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- Novas abordagens farmacológicas no tratamento da depressãoPublication . Lobo, Sandra Daniela Gouveia Paiva; Gonçalves, SérgioA depressão é uma doença do foro psicológico que se caracteriza pela presença de humor deprimido, perda de interesse ou prazer, pensamentos suicidas, tristeza súbita, ansiedade, irritabilidade e baixa auto-estima. As causas que levam ao seu aparecimento ainda não se encontram totalmente esclarecidas, no entanto várias teorias apontam para alterações morfológicas a nível cerebral causadas pelo défice de monoaminas. Segundo dados revelados pela Organização de Saúde (OMS) a depressão tem aumentado drasticamente nos últimos anos e estima-se que em 2020 seja a segunda doença mais prevalente a nível mundial apenas ultrapassada pelas doenças cardiovasculares, assim com este aumento exponencial dos transtornos depressivos também o consumo de antidepressivos aumentou, cerca de 25,4% nos últimos 5 anos. Os primeiros fármacos antidepressivos foram descobertos acidentalmente sendo eles os antidepressivos tricíclicos e os inibidores da monoaminoxidase, estes fármacos tornaram possível o tratamento da depressão, no entanto devido à falta de seletividade e à interação com certos alimentos tornaram estas classes de antidepressivos um tratamento de segunda linha uma vez que provocam vários efeitos adversos graves podendo mesmo originar a morte do paciente. Devido aos vários efeitos secundários dos primeiros antidepressivos utilizados, surgiram novas classes farmacológicas para o tratamento da depressão de forma a proporcionar um tratamento igualmente eficaz mas sem os indesejáveis efeitos adversos dos primeiros antidepressivos sendo eles, os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) e Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRSN), estes segundos têm uma maior seletividade para os recetores responsáveis pelo aparecimento da depressão, no entanto devido ao facto de a depressão ser uma doença do foro psicológico, diferentes pessoas reagem de modo diferente a cada fármaco. Atualmente, os mais recentes fármacos antidepressivos são mais eficazes, têm menos efeitos colaterais, menor tempo de latência e diferentes mecanismos de ação do que os seus antecessores. Nas mais recentes abordagens farmacológicas no tratamento da depressão encontram-se fármacos como o escitalopram (ISRS), a duloxetina (ISRSN), a reboxetina considerada um potente inibidor da recaptação de noradrenalina (ISRN), o bupropiom que é o único inibidor seletivo de recaptação de dopamina e noradrenalina e a agomelatina que é talvez o fármaco com o mecanismo de ação mais inovador e diferente de todos os outros pois não atua a nível das monoaminas mas sim na regulação do ciclo circadiano e por isso é considerado um antidepressivo melatoninérgico. Todos estes antidepressivos atualmente usados têm a sua eficácia comprovada no tratamento da depressão e os seus benefícios/riscos serão abordados posteriormente. A elaboração deste trabalho de revisão bibliográfica foi elaborada através de uma pesquisa sobre o tema, através de várias publicações científicas, livros da especialidade e monografias.
- Valorização de recursos naturais com poder adoçante: caracterização fitoquímica e antioxidante da Stevia rebaudiana (Bert.) BertoniPublication . Martinho, Cid Mickaël Moutinho; Ferreira da Vinha, Ana; Silva, Carla Sousa eA sustentabilidade dos ecossistemas é um desafio cada vez mais presente no contexto atual. Tendo em conta a crescente necessidade de recursos alimentares, a utilização de plantas medicinais para a formulação de novos produtos tem-se revelado uma mais-valia. Por outro lado, e tendo em consideração o uso racional de plantas, os seus extratos podem contribuir com novos efeitos terapêuticos. Um exemplo é a Stevia rebaudiana (Bert.) Bertoni. O sabor doce é um desejo do ser humano, que remonta desde há muitos séculos atrás. Antigamente o açúcar era encarado como uma especiaria ou medicamento, só mais tarde é que passou a ser visto como um complemento alimentar. Atualmente, já são utilizados substitutos do açúcar, como por exemplo os edulcorantes naturais e os sintéticos. Estas alternativas surgiram com a finalidade de diminuir os efeitos indesejáveis que o açúcar contém, mas nem todos tiveram sucesso, sem esquecer que a segurança do consumo destes substitutos por parte do ser humano foi posta várias vezes em causa. A Stevia rebaudiana (Bert.) Bertoni, nativa da América Central e da América do Sul, das regiões tropicais e subtropicais, é um edulcorante natural. Enquadra-se na família das Asteraceae, pertencendo a uma das 300 espécies do género. Contém elevados níveis de glicosídeos de esteviol e de compostos bioativos, reconhecidos pelas suas propriedades biológicas. O conteúdo em fenólicos totais e o teor de flavonoides totais foram avaliados, recorrendo a um extrato hidroalcoólico da folha de Stevia seca e de um edulcorante (esteviol) comercial. A atividade antioxidante também foi estudada nos mesmos extratos, recorrendo aos métodos de capacidade de inibição do radical DPPH e capacidade antioxidante de redução do ferro (FRAP). Os resultados obtidos justificam a introdução da folha de Stevia como aditivo alimentar, não só pelo seu poder edulcorante, como também pelo seu conteúdo em compostos não-nutrientes, cujas propriedades biológicas são já reconhecidas.