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- Avaliação in vitro da nefrotoxicidade de catinonas sintéticasPublication . Carvalho, Tiago Rolando Silva; Carvalho, MárciaO mundo das drogas recreativas alterou-se nas últimas décadas com o aparecimento contínuo de novas substâncias psicoativas (NSP), sendo a população jovem a mais afetada por estas substâncias. Entre estas NSP destacam-se as catinonas sintéticas que são química e estruturalmente semelhantes às anfetaminas, sendo também denominadas de “β-ceto anfetaminas”, apresentando propriedades psicostimulantes. Embora atualmente muitas destas novas drogas já sejam ilegais em muitos países, estas drogas apareceram inicialmente no mercado como alternativas legais ("drogas legais") a drogas ilícitas bem conhecidas, tais como as anfetaminas e a cocaína. Nos últimos anos foram descritos vários casos de intoxicações e mortes associadas ao consumo destas drogas. Desta forma, é de grande importância a realização de estudos que avaliem o seu potencial tóxico e o risco para a saúde dos seus consumidores. Neste trabalho pretendeu-se avaliar os potenciais efeitos nefrotóxicos de cinco derivados sintéticos da catinona comumente consumidos, nomeadamente a 3,4-metilenodioxipirovalerona (MDPV), metilona, pentedrona, 3,4-dimetilmetcatinona (3,4-DMMC) e 4-metiletcatinona (4-MEC), usando a linha celular HK-2 como modelo in vitro. As células HK-2 foram expostas a uma ampla gama de concentrações, de 0,01 a 3 mM para a 3,4-DMMC e de 0,1 a 10 mM para as restantes catinonas sintéticas estudadas, durante 24 e 48 horas. A toxicidade foi avaliada usando o ensaio de redução do MTT que permite estimar a viabilidade celular. Os resultados obtidos nesta dissertação mostraram pela primeira vez que as β-ceto-anfetaminas estudadas induziram nefrotoxicidade, pelo menos no modelo in vitro usado, de modo dependente da concentração e do tempo de exposição. A 3,4-DMMC foi o derivado da catinona que exibiu maior toxicidade para as células HK-2, seguida da MDPV, pentedrona, metilona, e, por último, a 4-MEC. Contudo, são necessários estudos adicionais para a compreensão dos mecanismos subjacentes aos efeitos nefrotóxicos das β-ceto-anfetaminas.
- Da transmissão à partilha e do desempenho à interação tecnologias de ensino no “saber fazer”Publication . Gouveia, Luis BorgesEstamos no final da segunda década do novo milénio. As alterações provocadas pelo digital, pelo uso intensivo de formas de mediação individuais, como as possibilitadas pelos dispositivos digitais, tornaram ainda mais intensa a tensão para com os ambientes tradicionais de ensino e aprendizagem. Assim, o espaço de sala de aula tornou-se exíguo: insuficiente para as necessidades da nossa sociedade; diminuto para quem ensina e insignificante para quem aprende. O digital trouxe novas formas de tempo e espaço que necessitamos de explorar, bem como uma maior urgência em lidar com o grupo e a cooperação entre indivíduos, como dimensões base para nos prepararmos para uma realidade onde a criatividade e a inovação são valores requeridos. A apresentação propõe uma reflexão sobre o alcance e possibilidade das tecnologias, para servir um espaço de ensino e aprendizagem mais alinhado com as necessidades do nosso tempo, tomando como ponto de partida a sala de aula.
- Pesquisa de poliomavírus em amostras cervicovaginaisPublication . Cunha, João Miguel Figueiredo da; Medeiros, Rui; Silva, JaniOs Poliomavírus humanos BK e JC são dois vírus que causam infecções subclínicas persistentes no mundo inteiro, sendo que a população geral entra em contacto com eles em algum ponto da sua vida contraindo infecção. Esta infecção primária é algo que não é preocupante pois é caracterizada por uma sintomatologia moderada podendo em alguns casos ser assintomática. O problema encontra-se quando a infecção, que muitas vezes permanece latente, sofre reactivação quando o indivíduo se encontra imunodeprimido, podendo causar inúmeras complicações. O Vírus do Papiloma Humano é um vírus cujas certos genótipos causam cancro cervical, entre outros. No entanto, a infecção persistente por genótipos de HPV de alto risco não é o único factor necessário para que o cancro desenvolva, sendo preciso um conjunto de co-factores que potenciem a sua capacidade carcinogénica. Este estudo teve como objectivo avaliar a presença de JCV e BKV, em amostras cervicovaginais de mulheres residentes no norte de Portugal. Foram analisadas amostras cervicovaginais de DNA a partir de 60 de mulheres com uma faixa etária entre os 20 e os 43 anos de idade usando o método PCR-RFLP. Estas amostras foram divididas em dois grupos de 30, consoante a sua positividade para HPV (grupo I HPV-negativo e grupo II HPV-positivo). Os resultados indicaram que a proporção entre JCV e BKV na amostragem total (n=60) foi de 6,7% (4/60) e 5,0% (3/60), respectivamente. No grupo I (n=30), foi de 3,3% tanto para o JCV como para o BKV (1/30, cada). Quanto ao grupo II (n=30), o resultado foi de 10,0% para o JCV (3/30) e de 6,7% para o BKV (2/30). Não foi encontrada associação estatisticamente significativa relativamente detecção de Poliomavírus (BKV e JCV) nos dois grupos estudados, sugerindo não existir associação entre a presença de Poliomavírus e genótipos de HPV de alto risco [Odds Ratio (OR)=2,8; 95 % Intervalo de Confiança (IC) 0,4-23,1; p= 0,227)].