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- Vitimação por stalking e cyberstalking em universitários brasileirosPublication . Monteiro, Rebeca Orselli; Sani, Ana Isabel; Serafim, Antonio de PáduaAs práticas de stalking e ciberstalking são caracterizadas por violência interpessoal e apresentam padrões de comportamentos persistentes. Ambos os fenômenos são tidos como um problema de saúde pública e social, inclusive na população universitária que é tida como a mais vulnerável. Na realidade brasileira, não se evidenciam muitos estudos abordando a caracterização, modalidade e padrão de vítimas dos comportamentos de stalking e ciberstalking. Foram estudadas as práticas de stalking e ciberstalking em universitários brasileiros através do Inventário de Vitimação por Stalking (IVS) e pela Escala de Avaliação de Ciberstalking (EAC). Participaram do estudo 236 universitários, de ambos os sexos (79.2% mulheres e 20.8% homens) e a faixa etária entre 17 e 47 anos (M= 22.68, DP= 3.84). Os resultados evidenciaram a prevalência de stalking e ciberstalking sendo a taxa de 44.1% semelhante à literatura internacional. Com base nesses dados, o estudo foi direcionado aos 104 participantes (44.1%) que se definiram como vítimas de stalking e ciberstalking. Observou-se que são predominantemente do sexo feminino (83.7%), enquanto os agressores são majoritariamente homens (76.9%). Os comportamentos de vitimação de stalking se caracterizaram por tentar entrar em contato de forma não desejada (79.8%), aparecer em locais frequentados pela vítima (42.3%) e vigiar ou pedir a alguém para vigiar a vítima (34.6%). Enquanto os de ciberstalking foram de hiperintimidade, como enviar mensagens excessivamente carentes ou exigentes (89.3%). Os resultados corroboram a literatura quanto a ocorrência do stalking e ciberstalking na realidade brasileira, o que demanda ampliação dos estudos. Além disso, implica no desenvolvimento de política pública, bem como na produção de informações à população visando a redução de vítimas desses fenômenos.
- New insights on the mediating role of emotional intelligence and social support on university students’ mental health during COVID-19 Pandemic: gender mattersPublication . Barros, Carla; Sacau-Fontenla, AnaDue to the demanding changes caused in the population by the COVID-19 pandemic, including a persisting experience of fear and social isolation, multiple studies have focused on the protective role of several psychological characteristics on mental health. Emotional intelligence and social support are commonly linked to mental health and well-being. The present study aims to analyze the mediator role of emotional intelligence and social support on university students’ mental health, taking into consideration the role of gender differences. An online questionnaire was administered to a sample of 923 university students during the COVID-19 lockdown in Portugal. Significant gender differences were found on mental health symptoms, emotional intelligence, and social support. A double mediation model was computed to verify if gender influences on mental health were mediated by emotional intelligence and social support. The results show indirect effects of gender on mental health. However, as both mediators mediate in the opposite direction, the total indirect effects become null. Thus, a strong direct effect of gender on mental health remains. The results of the present study have theoretical implications on protective factors of mental health by gender and practical implications for psychological intervention in university counselling services.
- Prevenção do aliciamento online de menores na pandemia de covid-19 em PortugalPublication . Teixeira, Diana Rafaela de Araújo; Sani, Ana IsabelO aliciamento online de menores consiste no trajeto inicial que orienta ao possível abuso sexual de crianças, mediante o uso de tecnologias, através das quais estabelece uma relação de confiança com uma ou mais crianças, com o propósito de desenvolver condutas de cariz sexual. Com o surgir da pandemia de Covid-19 houve necessidade de reinventar os nossos hábitos diários e cada vez mais submergimos no mundo digital, sendo que as crianças não foram exceção. Os esforços realizados para salvaguardar e proteger as crianças, assim como garantir o seu interesse superior tornam-se cada vez mais necessários. Principalmente no que diz respeito às crianças mais vulneráveis e expostas a estes riscos. É importante compreender como devem atuar os pais, cuidadores a cargo e até a sociedade no geral a propósito de trabalhar no sentido da prevenção mutuamente. O aliciamento online de menores e a dificuldade que se cria na hora de estabelecer um correto controlo parental constituem os temas centrais desta dissertação. Para tal desenvolveu-se um estudo quantitativo, de carater exploratório, descritivo no qual participaram 235 pais ou cuidadores de crianças com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos. Esta recolha foi realizada através de um inquérito por questionário, que foi disponibilizado online. Quanto aos resultados, concluiu-se que 64.7% dos participantes nunca antes teria ouvido falar sobre o Online Grooming e quando apresentada uma breve explicação, a maioria dos participantes refere considerar uma situação grave. Contudo, poucos são os participantes que desempenham atividades com os menores relacionadas com o uso da internet 89.4% não tem desempenhado nenhuma. Por outro lado, quando inquiridos sobre o fator da pandemia, 81.7% dos pais refere que o uso dos equipamentos aumentara nesse período, deixando os menores mais expostos aos riscos do universo virtual. Por outro lado, 48.9%dos pais considera que uma das formas de prevenção deste tipo de criminalidade seria mediante o envolvimento dos pais, diálogo, e o controlo parental. Relativamente à denúncia, 85.1% dos pais afirma que faria denúncia num órgão de polícia criminal. O estudo procura consciencializar os pais e cuidadores a argo sobre os riscos da internet, a influência e eventuais consequências do confinamento no sentido do manuseamento dos equipamentos eletrónios e alertar os pais para os meios de prevenção possíveis bem como a sua importância.
- Desafios nas CPCJ’s: impacto da pandemia nas Comissões de Proteção de Crianças e JovensPublication . Cunha, Ana Sofia Passos; Martins, José SoaresAté meados do século XVII, foram muitas as civilizações que abusaram e sacrificaram a vida das crianças, em nome de crenças, mitos, e de práticas culturais, afetando o seu desenvolvimento, pois desconheciam totalmente o conceito de infância (Azevedo e Maia, 2006). Todas as crianças e jovens eram consideradas como adultos e julgados como tais perante a justiça, mas em 1999 com a constituição das leis que protegiam as crianças verificou-se a inexistência de uma justiça clara para as diferentes situações. Posto isto nesse ano, foram constituídas duas leis, a Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, correspondente à Lei nº 147/99, de 1 de setembro, com o objetivo de proteger todos os menores de situações de perigo, e a Lei Tutelar Educativa, correspondente à lei nº 166/99, de 14 de setembro, para menores autores de condutas desviantes ou de fatos ilícitos (Guerra, 2000). A aplicação da primeira lei (LPCJP) é da competência das comissões de proteção de crianças e jovens em perigo, constituída por técnicos das mais variadas áreas, de forma a compreender e atuar nas problemáticas apresentadas pelas crianças e/ ou jovens, sob diversas perspetivas. Esta característica tornou estas instituições importantes na sociedade e no futuro das crianças (Martins, 2004). O ano de 2020 e 2021 trouxe a presença de um vírus que se tornou, pela OMS, uma epidemia mundial, acabando por obrigar as pessoas a isolarem-se em suas casas para sua própria proteção, provocando consequentemente um aumento, em algumas famílias, do uso de violência. Esta medida de isolamento foi implementada para toda a sociedade, provocando dificuldade de resposta por parte destas instituições às crianças e/ ou jovens, e suas respetivas famílias em situação de perigo.