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- Cyberbullying: ocorrência em meio universitário e diferenças de géneroPublication . Branco, Inês Jesus; Nunes, Laura M.; Soeiro, CristinaO cyberbullying em estudantes universitários é um problema sério e transversal a muitos países, e com consequências que se manifestam em diferentes domínios da vida do estudante, afetando negativamente o seu bem-estar. Não obstante, o número de estudos desenvolvidos é ainda insuficiente e, na sua maioria, não focam as diferenças de género. Neste sentido, a presente dissertação pretende determinar a prevalência e as diferenças de género no cyberbullying em estudantes universitários do país, recorrendo ao Questionário de Cyberbullying no Ensino Superior (QCES). Para isso, recorreu-se a uma amostra de conveniência de 933 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 69 anos (M=22.80; DP=5.54). De todos os participantes, 6.5% perpetraram comportamentos de cyberbullying e 29.7% foram vítimas, sendo ser insultado, ser gozado e ver espalhados rumores sobre a sua vida os comportamentos de vitimação mais referidos. Como consequência da vitimação, os participantes que referiram ter sido vítimas sentiram-se inseguros, preocupados, com raiva e tristes, tendo a maioria delas adotado estratégias online para impedir a continuação da situação. É ainda que referir que foram identificadas diferenças de género. Os resultados obtidos contribuem para o reconhecimento da ocorrência do cyberbullying em estudantes universitários, reforçando a necessidade de continuarem a ser desenvolvidos estudos e programas de prevenção e intervenção, dirigidos a todos os intervenientes no cyberbullying.
- Violência contra trabalhadoras sexuaisPublication . Rolo, André João Morais; Cardoso, Jorge; Sani, Ana IsabelA presente dissertação incide sobre a violência contra trabalhadoras sexuais, encontrando-se dividida em dois artigos de investigação. Realizaram-se 20 entrevistas semiestruturadas a mulheres que exercem prostituição em contexto de rua ou de interior. O acesso às participantes foi estabelecido através da colaboração de entidades que trabalhavam no terreno, assim como através do uso da estratégia de “bola de neve”. O primeiro artigo apresenta os resultados de um estudo qualitativo, que procurou caraterizar as representações de violência sofrida pelas trabalhadoras sexuais, considerando os significados atribuídos à mesma, os tipos de violência, e os seus agentes. Todas as participantes verbalizaram que já tinham sofrido algum tipo de violência, contudo foi possível constatar que os significados, o tipo de vitimização e os perpetradores diferiam consideravelmente consoante o contexto de exercício da prostituição. As trabalhadoras sexuais de rua, comparativamente com as de interior apresentavam maior vulnerabilidade à violência física por parte de clientes, assim como insultos verbais e arremesso de objetos por parte da comunidade. Verificou-se também, que a rivalidade entre trabalhadoras sexuais poderia representar uma possível fonte de violência. Apurou-se ainda, experiências de violência prévia ao trabalho sexual, designadamente sobre forma de maus tratos na infância/adolescência e violência doméstica na idade adulta. O segundo artigo, também qualitativo, investigou quais as estratégias que as trabalhadoras sexuais utilizam para se protegerem da violência e da estigmatização. Com os dados obtidos foi possível verificar que as estratégias utilizadas perante a violência são múltiplas e complexas, podendo diferir consoante o contexto da atividade e as dinâmicas entre trabalhadoras sexuais. Quanto às estratégias para lidar com o estigma, estas incidiam na ocultação da atividade.