Browsing by Author "Fernandes, Andreia Filipa da Cruz"
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- Violência no trabalho no setor da saúde: consequências na saúde mental dos enfermeirosPublication . Fernandes, Andreia Filipa da Cruz; Barros, CarlaA agressão no ambiente de trabalho envolve a vivência direta ou indireta de comportamentos de violência física, psicológica e vicariante, o que resulta em consequências negativas tanto para os indivíduos quanto para as organizações. Estudos evidenciam que os enfermeiros, em relação aos profissionais de saúde, são os trabalhadores mais suscetíveis à violência no trabalho, o qual tem demonstrado em consequências a nível físico e psicológico para todos aqueles que são afetados, sobretudo a nível do bem-estar e saúde mental. A maioria dos estudos apresenta uma perceção dos enfermeiros em relação à violência, contudo, poucos são os estudos que abordam as consequências que advêm da violência. Nesse sentido, desenvolveu-se um estudo quantitativo, transversal e correlacional, com os objetivos de avaliar os efeitos da violência no trabalho na saúde mental dos enfermeiros, principalmente se a exposição à violência tem interferência no aumento dos níveis de ansiedade, depressão e stress dos mesmos, como também descrever a relação entre a ansiedade, a depressão e o stress e as variáveis sociodemográficas. Este estudo integrou-se no Projeto de Investigação em curso na Universidade Fernando Pessoa, denominado "Violência contra profissionais de saúde: Avaliar para prevenir", sendo os dados recolhidos através de uma plataforma online, onde foram inseridos os instrumentos utilizados. A amostra era constituída por 107 enfermeiros, 83,2% dos quais mulheres. Os resultados obtidos a partir dos dados recolhidos com os instrumentos EAVT (Escala de Agressão e Violência no Trabalho) e EADS-21 (Escala de Ansiedade, Depressão e Stress) indicaram que a violência no trabalho, seja ela física, psicológica ou vicariante, tende a estar associada a maiores níveis de ansiedade, depressão e stress neste grupo de participantes. Além disso, os resultados demonstram que o stress, em comparação com a ansiedade e a depressão, foi o mais frequente. Este estudo é de grande relevância devido à limitada evidência empírica disponível em Portugal, daquela que é a perceção dos enfermeiros sobre a violência e a associação que possui com o bem-estar e saúde mental dos mesmos. Desta forma, este estudo pode contribuir para a consciencialização sobre a saúde mental no ambiente de trabalho, além de contribuir para futuras intervenções psicológicas adequadas a esta população.