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- Fatores preditivos da reincidência criminalPublication . Menezes, Juliana Sofia de Oliveira; Martins, José SoaresA reincidência criminal é um tema bastante importante e de grandes consequências para a sociedade, não só para as vítimas, mas também para o/a próprio ofensor(a), porém e apesar de tudo isto, Portugal revela-se com pouca investigação e ainda menos investimentos. Encontramos estabelecimentos prisionais sobrelotados e pouco se investe para tentar se perceber a que se deve esse facto, tanto quanto a reinserção social, é necessária uma maior intervenção. Neste sentido esta investigação tenta focar-se em alguns desses aspetos. Este projeto é dividido em duas partes, inicia-se com a pesquisa bibliográfica no qual é descrito as várias perspetivas do que é a reincidência criminal, assim como os seus fatores de risco e de proteção, passando depois por algumas das grandes teorias que têm influência nestes factos, assim como todo o meio envolvente do recluso. Na segunda parte encontra-se planificada uma investigação no qual, é desenvolvida uma comparação acerca dos indivíduos reincidentes, comparando principalmente o género e a idade, assim como os crimes mais associados e a violência praticada. A identificação precoce de alguns fatores de risco pode influenciar para uma intervenção prévia, assim como ajudar os reclusos a reinserirem-se na sociedade.
- O discurso da imprensa portuguesa e brasileira sobre a violência contra as mulheres: um estudo dos diários Público (Portugal) e Folha de São Paulo (Brasil) no final de 2021Publication . Souza, Giane Silva Santos; Sousa, Jorge Pedro; Lemos, Flávia Cristina SilveiraEsta tese tem como objeto de estudo a violência contra as mulheres sob o viés do discurso jornalístico impresso no Brasil e em Portugal. Nesse sentido, visa compreender os discursos sobre a violência contra as mulheres a partir dos jornais Folha de São Paulo (do Brasil) e Público (de Portugal). A metodologia escolhida para a pesquisa foi baseada na análise do discurso de Mikhail Bakhtin e Michel Foucault. Ambas proporcionaram uma análise qualitativa dos discursos que permeiam as matérias dos jornais impressos Para tanto, realizou-se a coleta de dados através de leituras diárias de 92 edições nos Jornais no período de 01.10.2021 a 31.12.2021. Neste período foram catalogados 37 reportagens relacionadas a violência, sendo selecionada 17 para análise, por contemplar o foco do estudo em questão. O problema de pesquisa se constituiu em: como os jornais impressos produzem discursos e as difundem reiterando ou não a banalização da violência contra mulheres e em que aspecto produzem resistências a esta banalização? O objetivo geral foi analisar e descrever os discursos nos jornais Folha de São Paulo (Brasil) e o jornal Público (Portugal), no período de outubro a dezembro de 2021. Os objetivos específicos foram: a) Interrogar quais são as formas banalizadoras da violência contra mulheres, emanadas no discurso dos jornais impressos Folha de São Paulo e Público, no período citado, explicitando proximidades e diferenças entre eles no modo de trabalhar o tema da violência contra as mulheres; b) Problematizar as práticas sugeridas no campo das políticas públicas mencionadas nas matérias publicadas e a multiplicidade de vozes que a compõem em intertextualidade bem como na dialogia polissêmica; c) Investigar se ocorre a culpabilização das vítimas nas matérias dos jornais citados.Assim, a justificativa foi construída a partir da divulgação dos resultados do Anuário Nacional de Segurança Pública de 2021 que publicou estatísticas preocupantes a respeito da violência contra as mulheres no Brasil, apontando que 17 milhões de mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência. Os resultados da pesquisa permitiram inferir que há divergências entre as formas de abordagem dos dois jornais, pois no Público há um cuidado maior em trabalhar os diferentes aspectos da violência contra as mulheres trazendo diversos olhares e perspectivas da problemática; enquanto, o jornal Folha traz matérias mais descritivas e informativas, mais reduzidas, pouco elucidativas do fenômeno da violência contra a mulher. Os jornais (re)produzem relações sociais, disseminam e disputam valores, alimentam afetos específicos, produzem subjetividades e reproduzem sentidos. Portanto, é possível afirmar na tese de que a abordagem da violência contra as mulheres no jornal Folha de São Paulo difere do jornal Público. Na Folha, o discurso é permeado por uma descrição dos fatos com o objetivo de informar o leitor sobre o fato em si. No jornal Público, a abordagem da violência é detalhada, problematizadora e mais complexa do que a realizada na Folha.
