Browsing by Author "Ribeiro, Sofia Alexandra Leitão"
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- Análise acústica da voz de coralistas de coros religiosos amadoresPublication . Ribeiro, Sofia Alexandra Leitão; Freitas, Susana VazIntrodução: Em Terapia da Fala são poucas as pesquisas a nível mundial acerca da qualidade vocal de coralistas amadores, sendo estas inexistentes em Portugal. No entanto, esta é uma população em que faz todo o sentido o trabalho de prevenção da saúde vocal uma vez que, embora não de forma profissional, é uma população que faz uso da voz cantada numa atividade relativamente constante, intensa e de qualidade. Objetivo: Estabelecer padrões acústicos da voz em coralistas amadores segundo diferentes variáveis e determinar se o coro é benéfico para a qualidade vocal dos indivíduos. Método: Participaram 31 coralistas de dois coros amadores da cidade do Porto, com idades compreendidas entre os 18 e os 78 anos, que responderam a um questionário com questões acerca de dados pessoais, caracterização do grupo e de alguns hábitos vocais. Foram avaliadas as medidas de desempenho – Tempos Máximos de Fonação das vogais /a/, /i/ e /u/ e Coeficiente s/z – e medidas acústicas. Foi utilizado o software PRAAT para recolher as medidas acústicas. Procedeu-se à análise estatística através do programa SPSS versão 17.0, segundo as variáveis sexo, faixa etária, naipe, tempo de frequência do coro, formação vocal extra-coro e hábitos tabágicos. Analisaram-se, para cada uma das medidas, a média, o desvio padrão e os extremos (mínimos e máximos). Resultados: Pessoas que frequentam o coro há mais tempo manifestaram melhores resultados nas medidas observadas. Coralistas com formação de canto apresentaram padrões de qualidade vocal mais próximos do normal. Não foi possível concluir acerca da influência dos hábitos tabágicos nas medidas utilizadas. A queixa vocal mais referida foi a perda de voz e os hábitos vocais nocivos mais citados foram “falar muito” e “com forte intensidade”. Conclusão: Integrar um grupo coral apresenta-se como uma mais-valia do ponto de vista da qualidade vocal, sendo que os coralistas poderiam beneficiar de um trabalho conjunto com a Terapia da Fala na vertente de prevenção e saúde da voz, atendendo às queixas frequentes inerentes ao abuso/mau uso desta.