, considerando os últimos 5 anos de publicação utilizando-se as palavras-chave. Outras bases de dados que foram utilizadas pela pertinência ou pela sua importância na contextualização histórica. Resultados: Foram selecionados 46 artigos dos últimos 5 anos e 26 referências anteriores a 2017 pela pertinência ou pela sua importância na contextualização histórica totalizando 72 referências bibliográficas. Conclusão: Cerca de 99% das infeções por HPV no cancro de células escamosas de cabeça e pescoço estão relacionadas aos tipos de alto risco 16, 18, 31 ou 33. Destes, 76% são casos de cancro de orofaringe, 12% de cancro de cavidade oral e 10% de cancro de laringe. O factor de risco biológico do vírus do papiloma humano e o seu comportamento na cavidade oral, ainda não foi completamente esclarecido. Os médicos-dentistas desempenham um papel fundamental na gestão do cancro oral. A compreensão da biologia do vírus do papiloma humano é fundamental no diagnóstico precoce.
- Eco-epidemiologia da leishmaniose tegumentar em áreas de colonização antiga na região metropolitana do Recife, Pernambuco, BrasilPublication . Silva, Cláudio Júlio da; Silva, Cláudia; Brito, Maria Edileuza Felinto deA Leishmaniose Tegumentar (LT) é considerada uma doença dermatológica de grande importância para Saúde Pública. No Brasil, há registros de casos autóctones em todos os estados do país e Pernambuco apresenta 30% de prevalência. O objetivo do estudo foi avaliar o ciclo de transmissão da doença através da eco-epidemiologia da LT em área de colonização antiga (com notificação de casos autóctones), através da identificação dos casos autóctones, caracterização da fauna de flebotomíneos, reservatórios domésticos e identificação da(s) espécie(s) de Leishmania envolvida(s). Participaram do estudo 168 pacientes suspeitos de LT e 272 animais domésticos, todos de área endêmica do Município do Moreno-PE. Ambos os grupos eram de sexo, raças e idades variadas. Os animais pertenciam as espécies Canis familiares (212), Felis catus (21), Eqqus caballus/Eqqus asinus (33), Capra aegagrus hircus (5) e Ovis aries (1). Foram realizadas capturas de flebotomíneos no intra e peridomicílio. A idade da amostra humana estudada variou entre os 5 e os 74 anos, sendo a maioria do sexo masculino, pardos, profissionalmente ativos, com o nível de escolaridade baixo. Dos 85 pacientes submetidos ao raspado de borda de lesão, 25,6% dos esfregaços foram positivos para LT e 34 isolados foram identificados como L. (Viannia) braziliensis, espécie circulante na região. A confirmação de casos humanos por PCR foi estatisticamente significativa. O teste Kappa foi realizado na PCR para medir o índice de concordância entre as amostras de biópsia e swab de lesão com o valor de 60,8% e p <0,001. Dos 272 animais domésticos estudados, 168 eram machos e 104 fêmeas. Dentre esses, 31 apresentavam lesões, 29 eram cães, um gato, uma ovelha e todos foram positivos pela qPCR. Foram capturados 239 espécimes de flebotomíneos e identificados de acordo com Young e Ducan como Lu. whitmani (99,6%) e Lu.evandroi (0,4%). Dentre as fêmeas de L. whitmani 92,6% (n=60), estavam infectadas com Leishmania (V.) braziliensis detectadas por qPCR. Esses resultados mostraram que a principal lacuna relacionada a eco-epidemiologia da LT, associada à Leishmania (V.) braziliensis é a identificação de hospedeiros reservatórios e flebotomíneos envolvidos no ciclo de manutenção da doença.