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- Medo de dar à luz: Parto Normal ou Cesariana? - Validação e Aplicação da Escala CFPPPublication . Ferreira, Marlene de Jesus da Silva; Teixeira, ZéliaO parto, ainda que visto como um momento doloroso, representa um dos eventos mais marcantes da vida do ser humano, quer para a mulher que dá à luz, quer para o seu parceiro, que mesmo para o bebé. Devido à enorme carga emocional que lhe é inerente e à ansia de alcançar o desconhecido, este acontecimento de vida é antecipado pelos seus intervenientes. Esta antecipação é feita cada vez mais precocemente, mesmo em populações jovens não-grávidas, propiciando a formação de crenças, capazes de influenciar negativamente a experiência do nascimento, afetando as preferências idealizadas para este tão aguardado momento. Para que consigamos intervir neste âmbito, contribuindo para a clarificação de algumas convicções foram delineados os seguintes objetivos: traduzir e adaptar para a população portuguesa a escala Childbirth Fear Prior to Pregnancy (CFPP); validar a Escala do Medo do Parto antes da Gravidez (versão traduzida e adaptada da CFPP); avaliar o medo do parto antes da gravidez em estudantes universitários e associar o medo de dar à luz às escolhas prévias e preferências da via do parto em estudantes universitários. Recorreu-se a uma amostra de conveniência, constituída por 327 estudantes universitários (264 do sexo feminino e 63 do sexo masculino), com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos (μ = 24) e sem filhos. Para a recolha de dados foi administrado um questionário sociodemográfico, o Questionário de Experiência Pessoal associada ao Parto, a Escala do Medo do Parto antes da Gravidez (CFPP) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress de 21 itens (EADS – 21). A escala foi traduzida e adaptada recorrendo ao método de tradução e retroversão e a um painel de peritos. A versão traduzida e adaptada demonstra boas qualidades psicométricas. Verifica-se uma boa consistência interna (α = 0,88), a unidimensionalidade da escala, bem como a sua estabilidade temporal. Mediante a análise fatorial foram extraídos 3 fatores, que explicam 70% da variância total. Não existe correlação entre a CFPP e a EADS – 21. Os estudantes universitários portugueses apresentam níveis médio elevados de medo do parto antes da gravidez, o que influencia as suas preferências quanto à via do nascimento.
- Lamotrigina, da farmacocinética à farmacodinâmicaPublication . Sousa, Sara Filipa Marques Caetano de; Sousa, EmíliaA epilepsia é uma doença caracterizada por crises espontâneas que podem ser convulsivas ou não, originadas por descargas anormais, excessivas e hipersincrónicas dos neurónios. Mais de 80% dos indivíduos com epilepsia vivem em países subdesenvolvidos, onde 60 a 90% dos pacientes permanece sem tratamento devido às deficiências do sistema de saúde interno e ao estigma social presente. Existem diversas hipóteses explicativas para a causa da epilepsia. A classificação das crises epilépticas está dividida em dois grupos principais, segundo o mecanismo biológico específico envolvido nas convulsões e de acordo com a sua localização anatómica, bem como em três subgrupos: as crises isoladas ou autolimitadas; as contínuas configurando status epilepticus e os fatores precipitantes envolvidos nas crises reflexas, que podem desencadear crises focais ou generalizadas. O tratamento farmacológico passa pela utilização da Lamotrigina (LTG), antiepiléptico com eficácia no controlo de crises parciais, com ou sem generalização secundária, de crises tónico-clónicas primariamente generalizadas, de ausências e de crises atónicas. A elevada biodisponibilidade, baixa ligação às proteínas plasmáticas, eficiente penetração da barreira hematoencefálica, tempo de semi-vida compatível com a administração de uma ou duas doses diária, cinética de eliminação linear, biotransformação pouco extensa e ausência de fenómenos de autoindução, demonstram o perfil cinético favorável da LTG. O principal mecanismo de ação da LTG é a inibição da libertação de glutamato, prolongando o seu estado de inativação, estabilizando a membrana pré-sináptica, prevenindo assim a libertação excessiva dos aminoácidos excitatórios. Apesar dos estudos clínico evidenciarem que a LTG é bem tolerada pela maioria dos pacientes, ainda existem constrangimentos no estabelecimento de uma relação bem definida entre os níveis plasmáticos obtidos e a resposta farmacológica desencadeada.