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- Relação entre o ciberabuso e a violência offline nas relações íntimas juvenisPublication . Ataíde, Isa Solange Mendes; Caridade, SóniaApesar dos efeitos positivos associados às tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) no processo de socialização dos/as jovens (e.g., capacidade de exercer autocontrolo, promover tolerância e respeito pelos outros, expressar os sentimentos adequadamente, exercitar o pensamento crítico e a tomada de decisões), também têm sido documentados efeitos negativos (e.g., cyberbullying ou comportamentos de risco online), incluindo ciberabuso no namoro (CAN). Alguns estudos têm documentado que o CAN é uma extensão da violência de namoro offline (VNO). Por isso, esta dissertação procura averiguar se isto se verifica, resumindo os resultados da análise da associação entre CAN e VNO numa amostra de 145 adolescentes e jovens adultos/as portugueses/as, a maioria do sexo feminino (89%), com idade média de 23.54 anos e desvio padrão (DP) de 4.01 anos. Os resultados mostram que o CAN e a VNO são muito prevalentes entre os/as jovens portugueses/as envolvidos/as em relações amorosas, e que ambos os tipos de abuso foram positivamente associados em termos de vitimação e perpetração. A coocorrência de CAN e VNO sinaliza a importância de encontrar estratégias adicionais para incentivar o uso mais cauteloso das TIC’s, a fim de prevenir situações específicas entre parceiros amorosos, capazes de desencadear o comportamento abusivo.
- Sentido de vida, saúde mental e bem-estar na população adulta: um estudo exploratórioPublication . Santos, Raquel Sofia da Silva; Fonte, CarlaA investigação em saúde mental esteve durante algum tempo apenas baseada nos pressupostos teóricos do modelo médico, que a definiam como a ausência de doença mental ou psicopatologia. No entanto, na atualidade, sabemos que a saúde mental não inclui apenas a ausência de doença mental, mas também a presença de algo positivo nas nossas vidas, que assenta em três componentes principais: o bem-estar emocional, psicológico e social. É neste este contexto que surge a noção de sentido de vida, considerada uma das componentes do bem-estar, e que tem sido alvo de muitos estudos que evidenciam a existência de uma forte relação entre eles. Nesta dissertação apresenta-se um estudo que tem como objetivo analisar a relação entre o sentido de vida, a saúde mental e o bem-estar em adultos. Participaram 247 adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 69 anos. Os dados foram recolhidos com recurso a um Questionário Sociodemográfico, à Escala Continuum de Saúde Mental (MHC-SF) e ao Questionário de Sentido de Vida (QSV). Da análise dos resultados, concluiu-se que a maioria da amostra apresenta bons níveis tanto de bem-estar como de sentido de vida e que, os indivíduos com níveis elevados de presença de sentido de vida apresentaram níveis igualmente elevados de bem-estar enquanto, os indivíduos com níveis elevados de procura de sentido de vida apresentaram níveis menores de bem-estar. Foram também encontradas algumas associações entre estas variáveis e as variáveis sociodemográficas. Em relação aos níveis de presença e de procura de sentido de vida constatou-se que os indivíduos mais velhos e os casados apresentaram níveis menores de procura de sentido de vida. Em relação aos níveis de bem-estar, relativamente ao bem-estar emocional, os indivíduos separados/divorciados/viúvos foram os que apresentaram menores níveis. Quando ao bem-estar social, foram os participantes com o ensino básico que apresentaram níveis menores. Em relação ao bem-estar psicológico não foram encontrados dados significativos. Por fim, conclui-se também que apesar de a maioria da amostra apresentar bons níveis de bem-estar e de sentido de vida, existem algumas variáveis que interferem como bem-estar e com o sentido de vida, o que realça a importância do investimento na promoção da saúde mental positiva.