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- Caracterização do exometaboloma volátil de linhas celulares de cancro renal com diferentes potenciais metastáticos e subtipos histológicosPublication . Amaro, Filipa; Pinto, Joana; Rocha, Sílvia; Araújo, Ana Margarida; Miranda-Gonçalves, Vera; Jerónimo, Carmen; Henrique, Rui; Bastos, Maria de Lourdes; Carvalho, Márcia; Guedes de Pinho, PaulaO Carcinoma de Células Renais (CCR) representa o terceiro cancro urológico mais frequente e letal em Portugal. Este tipo de cancro inclui vários subtipos histológicos com diferentes potenciais metastáticos, sendo o carcinoma de células claras (ccCCR) e o papilar (pCCR) os mais comuns. É atualmente reconhecida a importância da descoberta de biomarcadores moleculares específicos para o diagnóstico e estadiamento do CCR de forma a superar as limitações dos métodos existentes (ecografia, tomografia computorizada e nefrectomia). O uso da metabolómica constitui uma das abordagens mais promissoras para a identificação de biomarcadores, uma vez que o metabolismo das células tumorais é muito diferente do das células normais. Desta forma, estudos recentes têm mostrado o potencial dos compostos orgânicos voláteis (COVs) e compostos carbonílicos voláteis (CCVs), não só na identificação de novos biomarcadores, mas também na compreensão de vias metabólicas envolvidas na carcinogénese. Objetivos: Este trabalho incluiu o estudo do exometaboloma volátil de linhas celulares dos dois subtipos histológicos mais comuns de CCR (ccCCR e pCCR) com diferentes potenciais metastáticos. Assim, o objetivo principal deste trabalho é identificar os COVs e CCVs, presentes no meio extracelular (exometaboloma), com potencial para serem utilizados como biomarcadores no processo de estadiamento de CCR e consequentemente ajudar na escolha da terapêutica mais dirigida. Material e Métodos: De modo a avaliar as diferenças na composição volátil do exometaboloma de três linhas celulares de ccCCR (não metastáticas: 769-P, 786-O; metastáticas: Caki-1) e duas de pCCR (não metastática: Caki-2; metastática: ACHN), os COVs e CCVs foram extraídos no headspace do meio de cultura por microextração em fase sólida (HS-SPME) e analisados por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (GC-MS). Os dados foram posteriormente tratados através de métodos de análise estatística multivariada e univariada. Resultados: Os resultados obtidos demonstraram que o exometaboloma volátil é mais robusto a discriminar células com diferentes potenciais metastáticos do que a discriminar entre os dois subtipos histológicos. No entanto, foram encontradas diferenças significativas nos níveis de quinze compostos entre ccCCR e pCCR, tais como o 2,4-dimetil-1-hepteno, 3-careno e 4-metilbenzaldeído. Na comparação entre as linhas celulares metastáticas e não metastáticas de ccCCR, foram detetadas alterações nos níveis de diversos alcanos, alcenos e derivados de benzeno, enquanto que nas linhas celulares pCCR, as principais alterações encontradas foram em compostos pertencentes à classe dos aldeídos e cetonas, como o acetaldeído e a 2-pentadecanona. Conclusões: Os resultados obtidos revelaram o potencial do exometaboloma volátil na identificação de biomarcadores promissores para o diagnóstico e estadiamento de CCR.
- Aplicação do volatiloma urinário no diagnóstico não invasivo do carcinoma de células renaisPublication . Pinto, Joana; Amaro, Filipa; Lima, Ana Rita; Carvalho-Maia, Carina; Jerónimo, Carmen; Henrique, Rui; Bastos, Maria de Lourdes; Carvalho, Márcia; Guedes de Pinho, PaulaO carcinoma de células renais do subtipo células claras (ccCCR) representa o tipo mais comum (~70%) de cancro renal. Investigações recentes sugerem que o desenvolvimento deste tipo de cancro está relacionado com alterações metabólicas induzidas por mutações que ocorrem em genes que controlam o metabolismo celular (p.ex., von Hippel–Lindau e fumarato hidratase). Deste modo, o estudo de potenciais biomarcadores de ccCCR, através de uma abordagem metabolómica, torna-se bastante pertinente e atual. Em particular, a fração volátil do metaboloma urinário tem revelado resultados muito promissores na identificação de painéis de biomarcadores com elevada sensibilidade para a deteção de cancros urológicos. Devido aos avanços consideráveis na área dos sensores bioelectrónicos, espera-se que num futuro próximo este tipo de cancro possa ser diagnosticado de uma forma simples, rápida e não invasiva em contexto clínico. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo principal a identificação de um painel de biomarcadores para deteção não invasiva de ccCCR através da análise do perfil volátil da urina de doentes com ccCCR (n=75) e de indivíduos controlo (sem cancro, n=75). Material e Métodos: Os compostos orgânicos voláteis (COVs), e mais especificamente os compostos carbonílicos voláteis (CCVs), presentes na urina foram analisados por microextração em fase sólida por headspace e cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (HS-SPME-GC-MS). Os dados obtidos foram pré-processados e analisados com recurso a ferramentas bioinformáticas. Resultados: Os modelos de classificação obtidos para as análises de COVs e CCVs mostraram uma boa separação entre as urinas de doentes com ccCCR e controlos, com áreas sob a curva (AUC) de 0,846 e 0,818, respetivamente. No total, 22 compostos revelaram alterações estatisticamente significativas entre os dois grupos, incluindo vários aldeídos, cetonas, hidrocarbonetos aromáticos e terpenos. Foi ainda encontrado um conjunto de seis potenciais biomarcadores de ccCCR que revelou uma AUC de 0.869, sensibilidade de 80%, especificidade de 82% e exatidão de 81%. Deste painel fazem parte o octanal, 3-metilbutanal, benzaldeído, 2-furaldeído, 4-heptanona e p-cresol. As desregulações observadas nos níveis destes compostos sugerem alterações no metabolismo energético e uma maior expressão das enzimas ligadas a processos de carcinogénese. Conclusões: Estes resultados confirmam o potencial da assinatura volátil da urina para a deteção não invasiva de ccCCR e revelam um conjunto de biomarcadores moleculares que podem ser utilizados no desenvolvimento de novos materiais que permitam o seu reconhecimento por sensores bioelectrónicos, comummente chamados de “E-noses”.
- Archaeology and dental forensic: what’s the relationship?Publication . Guez, Glenn; Guimarães, Maria InêsArchaeology is a science combining numerous skills in a multidisciplinary approach. In the presence of human remains, its objectives are the recovery, identification, and analysis on an anthropological purpose to reconstruct the context of the individual's past lives. One of these approaches is in the forensic medicine sciences whose main purpose is the identification of human bodies through bones and teeth in deteriorated corpses. Archaeology and forensic medicine are therefore two intertwined sciences. The goal of this bibliographical review is to summarize the first steps to reconstruct the biological profile of a person using teeth as an object of study. Beginning by explaining the preservation and the type of the tooth sample, then by assessing the two most important biological factors being the sex and the age. This study does not cover all the existing tooth forensic aspects, but the most used one and the promising methods for archaeological context.