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- Resistência de enterobacteriaceae a antibióticos beta-lactâmicosPublication . Ferreira, Rute Andreia Pereira; Sousa, João CarlosA resistência aos antibióticos por estirpes de bactérias multirresistentes tem aumentado drasticamente. A família Enterobacteriaceae é a responsável pela maior parte das infeções tanto a nível hospitalar como na comunidade, onde os géneros Escherichia spp., Klebsiella spp., Proteus spp., Enterobacter spp., Serratia spp., Salmonella spp. e Shigella spp. são os de maior relevância para o Homem. Os antibióticos β-lactâmicos representam a classe de eleição no tratamento de infeções causadas por estas bactérias, atuando na fase parietal da síntese do peptidoglicano levando à lise celular. A produção de β-lactamases (ESBLs, β-lactamases do tipo AmpC e carbapenemases) representa o mecanismo de resistência de maior prevalência no combate a infeções causadas por este tipo de microrganismos, uma vez que inativa a ação dos antibióticos β-lactâmicos por hidrólise do anel β-lactâmico. Os inibidores das β-lactamases têm sido utilizados como alternativa à resistência bacteriana por produção de β-lactamases, com o desenvolvimento de moléculas cada vez mais inovadoras. O uso incorreto e excessivo de antibióticos pela população é um fator que conduz igualmente ao surgimento de bactérias multirresistentes, devido à pressão seletiva exercida sobre as bactérias. Na realidade as estirpes que exibem este tipo de resistências acumulam genes de resistências aos outros grupos de antibióticos, sendo diminutas as opções terapêuticas. A morbilidade e a mortalidade associadas a infeções por bactérias multirresistentes, bem como o impacto negativo quer nos doentes, quer na sociedade e na economia, fazem com que o problema da multirresistência a antibióticos seja apontado como um enorme desafio para a Saúde Pública Mundial. Existe portanto, uma necessidade eminente de se adotarem medidas de controlo da prescrição, consumo e utilização de antibióticos pela população, sobretudo na área hospitalar. Torna-se urgente fazer o despite dos doentes portadores de estirpes produtoras destas resistências no ato do internamento hospitalar e o seu isolamento, a fim de dificultar a disseminação dessas resistências. Para atingir este desiderato os laboratórios hospitalares devem utilizar técnicas expeditas para a detecção das estirpes bacterianas MDR, utilizando técnicas convencionais e de biologia molecular.