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- Intervenção com crianças vítimas de violência interparental: estudo de casoPublication . Ferreira, Joana Catarina Miranda; Sani, Ana IsabelA violência interparental é uma problemática muito presente na sociedade atual. As vítimas deste tipo de violência podem ser não só aquelas que sofrem vitimação direta, mas também as que sofrem indiretamente, por estarem expostas frequentemente a atos violentos, sendo elas, por norma, as crianças. Esta dissertação de mestrado teve como principal objetivo o estudo da aplicabilidade e da eficácia de uma intervenção psicológica estruturada em crianças em idade escolar que vivenciaram violência interparental. Assim começando por uma abordagem conceptual sobre este tipo de vitimação, as dinâmicas específicas e as suas consequências, passamos à discussão sobre a pertinência da avaliação e da intervenção psicológicas, dando um especial enfoque ao trabalho realizado em contexto grupal, com crianças vítimas de violência interparental. Segue posteriormente, na parte empírica deste trabalho a apresentação de um estudo de caso, cuja proposta interventiva, organizada em 8 sessões, foi baseada num programa de intervenção em grupo para crianças vítimas de violência interparental. A investigação foi conduzida com uma criança do sexo feminino, com 8 anos de idade, a frequentar o 3º ano de escolaridade, sinalizada pelo Gabinete de Apoio à Vítima do Porto (GAV) da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) por experienciar violência interparental no seu agregado familiar. A recolha de informação pré e pós-intervenção pautou-se pelo uso de diversos instrumentos de hetero e autorrelato, entre estes duas escalas que serviram também para testar a eficácia da intervenção (Escala de Crenças da Criança sobre a Violência, ECCV; Escala Piers-Harris Children’s Self-Concept Scale, PHCSCS-2). Os resultados evidenciaram uma melhoria do autoconceito da criança, no entanto o estudo permite também concluir que as metodologias psicológicas definidas para uma intervenção deste tipo devem ser direcionadas às crenças desenvolvidas pelas crianças sobre a violência, sendo pertinente considerar, em paralelo, outras necessidades específicas de crianças e jovens expostos à violência interparental.